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19 de abril de 2024 - 14:54

Projeto Onçafari inicia trabalho para reintrodução da onça ‘Jatobá’ ao seu habitat natural

No Refúgio Caiman, reabilitada, ‘Jatobazinho’ já desfruta com exclusividade de um hectare de mata

A onça macho que havia sido resgatada na região do Pantanal de Corumbá em condições precárias de saúde há seis meses atrás, foi recuperada graças ao trabalho da equipe de profissionais do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) de Campo Grande e levada a Miranda. Segundo o médico veterinário, cirurgião Lucas Cazati, o animal que passou por tratamento intensivo na unidade, ganhou 39 quilos.

Pronto para ser devolvido a natureza, o animal foi preparado com muita cautela pelas equipes do CRAS e UFMS. O transporte foi feito por uma van, após o animal receber duas doses de tranquilizantes. A sedação foi reforçada também para que houvesse tempo para a realização de exames no hospital da Universidade, antes da viagem para o município de Miranda.

Com os exames concluídos, já passava de uma hora da manhã desta quarta-feira (30.01) quando ‘Jatobá’ – apelido dado ao animal por conta do local onde foi capturado – foi recebido pela equipe da Bióloga Lilian Elaine, coordenadora geral do Projeto Onçafari, um projeto de conservação que promove ecoturismo no Pantanal ao passo em que habitua onças pintadas a veículos, no Refúgio Ecológico Caiman, uma fazenda de 53 mil hectares do município de Miranda, no Pantanal Sul Matogrossense.

No refúgio, onde diversos projetos de pesquisa e manejo de espécies recebem apoio, a onça descansou na primeira noite num recinto provisório. Na manhã desta quinta-feira, a equipe abriu a pequena porta dando a ela acesso a um hectare de mata, com arvores e vasta vegetação.

No espaço, que é todo cercado por grades eletrificadas com cinco metros de altura, a onça deve permanecer até sua adaptação alimentar, que começa, segundo explicou Lilian – pós-graduada em manejo de fauna silvestre – com a oferta de animais mortos e gradativamente com animais vivos, começando por pequenas e passando ao final para oferta de grandes presas vivas.

Segundo Lilian, tudo acontecerá no tempo do animal, conforme ele for evoluindo na captura das presas, o alimento vai sendo substituído até que ele tenha total domínio da atividade da caça e possa ser devolvido definitivamente para a natureza, juntando-se as outras oito que hoje vivem nos mais de 53 mil hectares do refúgio, e encantam turistas de todo o mundo.

 

 

A captura da onça (2018)

Em agosto do ano passado, funcionários da Escola Rural Jatobazinho, no Pantanal sul-mato-grossense, avistaram a onça no pátio do local e contataram o pesquisador de Pós-Doutorado em Ciências Veterinárias da Famez, Gediendson Ribeiro de Araújo, que reuniu uma equipe para capturar o que reuniu profissionais dos projetos Onçafari, Onças do Rio Negro, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros, do Instituto Homem Pantaneiro, da Panthera Brasil e da UFMS.

O felino que ainda não tinha habilidades de caça totalmente desenvolvidas apresentava um quadro de inanição crônica e desidratação severa, por ficar muito tempo sem se alimentar. Na época estimou-se que teria quase 2 anos, mas, depois de exames e de sua recuperação as equipes observaram que na época o animal tinha pouco mais de oito meses.

Kelly Ventorim

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