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26 de abril de 2024 - 17:50

De Taiwan para Mato Grosso do Sul: uma escolha feita com amor e na busca de sonhos

Campo Grande (MS) – “Sou apaixonada por esse Estado, por essa cidade. Aqui eu me sinto em casa”. A afirmação caberia facilmente no discurso de quem vem de outro parte do país ou de lugares com culturas e costumes similares aos do Brasil, mas a declaração de afeto por Mato Grosso do Sul vem de muito longe, do outro lado do oceano.

Deixar Taiwan, uma ilha no Pacífico, ao sudeste da China, para morar em Mato Grosso do Sul foi uma decisão fácil para Adriana Lin, 43 anos, e o marido.

A história desses taiwaneses resume a de muitos imigrantes que deixaram seus países em busca de oportunidade e encontraram em Mato Grosso do Sul- um estado novo e que comemora 38 anos no dia 11 de outubro- a chance de uma vida nova.

Na resenha carregada de sotaque e com alguns erros de português, Adriana explica como a escolha brasileira aconteceu. “Eu nunca tinha pensado em me mudar de Taiwan, mas a minha afinidade com o Brasil foi muito grande, me senti como se fossemos uma família aqui”.

Em 94, depois de uma viagem a passeio ao Brasil, Adriana e o marido, Chang Yung, 46 anos, mas que aqui se chama Geraldo, não tiveram dúvida em deixar a capital de Taiwan, Taipé, e se mudar para São Paulo.

Mas a vida agitada da metrópole paulista não encantou o casal por muito tempo e seis anos depois, Mato Grosso do Sul passava a ser a melhor opção do casal, mesmo depois de conhecer outros estados. Há 16 anos a vida é como eles sempre sonharam.

“Não nos adaptamos em São Paulo e preferimos vir para o interior. Queríamos estabelecer raízes no Brasil e escolhemos Mato Grosso do Sul para criar nossos filhos, um lugar maravilhoso. Já visitamos várias cidades aqui e conhecemos Bonito, Pantanal. Em Campo Grande as ruas são largas, amplas e isso é muito agradável”, descreve Adriana.

A amizade com imigrantes japoneses que vivem no Estado não demorou a acontecer e fortaleceu ainda mais o amor pela nova “casa”. “Os sentimentos aqui se fortaleceram, fizemos amizades. Aqui não é como São Paulo, apesar de ser uma cidade grande. Fizemos amizade com imigrantes orientais e isso foi muito bom”, disse ela.

Hoje, com três filhos brasileiros, Adriana e o marido, ganham a vida com uma banca de brinquedos no Camelódromo da capital. “Nós já tivemos loja também, mas aqui (Camelódromo) é mais seguro”, diz ela sem esquecer os casos de violência na cidade.

No Camelódromo, Adriana atende os clientes.
No Camelódromo, Adriana atende os clientes.

Mesmo distante das origens, a família faz questão de manter alguns costumes em casa, como a língua. “Dentro de casa falamos apenas chinês com nossos filhos, mas quando estamos na rua só falamos português”.

Lin Hsiu Lun, que adotou Adriana como nome ao chegar por aqui, diz que não há intenção de voltar para Taiwan, somente para visitar parte da família que ficou por lá. “Viemos para o Brasil com meus pais e tenho tios que moram aqui, mas mesmo assim fica a saudade”.

E o que tem Mato Grosso do Sul de tão especial? Lin, ou melhor, Adriana explica. “É um lugar apaixonante. A paisagem, as pessoas, o lugar… Não tem como explicar”, diz sorrindo com simpatia nata.

As montanhas que tomam Taiwan ficaram no passado e a paisagem plana do cerrado conquistou muitos que, assim como Adriana, aqui ficaram.

Imigrantes

Assim como a taiwanesa e sua família, muitos imigrantes, de diversas origens, acreditaram e confiaram nas possibilidades do Estado. Para se ter uma ideia, conforme dados da Associação Nacional de Okinawa, Campo Grande representa a segunda maior colônia de “Okinawanos” do Brasil, com 11 mil pessoas. Foi de Okinawa que vieram os primeiros japoneses ao Brasil.

Outras colônias se destacam em Mato Grosso do Sul, como a de árabes, paraguaios, portugueses e italianos.

Texto e Foto: Luciana Brazil

Fonte Notícias MS

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