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28 de março de 2024 - 19:09

Sejusp inicia campanha de coleta de DNA de familiares para localizar desaparecidos 

No Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, que transcorre em 25 de maio, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) aderiu à Campanha Nacional para Coleta de DNA de Familiares de Desparecidos, lançada em todo o país pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

O objetivo é auxiliar na identificação de pessoas desaparecidas, por meio da coleta de materiais biológicos de familiares, com o intuito de realizar a busca no Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG), por meio do cruzamento de dados.

Durante o lançamento da campanha no auditório da Sejusp, em Campo Grande, o secretário Adjunto de Justiça e Segurança Pública, coronel Ary Carlos Barbosa lembrou que nos últimos 5 anos foram registradas em Mato Grosso do Sul 7.770 ocorrências de desaparecidos, 3.148 delas somente em Campo Grande. “Só este ano já são mais de 409 registros de desaparecimentos no estado, então essa campanha é uma resposta às famílias que vivem esse drama”, ponderou.

Presente no lançamento da Campanha, a diretora do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), Josemirtes Prado da Silva explicou que a coleta que será feita de maneira massiva entre os dias 14 e 18 de junho próximo, será totalmente gratuita e voluntária. “O fornecimento de material genético não terá custos para as famílias e deve ser feito preferencialmente por parentes de primeiro grau dos desaparecidos, como pai, mãe, filhos e irmãos”, lembra.

O DNA do próprio desaparecido também poderá ser extraído de itens de uso pessoal, tais como: escova de dentes, escova de cabelo, aparelho de barbear, aliança, óculos, aparelho ortodôntico, dente de leite, amostra de cordão umbilical, caso exista. Conforme a coordenadora do IALF, esses materiais também poderão ser entregues nos pontos de coleta da Campanha, que em Campo Grande funcionará na Coordenadoria-Geral de Perícias e na Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) e no interior do estado, nas Unidades Regionais de Perícia e Identificação.

Existem hoje em Mato Grosso do Sul em torno de 80 ossadas humanas sem identificação. “Se tivermos material genético das famílias dos desaparecidos em pouco tempo poderemos identificar a maioria dessas pessoas, dar andamento aos procedimentos policiais e esclarecer essas mortes”, enfatiza o titular da Delegacia Especializada de Homicídios, delegado Carlos Delano.

Convivendo há mais de 2 anos com a dor da ausência da irmã, Regiane Alves Medeiros Acunha, vista pela última vez em dezembro de 2018, no bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande, os irmãos Desiane Alves Acunha e David Medeiros Acunha, foram os primeiros em Mato Grosso do Sul a fornecerem material genético para a Campanha Nacional para Coleta de DNA de Familiares de Desparecidos.

“Esses anos tem sido bem difíceis para nós, que estamos à espera de uma resposta. Agora com esse novo projeto da coleta esperamos que a gente consiga achar ela. Ainda temos esperança de encontrar minha irmã com vida”, diz Deisiane.

Todo o material recolhido durante a Campanha será utilizado com a finalidade exclusiva de identificação de pessoas desaparecidas, por intermédio do Banco Nacional de Perfis Genéticos, que é coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O lançamento da Campanha realizado na manhã de hoje na Sejusp, contou também com as presenças do diretor do Departamento de Polícia Especializada da Delegacia-Geral da Polícia Civil, delegado Fabiano Nagata e chefe do Setor Técnico Científico de Perícia Científica da Polícia Federal, Everaldo Gomes Parangaba e Mariana Pereira Ribeiro, representante da Polícia Federal na Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Desaparecidos.

“A Polícia Federal vai atuar na coleta de materiais em casos que tenham envolvimento internacional, não apenas no Mato Grosso do Sul, mas em todos os estados. Existem os pontos focais da Interpol, que fazem a busca ativa de familiares de casos internacionais de desaparecidos, muitas vezes há investigações de pessoas que podem estar no exterior ou daqueles estrangeiros que podem ter parentes desaparecidos no Brasil, como é o caso de turistas e a gente vai atuar nesses casos”, explica Mariana.

A Campanha

A campanha de coleta de DNA integra a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas e entre as ações a serem realizadas em todo o Brasil em parceria com os laboratórios de DNA das instituições de Perícia Oficial, está a coleta de material genético das famílias com pessoas desaparecidas, com o objetivo de localizar essas vítimas.

Em nível nacional a campanha é realizada por meio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) e com o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, em Mato Grosso do Sul o movimento a coordenação é da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Polícia Civil, via Delegacia Especializada de Homicídios e Coordenadoria-Geral de Perícias, através do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses.

Entre os dias 14 e 18 de junho a coleta de DNA dos familiares dos desaparecidos será realizada no IALF, em Campo Grande e nas 11 Unidades Regionais de Perícia e Identificação espalhadas em Mato Grosso do Sul, nos municípios de  Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

A coleta de material genético é voluntária, indolor e precedida da assinatura de um Termo de Consentimento. O exame para a retirada de amostra de DNA dos familiares das vítimas consiste no simples esfregaço da bochecha com um cotonete. O perfil genético obtido não será utilizado para nenhum outro fim, além da identificação do parente do desaparecido.

Pós doação

Após a doação do material, os peritos irão analisar a amostra coletada para realizar o cadastro do perfil genético no banco de dados. Com a amostra cadastrada, será realizado o cruzamento com os dados do banco, que é atualizado diariamente com perfis genéticos de pessoas vivas desconhecidas e de pessoas falecidas não identificadas.

Os peritos irão analisar o cruzamento de dados para saber a relação da amostra coletada com o banco de dados. Caso seja identificado um possível parentesco com os dados de alguma pessoa encontrada viva ou morta, os peritos informarão a Polícia Civil ou ao Instituto Médico Legal (IML).

No caso do resultado positivo para uma pessoa viva, a família será informada sobre a localização da pessoa. No caso de positivo para alguém falecido, o IML entrará em contato com os familiares para realizar os procedimentos legais.

Fotos: Edemir Rodrigues

Publicado por: Joelma Belchior

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