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19 de abril de 2024 - 03:17

“PURAHEI IJAPYRA’YVA” (La Canción Sin Fronteras – A Canção Sem Fronteiras)

*Por Rosildo Barcellos

“Soy che amigo pueblo y que retoza en la bailanta
 Un relampago de amor soy tu corazón que canta
 No hay destierro para mi soy el sol de nuestra gente
 Del arraigo y la pasión soy el alma de Corrientes”
                                   Soy El Chamamé / música de Antonio Tarrago Ros

MACIEL CORRÊA,    filho  de  Manoel  José  Maciel  e  Anercina   Corrêa Maciel, nasceu no dia 14 de julho de 1942, na Fazenda Mutum, no município de Rio Brilhante/MS Sua primeira gravação, foi o LP CADEADO DE OURO, produzido pelo amigo Ado. Aliás Ado fez belíssimas composições ao lado de Rondinelli que mais tarde participou ao lado de Amanbai e Maciel Correa do grupo “Os Tigres” e dono de uma biografia incrível, que contarei em outra oportunidade  Por outro lado, uma de suas composições  mais conhecidas foi gravada no seu quinto LP  “O PASSO DO TUIUIU”  nome este no qual se inspirou para fazer a música em homenagem  ao pássaro que é tido como  ave símbolo do nosso maravilhoso pantanal   e que ajuda  a  enriquecer  suas  lindas  paisagens pantaneiras. 

Acordeonista, músico e compositor, Participou da gravação de várias músicas com Délio & Delinha, destacando o clássico da música regional, “O Sol e a Lua”. Que imortalizou a expressão “segura Maciel Correa”.  Sem sombra de dúvida que o músico ganhou reconhecimento nacional, pelo seu estilo próprio. Maciél Corrêa também enveredou no segmento gospel, com um “CD” que tem o título de “Caminhando com Jesus” Maciel tem 40 anos de estrada, sendo 36 de carreira solo – tendo gravado seu primeiro disco em 1981.

Entre seus maiores sucessos, estão “Diamante Negro”, ”Cadeado de Ouro”,”Manhã de Primavera” e “Cheiro de Barro” num ritmo bem amiúde com a música paraguaia. Aliás os paraguaios são o maior grupo étnico estrangeiro em Mato Grosso do Sul, tendo se estabelecido na região desde a demarcação da fronteira entre o estado e aquele país.Certamente que a sua influência cultural se tornou próxima, tanto pelo consumo de erva-mate, em forma de tereré,tanto pelas polcas paraguaias, guarânias e chamamés, tanto quanto pelas “chipas” . Aliás, foi com uma receita caseira paraguaia, que se criou o Hospital Adventista do Pênfigo, hoje referência no tratamento do pênfigo ou “fogo selvagem”. Após um show em Corumbá com ele tocando e meus pés puxando pro salão,tive uma conversa com o ícone da sanfona no estado, o músico Maciel Correa, e nesta ocasião ele comentava que  não sabe explicar a origem de seu talento para compor.

De acordo com o mestre da sanfona, a música simplesmente “vem”. “Eu cresci ouvindo polca paraguaia, nessas fronteiras o que mais se escutava era isso. Meu pai tocava polca, eu aprendi a tocar”.Ele, conta que sua paixão sempre foi tocar acordeom, ou sanfona, e que para aprender fez um mês de aula e brincou dizendo que até hoje está tentando aprender a tocar! Para quem está começando, Maciel recomenda que nada na vida é conquistado do dia para a noite. “Tudo é através de uma caminhada. “Se desistir no primeiro obstáculo, não vai chegar a lugar algum, tem que insistir e perseverar naquilo que quer”.

Essa humildade parceria e encantamento musical que resume a vida de Maciel Correa, exemplo de artista e de pessoa, disse também que sua filha está organizando material para fazer um documentário. Peço apenas que não se incomode que tenha contado um pouco da sua vida para que as pessoas saibam quão longa foi sua trajetória e sim tome como uma homenagem para que continue cantando o amor, o verdadeiro e apaixonante amor.., por que sabemos “Mborayhu ha Ñandejára rovasa peẽme guarã” que o amor é a benção de Deus sobre nós.

*Rosildo Barcellos é escritor premiado com o “Tuiuiú Dourado”.

One Comment on ““PURAHEI IJAPYRA’YVA” (La Canción Sin Fronteras – A Canção Sem Fronteiras)”

  1. Homenagem, real e poética a quem fez da vida sua arte. Maciel Correa merece todos os créditos e este artigo bilíngue, denso e histórico é típico do autor que deve ser considerado a enciclopédia ambulante da cultura no Mato Grosso do Sul. Certamente deve ser lido com muito carinho. É a lenda viva das palavras escrevendo e exaltando a lenda viva do acordeon.

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