Reunião discute chegada de transmissores digitais para a TVE Cultura

Os transmissores necessários para a adoção do sinal digital pela TVE Cultura devem chegar a Campo Grande em 23 de julho, tempo mais que suficiente para o cumprimento dos prazos previstos no Marco Regulatório das Telecomunicações. A garantia foi dada à direção da Fertel (Fundação Luiz Chagas de Rádio e Televisão Educativa de Mato Grosso do Sul) nesta quarta-feira (18), durante reunião no Palácio das Comunicações, em Campo Grande.

Diretor-presidente da Fertel, Bosco Martins reuniu representantes da Claro-Embratel para tratar da entrega dos equipamentos necessários para a digitalização do sinal em Campo Grande, Terenos e em municípios da Grande Dourados que recebem o sinal da TVE Cultura. Participaram do encontro o gerente-executivo da Claro, Adilson Sanches, o gerente de Desenvolvimento de Negócios Empresarial, Wallasthon Koscianski, e o gerente de Contas da Claro em Campo Grande, Giovanni Marques Gamba.

“As antenas necessárias para a transmissão já estão na Fertel e, com o equipamento, teremos todas as condições de realizar a migração para o sinal digital em Campo Grande e Terenos a partir de 14 de agosto, como determina a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), explicou Bosco. O processo será oficialmente apresentado durante o 19º Festival de Inverno de Bonito, entre 26 e 29 de julho, que terá transmissão pela TVE Cultura.

Com a digitalização, o sinal analógico deixará de ser usado por emissoras de TV públicas e privadas na Capital a partir de 14 de agosto –conforme aviso veiculado na programação da TVE Cultura nas últimas semanas. A rede atual passará a ser usada por empresas de telefonia. Já as emissoras de televisão terão ganhos na qualidade de som, imagem e alcance.

“Além do equipamento para Campo Grande, também será entregue o transmissor para a TVE Cultura em Dourados”, antecipou Sanches. A cidade no sul do Estado deve adotar o sinal digital em novembro, dentro do cronograma previsto pela Anatel. “Isso nos permitirá antecipações importantes nesse processo de transição”, reforçou Bosco.

Giovanni lembrou que o processo faz parte de outros projetos maiores envolvendo a TVE Cultura, que passam também pela digitalização completa dos estúdios. Hoje, graças a acordo de cooperação com outras instituições, a emissora conta com equipamentos que já são capazes de se utilizar do sinal digital. “Mas em breve a TVE Cultura poderá se atualizar mais”, destacou o gerente.

Além dos novos transmissores, a TVE Cultura também vai migrar seu sinal do satélite StarOne C3 para o C2, utilizado por grandes redes nacionais “e que permitirá um alcance de 24 milhões de lares no Brasil, ou cerca de 70 milhões de pessoas, além de levar o sinal a países do Mercosul”, destacou Bosco Martins.

Apesar da troca de transmissores, praças atendidas pela TVE Cultura com o sinal analógico não serão prejudicadas. Isso porque o sistema de transmissão é focado no município ou região onde o equipamento está instalado –o link para o satélite não será afetado com a migração.