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Institucional

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19 de abril de 2024 - 12:15

Universidade, Desenvolvimento e Inovação

Marco Aurélio Stefanes*

No oriente costuma se associar um momento de crise como sendo também um momento de oportunidades. Em uma análise mais pormenorizada na economia vemos estes momentos como uma reacomodação das forças econômicas, hoje notoriamente a acomodação da força do setor de serviços liderado pelos EUA em relação ao setor industrial liderado pela China com a enorme evolução de sua capacidade produtiva.

Como o movimento de grandes placas tectônicas, estes rearranjos de forças produzem grandes desastres. O Brasil tem atuado como provedor de commodities sejam minerais sejam vegetais e neste momento sofre com o desalinhamento dos preços do óleo e dos minérios, por exemplo.

Neste contexto, a UFMS e as universidades brasileiras juntamente com os governos e o setor produtivo precisam assumir suas responsabilidades com o papel que queremos desempenhar neste momento de crise.

Com um cenário externo nebuloso do ponto de vista econômico e um cenário interno desagregador do ponto de vista político, temos os ingredientes que foram capazes de inverter a curva de ascensão política e econômica na geopolítica mundial que o país vinha tendo a partir do começo deste século.

Em nível estadual, a UFMS tem atuado de forma tímida como suporte científico e tecnológico para a superação do desafio de enfrentar nossos gargalos de desenvolvimento e tratar de nossas mazelas sociais.

O setor produtivo e as empresas no Brasil culturalmente pouco investem em produção de conhecimento e inovação e esta produção de conhecimento é essencial para o desenvolvimento da sociedade em todas as suas dimensões.

Nosso estado tem a economia baseada no fornecimento de commodities vegetais, por outro lado temos um potencial de crescimento, o qual exploramos pouco, no setor de serviços principalmente no turismo e na área tecnológica.

Temos um grande número de cursos de engenharias e de informática, transformando-nos em exportadores destes profissionais para os grandes centros sem conseguirmos alavancar uma indústria tecnológica com a fixação destes profissionais.

A sinergia entre setor produtivo, governos e universidades torna-se de fundamental importância para começarmos a fazer esta engrenagem do desenvolvimento girar no sentido da diversificação de nossa matriz produtiva econômica e superação de nossos atrasos científico e cultural.

A geração de tecnologias científicas nos impõe a necessidade de criar um ambiente favorável à criatividade e à inovação.

O debate sobre Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas ainda é incipiente em nosso estado e não está na pauta dos agentes políticos e econômicos. Entendemos que provocar esta discussão é nosso papel como cientistas além de ser uma contribuição para a reflexão em um momento de crise.

(*) Marco Aurélio Stefanes é professor doutor associado da Facom/UFMS (artigo publicado no jornal Correio do Estado)

 

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