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26 de abril de 2024 - 08:01

Na luta por igualdade, mulheres já conquistam mais espaço, respeito e admiração em locais de trabalho

Campo Grande (MS) – Nesta quarta-feira (26), comemora-se o Dia Internacional da Igualdade da Mulher e no país que figura na 85ª posição entre os 149 países no Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), que mede a diferença das condições de vida de homens e mulheres do mundo, elas, que são consideradas o sexo frágil, mostram que podem sim conquistar espaço e respeito.

A Janete Ferreira é uma mulher encantadora. Com um sorriso largo, voz calma e bem empostada conquista já nos primeiros minutos de conversa. E quem não a conhece e passa por ela pedalando pelas ruas da cidade de Dourados, nem imagina que ainda muito jovem no final da década de 90, quando ingressou na Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), já cuidava de mais de 2 mil e 200 presos.

JANETE

Os anos se passaram e da lida direta com os detentos ela passou para a inteligência, onde monitora bem de perto cada um dos presos. Dos colegas a agente penitenciária conquistou a admiração, companheirismo e reconhecimento, e dos presos o respeito, coisa que muitos homens que estão lendo essa matéria jamais conseguiriam. “O que me deixa mais satisfeita é ver o reconhecimento do nosso trabalho e que apesar das dificuldades enfrentadas pelo sistema penitenciário brasileiro, estamos atingindo o nosso principal objetivo, que é o tratamento penal”, diz.

Meiga e delicada é também a investigadora Fernanda Telles, da Polícia Civil. Mas quando veste o uniforme preto da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), onde trabalha atualmente, para quem transgride as leis a doçura dá lugar à firmeza, rigidez e seriedade que a atividade exige. Ela ingressou na carreira policial aos 23 anos e foi lotada na Delegacia da Polícia Civil no município de Costa Rica, onde tirava plantão e muitas vezes sozinha tinha que atender ao público e cuidar de mais de 30 presos.

FERNANDA TELLES

“Colegas de serviço e alguns homens de lá achavam que eu não seria capaz, justamente por ser mulher, mas no fim das contas dei conta do recado e se pudesse faria tudo de novo, pois, ser policial não é para qualquer um, está no sangue”, afirma a investigadora que já enfrentou situações de risco, como ao buscar na fronteira do Brasil com a Bolívia um latrocida de altíssima periculosidade, que estava inserido em uma organização criminosa de narcotraficantes que tinha policiais como alvo, o detalhe é que na equipe tinham apenas um homem e três mulheres.

Patrícia Sabione também está entre essas mulheres que fazem a diferença. Ela é uma das primeiras mulheres que ingressaram no Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul. Antes, começou duas faculdades e insatisfeita foi trabalhar no comércio, onde também não se realizou, por querer mais. “Eu queria salvar vidas, mas não queria fazer isso dentro de um posto de saúde ou um hospital, por exemplo”, explica.

SABIONE

No Corpo de Bombeiros onde começou como soldado, hoje com dez anos de casa, a sargento Sabione, como é conhecida, conquistou o respeito e admiração dos colegas de farda e sente que está realizada pessoalmente e profissionalmente. Entre as tantas perdas inerentes à atividade ela guarda também boas recordações, como os três partos que fez. “É uma sensação maravilhosa. Entre tantas tragédias, entre tantas mortes, surgir uma vida em suas mãos”, diz emocionada.

E o que dizer de uma mulher de fibra que comanda um pelotão inteiro, composto em sua grande maioria por homens? Certamente muitos que lá estão nem se arriscariam, mas para a tenente coronel Neide Centurião, da Polícia Militar, isso não é problema. “Já senti que houve preconceito pelo fato de ser nova e mulher e chegar em um lugar já comandando, mas nunca me preocupei com isso e superei facilmente”, destaca.

NEIDE CENTURIÃO

A Neide integra a minoria feminina em uma instituição historicamente composta e comandada por homens, onde quebrou tabu, passou por várias unidades, criou o Centro de Equoterapia e conquistou o seu lugar ao sol. Hoje com 21 anos de carreira, comanda o Pelotão de Cavalaria da PM e contabiliza várias medalhas e títulos, uma forma singela que diversos órgãos e entidades encontraram para dizer muito obrigada pelo trabalho feito pela policial.

Quando o assunto é desigualdade de gênero, o Brasil atinge a maior média da América Latina, segundo o relatório-2014 das Nações Unidas, que aponta que o país fica atrás do Chile, Argentina, Uruguai e Venezuela. Mas, as Janetes, Fernandas, Patrícias e Neides da segurança pública e de todos os órgãos do Estado, mostram que é possível sim a inserção feminina no mercado de trabalho e sociedade em condições de igualdade de direitos e deveres e que hoje, temos sim, muito a comemorar.

Fonte: Notícias MS

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