Em busca de raridades, o projeto Memória Fonográfica – com apoio do Fundo de Investimentos Culturais da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul atua na descoberta e aquisição de obras fonográficas de artistas sul-mato-grossenses.
A proposta é preservar o material por meio da digitalização dos áudios e dos suporte físicos, como capas e contracapas. O pesquisador do projeto, Carlos Luz, explica que a equipe está em busca de discos de vinil e CDs raros para ampliar este trabalho, que dura mais de vinte anos.
“Quem tiver obras fonográficas raras em casa e quiser vender pode entrar em contato que vamos avaliar o material. Se a obra for de interesse do projeto será feita a aquisição e, posteriormente, a digitalização das músicas, capas e contracapas, e, ao final do projeto, o material será salvaguardado no acervo do Museu da Imagem e do Som”, comentou Carlos.
A previsão do projeto é preservar um total de 50 discos de Vinil e 70 CDs, que podem chegar a mais de mil faixas de música. Na entrega do acervo será realizada uma palestra sobre o projeto, expondo todas as suas etapas.
Carlos explica que o investimento do Estado neste projeto, através do FIC, é fundamental para que seja valorizada a música, fortalecendo o trabalho de nossos artistas, sobretudo os precursores dessa arte em Mato Grosso do Sul.
“O trabalho tem sido realizado ao longo de 20 anos. Durante a jornada conseguiu reunir muitos discos. Alguns nem mesmo artistas como Délio e Delinha, Beth e Betinha, Dino Rocha, Amambai e Amambaí possuíam, já que as gravações eram realizadas em São Paulo ou localidades mais distantes, com produção limitada de discos. Muitas cópias se perderam ou se desgastaram, já que muitos foram produzidos nas décadas de 1950-1960. Muitos exemplares raros da música de MS foram resgatados e estão sendo preservados. Isso é muito gratificante”, comenta.
O projeto Memória Fonográfica produz pesquisa de forma arqueológica com o objetivo de preservar a música em suas matrizes originais. Com o avanço nos processos de difusão, produção e consumo da música, os CDs, DVDs e discos de vinil têm ficado cada vez mais raros, além de impor a necessidade de equipamentos específicos para a sua reprodução.
Quem tiver obras musicais de artistas de Mato Grosso do Sul, de qualquer época, nos formatos de Disco de Vinil, ou CDs, ou Fitas Cassetes, podem entrar em contato pelo celular 67 98401-4648 para a devida avaliação e possível aquisição pelo projeto.
Fotos: Eduardo Medeiros
Informações: Assessoria do projeto Memória Fonográfica
