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19 de abril de 2024 - 17:05

Reinaldo Azambuja condena preconceito contra os povos indígenas

A instituição de uma política pública “duradoura” para as comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul “vira uma página de discriminação e muitas vezes de ataques de pessoas que entendem que os indígenas não devem ser inseridos na sociedade”, disse o governador Reinaldo Azambuja na solenidade de abertura da Semana Estadual dos Povos Indígenas.

Segundo o governador, há uma falsa ideia de que ele, por vir do segmento de produtores rurais, não vai atender as comunidades indígenas. “Isso é conversa fiada de quem não tem responsabilidade. Pelo contrário, por terem mais necessidades, as comunidades indígenas precisam ser melhor atendidas, precisam do apoio do governo, com uma política pública duradoura, para todas as etnias. Reinaldo Azambuja reforçou que governo não tem que ter lado, deve governar para todos.

ÍNDIOS TERÃO DOCUMENTO DE IDENTIDADE

Na Semana Estadual dos Povos Indígenas, marcada também pela assinatura de convênios com a Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação e Fundações do Trabalho e Esporte, além da Rádio e TV Educativa (RTVE), a vice-governadora e secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), Rose Modesto, destacou as ações de governo inéditas para inclusão social dos indígenas.

Rose Modesto e a subsecretária de Políticas Indígenas, Silvana Albuquerque, da etnia Terena, destacaram que todos os indígenas terão cidadania plena, com documento de identidade, a ser expedido em trabalho conjunto da Secretaria de Justiça e Segurança Pública e Defensoria Pública, e as aldeias terão mais segurança com projeto experimental de Polícia Comunitária. Em Mato Grosso do Sul são 75 mil índios de oito etnias.

“Pela primeira vez no Estado um governo se preocupa em criar uma estrutura e políticas públicas para as comunidades indígenas”, disse a vice-governadora. Segundo ela, políticas transversais vão garantir, além da cidadania plena, oportunidades de crescimento pessoal e profissional, com um fórum de agricultura familiar, políticas para a mulher indígena e esporte.

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Diretor-presidente da RTVE assina convênio para produção do programa A Voz Indígena

“Vamos trabalhar com políticas transversais para a construção desses norteadores da política indígena. Nesse sentido, a Subsecretaria vai criar Fórum Estadual de Agricultura Familiar, de Políticas Públicas para a Mulher Indígena, de Segurança, do Esporte, da Fundação do Trabalho (Funtrab)”, ressaltou a vice-governadora e secretária da Sedhast.

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Vice-governadora e secretária de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, Rose Modesto, destaca ineditismo das ações do Governo

“De forma inédita somos protagonistas da nossa história em um governo. Isso será um legado para o nosso povo”, disse a subsecretária de Políticas Indígenas, Silvana Albuquerque, que destacou ainda o apoio da Rádio e TV Educativa, para produção do programa A Voz Indígena, que será retransmitido pelas rádios comunitárias distribuídas nas aldeias em todo Estado.

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Silvana Albuquerque, da etnia Terena, subsecretária de Política Indígenas, ressalta que pela primeira vez índios são protagonistas da própria história

Silvana ressaltou a “sensibilidade” do governo para as questões dos povos indígenas e tratou de “irmão” o jornalista Bosco Martins, diretor-presidente das emissoras públicas do Estado, numa referência à participação dele, quando repórter da TV Morena, afiliada da Rede Globo, na solução do conflito que acabou na reconquista dos Kadiwéu da reserva de aproximadamente 800 mil hectares que era alvo de disputa com fazendeiros em Bodoquena.

Bosco Martins se tornou refém e acabou sendo o interlocutor dos Kadiwéu com a Funai e o cacique Mário Juruna, primeira liderança indígena nacional a ser eleito na Câmara Federal. “Pousamos em Bodoquena e fomos atacados, o piloto, eu, um produtor e um cinegrafista. Dissemos que estávamos lá para ajudar e depois de sermos pintados com tinta de jenipapo, fomos liberados para iniciar o processo de interlocução”, lembra Bosco, que teve que retornar ao local acompanhado do presidente da Funai e do deputado Juruna sob pena de explosão do avião que transportava a equipe da Rede Globo.

A matéria sobre o conflito foi veiculada em nível nacional e até hoje é reproduzida nas comunidades indígenas como símbolo da resistência dos Kadiwéu. Outro personagem histórico do conflito, o terena Lisio Lili, delegado da Funai à época, no reencontro com Bosco Martins, recordou emocionado o episódio acontecido na década de 1980. O fato, que foi divisor na história dos conflitos indígenas, pode ser relembrado nas reportagens que podem ser acessadas nos links:

https://youtu.be/KBrxBWeHWqA

https://youtu.be/hgt7n5a9FdE

https://youtu.be/JzdZHyXUaA0

Fotos: Leca/Sedhast

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