Acontece neste sábado (18) em todo o Brasil o Dia De de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo, duas doenças das quais o país já se considerada livre, porém, que seguem como ameaças por estarem descontroladas em outras regiões. Unidades de saúde e postos de vacinação estarão abertas desde cedo para oferecer a imunização, contando com o apoio de entidades da sociedade civil, como o Rotary Club –responsável por uma cruzada mundial no enfrentamento à pólio.
Presidente do Rotary Club Campo Grande, João Miguel de Souza falou ao Bom Dia Campo Grande, da 104.7 FM Educativa, sobre a importância da vacinação e do envolvimento da entidade nas campanhas. “Nossa meta é alcançar o máximo possível de famílias”, destacou ele, em entrevista.
Souza lembra que, em 1979, um surto de poliomielite nas Filipinas mobilizou os rotarianos locais a adquirirem vacinas e doar à população. O sucesso da inciativa fez com que, em 1985, o Rotary Club Internacional lançasse o projeto Plus. “A iniciativa ganhou extensão mundial, sendo desenvolvida hoje em 121 países”, afirmou.
Defensor público da área da família, João Miguel Souza fez um apelo para que pais e mães levem as crianças com idade de 1 a 5 anos para receberem as doses, independentemente da sua situação vacinal. “Não temos casos de pólio registrados na América Latina, porém, sabemos que o vírus continua a circular. E é por isso que precisamos vacinar as crianças”. “Só sabe o quanto é difícil para uma criança ter paralisia quem convive com ela”, prosseguiu.
Dentre as metas do Rotary para garantir a imunização, está a “adoção” de postos de vacinação pelo país. Embora os rotarianos não tenham autoridade para aplicar as doses, têm condições de ajudar na mobilização da sociedade. Nesse sentido, neste sábado, um grupo do Rotary Club Campo Grande estará no CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes orientando a população.
Imigrantes
Respondendo a pergunta de ouvinte do Bom Dia Campo Grande acerca da possibilidade de a polio e o sarampo se espalharem no país a partir da entrada de imigrantes, sobretudo os vindos da Venezuela –onde uma crise humanitária tem levado multidões a deixar o país–, ele lembrou que as políticas de saúde de alguns países vizinhos diferem da brasileira, não incluindo a vacinação contra essas doenças como algo obrigatório.
“Tratam-se de países mais pobres, onde a saúde pública não é tão operacional como no Brasil e não vacinam a população. Evidentemente não somos contra acolher essas pessoas, pois somos irmãos. Mas precisa fazer uma triagem para evitar que essas doenças se espalhem no nosso país”, destacou. No caso do sarampo, foi identificado o aumento no número de casos na região Norte, principalmente em Amazonas e Roraima, devido a entrada dos venezuelanos.
Apesar de o Dia D ocorrer neste sábado, a campanha vacinal segue até 31 de agosto nas unidades de saúde públicas do país. O presidente do Rotary Club Campo Grande reforçou que pais, amigos e vizinhos atendam ao chamado da saúde pública e imunizem suas crianças. “Não podemos bancar os descuidados com nossos filhos. Por omissão, essas doenças podem voltar. Somos todos responsáveis por dar uma parcela de ajuda”.
Sintonize – Com produção de Rose Rodrigues e Alisson Ishy e apresentação de Diana Gaúna, Anderson Barão e Bosco Martins, o Bom Dia Campo Grande vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h, na 104.7 FM Educativa. O programa pode ser acompanhado também pelo Portal da Educativa, na aba Ouça a Rádio.
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