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26 de abril de 2024 - 18:57

Governo de MS declara situação de emergência por conta de queimadas

Decisão foi tomada na noite de terça-feira e será publicada na quinta; mais de 1 milhão de hectares já foram consumidos por chamas no Estado
Verruck (em pé ao centro) anunciou decreto que será usado para busca de auxílio e ações emergenciais no combate às queimadas. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Verruck (em pé ao centro) anunciou decreto que será usado para busca de auxílio e ações emergenciais no combate às queimadas. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)

O Governo de Mato Grosso do Sul vai decretar situação de emergência em virtude do aumento considerável, nos últimos dias, do número de queimadas que atingiram áreas rurais e de preservação ambiental em diferentes regiões. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (11) pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, ao lado de integrantes da Sala de Situação Integrada que monitora a situação climática no Estado, localizada no Palácio das Comunicações, em Campo Grande.

A decisão de se baixar o decreto foi tomada na noite de terça-feira (10) pelo governador Reinaldo Azambuja, após reunião com representantes da Semagro, do Ibama-MS (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis do Estado) e do PrevFogo, que analisaram dados sobre incêndios em áreas urbanas e rurais nos últimos dias e concluíram pela necessidade da medida diante da previsão de que o Estado não terá chuvas significativas, pelo menos, nas próximas duas semanas.

Com o dispositivo, o Estado poderá realizar a aquisição de produtos e contratar serviços para combate às chamas sem licitação, habilitando-se ainda para receber ajuda federal por meio de maquinário, equipamentos e forças militares. Pedidos nesse sentido já forma enviados nesta quarta a Brasília.

Verruck salientou que, nos últimos dois dias, houve um aumento significativo no volume de focos de incêndios no Estado, que vem recebendo atuação das equipes do Ibama-MS, PrevFogo, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental e outras estruturas de governo. Ao todo, mais de 1,5 mil pessoas atuam no enfrentamento às chamas, segundo o coordenador estadual de Defesa Civil, tenente-coronel BM Fábio Catarinelli.

A Biosul, entidade que congrega empresas do setor de açúcar e álcool, também se comprometeu a colaborar no combate às chamas, usando a experiência de controle de queimadas em canaviais.

O presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), Maurício Sato, participou da entrevista, lembrando que há “um prognóstico climático desfavorável e o monitoramento do Estado é fundamental”. Segundo ele, a ausência de chuvas e a onda de calor de alto risco devem influenciar no atraso do plantio da próxima safra de soja.

Números

A Defesa Civil contabilizou que, entre julho e agosto, houve um aumento de mais de 300% no número de focos de calor no Estado na comparação com o mesmo período do ano passado. Estima-se, que entre 1º de agosto e 9 de setembro, o Estado tenha perdido 1,027 milhão de hectares em incêndios. Neste ano, já são 6,3 mil queimadas identificadas, sendo 1.552 apenas em setembro e 397 nas últimas 48 horas, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais) apresentados por Catarinelli.

A expectativa, conforme o secretário, é que o decreto ajude no aumento da mobilização de forças para enfrentamento às chamas em um mês tradicionalmente de calor e baixa umidade do ar, contando, inclusive, com acréscimo de aeronaves nas ações. Os bombeiros já trabalham em escala especial para atuar em focos de calor nas zonas urbanas e rurais.

Paralelamente, Verruck lembrou que a legislação estadual proíbe o manejo de terras com queimadas, controladas ou não, entre agosto e setembro –e até outubro na bacia pantaneira. O governo estima que 90% dos focos de calor que surgiram no Estado nos últimos tempos, apesar do calor e do tempo seco, tiveram origem em ação humana “foram provocados por ação humana, seja voluntária ou não”.

Os bombeiros também realizam sobrevoos no Pantanal e na Serra da Bodoquena em busca de locais que ainda estejam em chamas e para mapear a extensão das queimadas –as duas regiões foram as mais castigadas com focos de calor nos últimos dias.

Participaram do anúncio o Chefe do Estado Maior do Corpo de Bombeiros, coronel Edson Zanlucas; o coordenador estadual de Defesa Civil, tenente-coronel Fábio Catarinelli; Franciene Rodrigues, coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), e representantes do Imasul e da Polícia Militar Ambiental; além de Maurício Saito, da Famasul.

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