Pescaria de Mulheres segue protocolo de biossegurança, garantem organizadoras

A 1ª Pescaria das Mulheres do Águas do Miranda, que aconteceu no distrito 21, no município de Bonito, cumpriu à risca o protocolo de biossegurança acordado com as autoridades sanitárias, é o que garantem as organizadoras do evento, Jaqueline dos Santos e Lucimara Henrique, moradoras da comunidade.

A Pescaria, apesar da polêmica desencadeada em diversos veículos de comunicação, teve o propósito cumprido, que foi dar visibilidade às muitas mulheres pescadoras profissionais da comunidade. Como também atrair aquelas que têm como paixão a pescaria, mas que por muitas vezes acabam deixando de praticar pelo simples fato de a pesca ser geralmente relacionada ao sexo masculino. “Com a realização do evento, a ideia foi de fomentar o turismo no distrito, que vive um momento crítico, relacionado à economia, buscando assim, despertar em muitas outras mulheres a prática da pesca”, explicou Jaqueline dos Santos.

As mulheres convidadas que participaram da pescaria foram chamadas por serem amigas das moradoras do local, sem importar o cunho político, pois o evento não visava a política e sim a visibilidade da mulher.

Na realização do evento, todas as medidas de biossegurança foram tomadas, de acordo com o protocolo exigido pelas autoridades de saúde e da prefeitura, como por exemplo, uso de máscaras, medição de temperatura, etc. Ao contrário do que se viu publicado em redes sociais e até em parte da mídia, a Pescaria das Mulheres cumpriu seu papel, ao integrar as famílias em um lazer, que ficou até um pouco prejudicado devido à chuva, unindo o lazer à pesca esportiva.

Além disso, a intenção, afirmou Lucimara Henrique, também organizadora da pescaria, “foi a de mostrar de que esse tipo de descontração não é de exclusividade masculina, as mulheres também participam e conhecem bem os detalhes. Tanto assim que a adesão foi excelente e como as pessoas podem ver, devidamente organizado em um momento de pandemia. Outro fator é que dessa maneira, podemos incentivar o conhecimento e o lado turístico de um dos locais específicos em nossa cidade”.

A prefeitura deu o apoio institucional em relação a todos os cuidados com a biossegurança, cumprindo com os requisitos, ou seja, aferição de temperatura, distribuição de álcool em gel a todos os barcos, uso de máscaras e distanciamento necessário, onde o compromisso da administração municipal, restrito a esses pormenores, terminou assim que a pescaria teve fim, quando as participantes foram liberadas para realizarem o almoço de acordo com sua preferência, seja no barco, no barranco ou até mesmo ir para casa. Segundo Jaqueline, o que se divulgou foi o acontecimento isolado por parte de uma das “pescadoras” participantes, que devido à chuva e por possuir um pesqueiro, se disponibilizou a ceder os quiosques que possui para abrigar as pessoas, mas em momento algum foi articulado a aglomeração.

“Nunca em nossa comunidade foi realizado um evento voltado para a participação das mulheres. Pela primeira vez tivemos apoio e estamos felizes em saber que muitas dessas mulheres que ganham seu pão ali nesse rio, hoje podem saber que serão bem vistas e reconhecidas. São mulheres que enfrentam o sol, a chuva, a noite e o frio, e puderam ter um dia para pescarem por prazer e descansar. Tudo foi pensado e organizado com muita precaução. Protocolo foi seguido, porém após evento todos tiveram sua liberdade, o que aconteceu foi que as pessoas para comer e beber, durante o almoço, obrigatoriamente, precisam retirar as máscaras.”, diz Jaqueline. “Temos certeza absoluta, tamanha foi nossa preocupação com a biossegurança em tempos de pandemia, que ninguém que será infectado por ter participado da Pescaria e já estamos nos organizando para planejar a próxima, se Deus quiser, sem essa preocupação do vírus, apenas com o objetivo mesmo de motivar nossa economia local”, encerrou Jaqueline Santos.