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26 de abril de 2024 - 12:51

Bom Dia Campo Grande: vereador fala de polêmicas sobre Hotel Campo Grande, demandas da Saúde e CPI do Transporte Coletivo

André Salineiro faz na Educativa 104.7 FM balanço sobre ações recentes da Câmara de Campo Grande, incluindo temas em discussão
André Salineiro abordou questões de habitação, saúde e transporte durante entrevista ao Bom Dia Campo Grande. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
André Salineiro abordou questões de habitação, saúde e transporte durante entrevista ao Bom Dia Campo Grande. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)

A proposta para se reocupar o Centro da Capital a partir da antiga sede do Hotel Campo Grande, que pode ser convertido em um projeto de moradia populares financiado com recursos federais, segue dividindo a população e a classe política do município. Com a possibilidade de serem aplicados quase R$ 45 milhões no projeto que resultará em 117 apartamentos, a um custo individual de R$ 388 mil (contra R$ 65,5 mil da média dos projetos habitacionais públicos), o vereador André Salineiro pede que a população siga acompanhando os trâmites da proposta, apesar de considerar que ela sairá do papel.

Salineiro participou nesta terça-feira (17) do Bom Dia Campo Grande. Em entrevista à Educativa 104.7 FM, falou também sobre sua atuação na Câmara Municipal da Capital abordando questões como ampliação nos atendimentos em serviços de saúde e a proposta para abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o contrato de concessão dos serviços de transporte coletivo para o Consórcio Guaicurus.

Confira, abaixo, os tópicos abordados na entrevista concedida a Maristela Cantadori:

Hotel Campo Grande

Salineiro foi questionado sobre o alerta feito em plenário sobre o projeto de habitação popular, a ser financiado pelo Retrofit, uma linha específica do governo federal para reforma e readequação de espaços urbanos com fins habitacionais. Embora tenha destacado o fato de se tratar de verba carimbada, isto é, reservada em Brasília para este fim, o vereador também colocou em xeque a destinação de grandes quantias para o projeto.

“Não é porque é dinheiro público federal que pode se usar de qualquer forma. É dinheiro nosso. Há um deficit de moradias populares em Campo Grande que precisa ser trabalhado por políticas públicas. Até hoje, na Câmara, votamos a favor de iniciativas do Executivo para que esse deficit seja amenizado. Contudo, a questão do Hotel Campo Grande deve ser ponderada, pois é um montante milionário. Devemos saber se compensa fazer toda a estrutura e esse projeto no Centro de Campo Grande pensando na qualidade de vida da população que vai habitar ali”, destacou.

A questão, prosseguiu Salineiro, passa pela atual condição física do prédio, que está fechado há quase duas décadas e teria de passar por restauração em sistemas elétrico e hidráulico. “Isso aí justifica o montante de R$ 32 milhões para reforma e de R$ 13 milhões para desapropriação. Somando, o custo estimado é de R$ 45 milhões e pode aumentar”, afirmou. Segundo o vereador, caso a Emha (Agência Municipal de Habitação) apresente justificativas ponderáveis que condigam com o cenário atual da cidade, a proposta pode receber mais apoios –inclusive o do edil.

Ele alertou, porém, que a proposta não passará mais pela Câmara Municipal, onde foi discutida em audiência. “Foi justamente por isso que chamamos o Executivo para mostrar suas justificativas. Algumas foram apresentadas, outras, não. Mas é um projeto de livre iniciativa do prefeito, que pode ou não buscar as verbas”, afirmou. Salineiro acredita que “dificilmente” o projeto não irá adiante e, por isso, a população deve ficar atenta.

“Principalmente em relação ao Estudo de Impacto de Vizinhança. É um projeto de magnitude muito grande, que vai impactar as pessoas que vão viver ali, as que já moram, os comércios e a população em geral. Por que não trazer um estudo mais aprofundado? Acho que esse projeto merece”.

“Não é porque é dinheiro público federal que pode se usar de qualquer forma. É dinheiro nosso. Há um deficit de moradias populares em Campo Grande que precisa ser trabalhado por políticas públicas”, afirmou vereador. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
“Não é porque é dinheiro público federal que pode se usar de qualquer forma. É dinheiro nosso. Há um deficit de moradias populares em Campo Grande que precisa ser trabalhado por políticas públicas”, afirmou vereador. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Demora na Saúde

A realização de audiência pública na Câmara para discutir problemas antigos na Saúde da cidade, como a demora para atendimentos e a falta de materiais e medicamentos também foi abordada na entrevista. André Salineiro rebateu a alegação de que a origem das dificuldades é apenas a falta de dinheiro. “É uma desculpa que temos: falta recurso. Sempre faltou e sempre vai faltar, nunca será suficiente. O que precisamos, hoje, é o que pode ser feito por gestão”, opinou.

Ele citou enquete realizada na internet, na qual, entre 1.145 participações, a falta de médicos e a demora nos atendimentos (inclusive para exames e cirúrgicos) foram apontadas como líderes de reclamações.

“São dois quesitos que nos levam a crer que são os recursos humanos, a contratação de material humano e otimização deste, é ponto vital. Não apenas a contratação, mas disponibilização. Muitas reclamações não são de faltar médico, mas da forma com a qual atendem, como cumprem a escala, se só cumprem na hora predestinada e outros, conforme denúncias inclusive de servidores internos, que atendem menos do que poderiam”, relatou.

Salineiro apontou, porém, que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) tem feito ações para amenizar o problema, como um concurso em vigência para contratar 680 médicos e até 4 mil enfermeiros de forma efetiva. “Estão tendo preocupação para suprir a demanda, mas ainda é preciso um sistema de meritocracia e valorização dos profissionais”.

Outra questão defendida pelo vereador é a implementação de ponto eletrônico para o controle de servidores da Saúde, que já foi alvo de tentativas de implementação. “Só não foi realmente implantado de forma eficaz porque, segundo a Sesau, não há um sistema para monitorar e gerir”, afirmou. Agente da Polícia Federal, Salineiro disse que a implantação do sistema de controle também enfrentou resistências no órgão, até ser acatado –e onde, hoje, há um sistema próprio para controle eletrônico de frequência.

“Estão tendo preocupação para suprir a demanda, mas ainda é preciso um sistema de meritocracia e valorização dos profissionais”, disse Salineiro sobre contratações na Saúde. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
“Estão tendo preocupação para suprir a demanda, mas ainda é preciso um sistema de meritocracia e valorização dos profissionais”, disse Salineiro sobre contratações na Saúde. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)

Em outro viés, Salineiro também defendeu um controle mais eficaz da Central de Regulação Municipal, por meio do controle da marcação de consultas, exames, cirurgias. Em meio a estudos sobre tal ponto, após a audiência, ele disse já haver uma lei proposta pelo vereador Carlão em vigor, mas que não é cumprida, e que permitiria às pessoas saberem em que local da fila de espera por procedimentos médicos estão no momento.

“Por isso, às vezes, o trabalho do vereador é inglório: fazemos a lei, que é aprovada, sancionada e não se aplica”, lamentou. Ele afirma que sua primeira proposta aprovada na Câmara, prevendo o controle eletrônico dos estoques de medicamentos do município –apontando locais onde os mesmos faltam ou estão disponíveis–, em 2017, ainda aguarda regulamentação.

CPI do Transporte Coletivo

Durante o Bom Dia Campo Grande, Salineiro também afirmou que já chega a 7, das 10 necessárias, o total de assinaturas para instalação de uma CPI que visa a investigar a concessão do transporte coletivo da Capital. “Tomara que consigamos. Desde o início fui favorável à proposta do vereador Vinicius Siqueira, apontando descumprimento do contrato quanto a qualidade dos ônibus”, afirmou.

Salineiro reforçou, durante entrevista, apoiar instalação da CPI do Transporte Coletivo. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Salineiro reforçou, durante entrevista, apoiar instalação da CPI do Transporte Coletivo. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)

O vereador afirma não ver razões para que não seja aberta uma CPI sobre a atuação do Consórcio Guaicurus, uma vez que afirma haver elementos para a apuração.

“Um dos trabalhos do parlamentar, além de criar projetos de lei, é fiscalizar os contratos do Executivo com a iniciativa privada. Este é um que merece fiscalização mais acirrada, por isso é necessária a CPI”, apontou. A apuração é balizada em informações levantadas pelo Ministério Público do Paraná, sugerindo que o consórcio teve acesso ao edital da licitação, influenciando-o, antes de o certame ser aberto.

Terceiro turno e indicações

Finalizando a entrevista, Salineiro abordou a proposta de Terceiro Turno na área da Saúde, a qual afirmou ter sido proposta por ele ao lado de Cida Amaral trazendo de volta uma iniciativa iniciada na gestão do ex-prefeito Alcides Bernal. Rejeitada em uma primeira apresentação, ela foi acatada pela administração de Marquinhos Trad neste ano.

“Fizemos um projeto para transformar isso em política de Estado e não de governo, isto é, independentemente do prefeito que estiver, vai continuar”, explicou o vereador.

Salineiro também deixou um agradecimento a integrantes do Executivo municipal por terem atendido indicações propostas por seu gabinete –mais de 1,3 mil, segundo o próprio vereador. “Não é função do vereador tapar buraco, fazer ronda de segurança, mas podemos fazer indicações para o Executivo e, graças a Deus, nossas demandas têm sido atendidas”.

Sintonize – Com produção de Rose Rodrigues e Alisson Ishy e apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, o Bom Dia Campo Grande permite a você começar o seu dia sempre bem informado, por meio de um noticiário completo, blocos temáticos e entrevistas sobre assuntos variados. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Educativa 104.7 FM e pelo Portal da Educativa.  Os ouvintes podem participar enviando perguntas, sugestões e comentários pelo WhatsApp (67) 99333-1047 ou pelo e-mail reporter104fm@gmail.com.

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