A situação de isolamento e distanciamento social, as notícias alarmantes decorrentes do agravamento da pandemia em vários países do mundo e também no Brasil, as dificuldades econômicas, projetos e sonhos congelados diante de um futuro incerto, são questões que apavoram muitos e geram conflitos internos e distúrbios emocionais. Para especialistas e psicólogos a chegada devastadora do novo coronavírus intensificou problemas mentais como ansiedade, depressão e pânico.
Estudiosos dividiram a reação psicólogica das pessoas frente à pandemia em três momentos: o primeiro contato com o assunto, um aviso de que algo está acontecendo, a segunda fase, que é a do entendimento, a ciência da gravidade e do estado de coisas. A terceira fase- considerada mais crítica e responsável por ocasionar ansiedade, distúrbios do sono, angústia, tédio, solidão, depressão e pânico- é quando as pessoas se dão conta do aumento das incertezas de um período que não tem prazo certo para acabar.
O depoimento de alguns moradores de Campo Grande sinaliza dicas de como driblar a negatividade do estado atual com atividades saudáveis ou hobies que auxiliam a manter a cabeça no lugar mesmo diante das adversidades. A advogada Regina Maksoud é adepta da prática esportiva, faz aulas de tênis, pilates, ginástica funcional, realiza corrida de rua e ainda exercita o lado musical no piano que tem em casa:
“Essas atividades que incorporei ao meu dia a dia me aliviam muito, tento não ficar pensando nas coisas ruins que estão acontecendo por causa da pandemia, nem ver com frequência os noticiários da mídia”, revela.
O Gestor de RH, Luciano Pereira dos Santos, é um aficionado em trilha ou motocross. Por conta desse esporte já descobriu riquezas naturais, escondidas no cerrado, como ele conta:
“Em uma trilha, entre Bandeirantes e Rio Negro, me deparei com uma cachoeira linda, de água cristalina, no meio do mato”, afirmou. Para Luciano a trilha “tira qualquer estresse, o corpo produz endorfinas e fico com um cansaço gostoso”, completa.
Elétrica, daquelas pessoas que passa a impressão de fazer mil coisas ao mesmo tempo, Ana Rita Moraes tem seus motivos para ser assim. Ela pinta, faz cerâmica, organiza exposições, realiza produção televisiva, é artesã, já deu aulas de arte e tem fôlego para relatar um pouco mais de suas ações diárias:
“Quando saio do trabalho vou caminhar ao ar livre no Parque dos Poderes, em alguma praça, ou próximo à minha casa”. Quem quiser conferir o trabalho da Ana é só visitar a exposição “Sagrado e Profano”, na Galeria de Vidro, aqui na Capital, onde divide espaço com mais oito artistas plásticos.
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