Grupo visitou Fertel e participou de gravação para TV
A fronteira que faz compartilhar o tereré, a polca paraguaia e a chipa também agrega à cultura sul-mato-grossense o chamamé, que se conserva desde o ciclo da erva mate. O ritmo, marcado pelo acordeon, é parte da identidade de Mato Grosso do Sul e carrega gerações. Pajarito Silvestri e Grupo Enramada visitaram hoje (19) a Fertel e gravaram um especial para a TV Educativa, em comemoração ao Dia Estadual do Chamamé.
Além do especial para TV, o grupo também marcou passagem no programa “A Hora do Chamamé”, da 104 FM, com canções mais antigas e também do disco mais recente, “La Hora del Chamame”. Das cinco vezes que vieram ao país, em quatro delas Pajarito Silvestre e grupo participaram do programa na rádio.
“Queremos valorizar os mais antigos, mas sem esquecer de novas composições”, disse o argentino Luís Pajarito Silvestre, 32. O artista, que toca desde os oito anos, elege como grandes artistas do Chamamé Tránsito Cocomarola, Ernesto Montielo e Isaco Abitbol.
Esta é mais uma das ações da Fertel em comemoração ao dia do Chamamé. A Fundação apoiou também a 4ª Edição do Dia Estadual do Chamamé, que aconteceu no último domingo (18) na Concha Acústica Helena Meirelles.
Tradição
O Chamamé foi trazido pelos imigrantes correntinos (argentinos) e paraguaios, que vieram ao estado trabalhar nas fazendas durante o ciclo da erva mate e também na pecuária local, trazendo assim seus discos e LPs de chamamé.
Tradicionalmente, os instrumentos utilizados pelos conjuntos chamamezeiros são dois violões e um bandoneón, podendo ser usado, no lugar deste último, um acordeão (também chamado sanfona), acordeon oito baixos ou acordeon de botão. O Chamamé é hoje a principal referência da integração das culturas fronteiriças.
Em Mato Grosso do Sul, comemora-se todo dia 19 de setembro o Dia Estadual do Chamamé. Na 104 FM, o programa “A Hora do Chamamé” é um resgate da cultura e uma valorização das raízes guaranis, que são parte da formação cultural de MS. O programa é veiculado de segunda a sexta, das 17h às 19h.
Com informações Fundação de Cultura
Foto capa: Maurício Borges