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6 de maio de 2024 - 20:20

Terapia, vinho e natureza: elas se reúnem por um Feminino Próspero

Ancestralidade feminina foi tema de encontro com constelação familiar promovido em vinícola

Encontro reuniu mulheres e suas várias histórias. (Foto: Vivianne Nunes)

Treze mulheres em busca de prosperidade por meio de sua ancestralidade feminina. Parece até tema de filme, mas a frase resume uma jornada terapêutica que reuniu histórias de diferentes mulheres e suas peculiaridades no último sábado (17). Em busca de conexão, troca, amparo, acolhimento e vários outros sentimentos, que só quem viveu a experiência pode falar sobre o significado deste encontro.

Durante a jornada do Feminino Próspero, criada pela psicóloga Virna Leite, as mulheres partiram em busca de si mesmas em uma constelação familiar coletiva no vinhedo Terroir Pantanal, região de Piraputanga, em Mato Grosso do Sul. “Ao invés de se conectar com as dores por longos períodos, viemos contemplar a natureza, expandir a consciência por meio dela e caminhar por uma jornada de autovalor”, explica Virna.

Diferente do que muitos pensam, a constelação familiar nada tem a ver com religiosidade, mas é uma maneira de encontrarmos, lá no fundo, sensações e situações, padrões comportamentais que podemos ter herdado dos nossos antepassados, nossos pais, avós e enfim, toda nossa ascendência biológica e suas histórias de vida.

“Nossa prosperidade depende de encerrar muitos ciclos, aceitar, perdoar e liberar traumas. Para isso, viemos contemplar de forma simbólica, mas muito presente, as mulheres que vieram antes de nós, aquelas que fazem parte do nosso sistema familiar. Entender e sentir a força delas em nós e assim, realizar na própria vida ações mais positivas, através de experiências saudáveis que nos levem para mais experiências saudáveis”, explicou.

Contato com a mãe natureza foi fundamental.

A escolha do ambiente para esse primeiro encontro do Feminino Próspero tem tudo a ver com “merecimento”. “Eu desejei que elas se sentissem merecedoras de estar naquele lugar lindo, quis incentivar e mostrar para elas as inúmeras possibilidades de força das crenças positivas do merecimento existente em cada uma, e de estar naquele lugar”, afirmou. O trabalho feito pelo Feminino Próspero tem o intuito de curar as dores que carregamos com relações amorosas, com a criança interior, na relação com a mãe e na inclusão do masculino em sua vida.

Fui ensinada que as mulheres eram inimigas

“Essa é a primeira vez que estou em um grupo de mulheres. Eu fui ensinada, desde pequena, que as mulheres eram inimigas”. O desabafo é de uma das que partiram em busca desse encontro de feminilidade e conexão, e nesta reportagem vamos chamá-la de Ana.

“Fui criada em uma vila militar, em uma época na qual as mulheres não trabalhavam. Elas ficavam em casa o dia inteiro e a única coisa que conseguiam fazer era vigiar as vidas umas das outras. Eu desconfiava das mulheres”, contou Ana, entre lágrimas.

Ela conta o quanto tem se descoberto desde que começou a frequentar o grupo de constelação, somando sua história às de outras mulheres, cada uma com sua individualidade.

Ana conta que certo dia começou a se olhar no espelho e sentir a necessidade de se cuidar. “Eu pensei ‘não posso ficar assim’. Eu não passava um batom, não usava um creme no rosto. As pessoas me viam casada e sempre diziam, ‘olha que legal, parece que esse casamento é bom, que não tem nada errado’. E não é bem assim. É muito difícil se separar. Ele é um cara muito legal, mas que não quer deixar de ser meu filho, não se preocupa com meu processo como mulher. Ele não quer que eu brilhe, porque se eu brilhar, corre o risco de me perder. E, na verdade, já perdeu. Hoje eu penso que a mulher que eu quero ser, e esse homem não vai dar conta de suportar. Eu preciso seguir adiante”, contou.

O relato de Ana tem um pouco da história de cada uma das outras mulheres que optaram por se apoiar, por buscar sua força na ancestralidade, na união com outras mulheres.

“Em cada uma delas, há um pedaço de todas nós e vice e versa”, conta a psicóloga Virna. O local escolhido por ela para esse encontro mágico foi a Vinícola Terroir Pantanal, no distrito de Piraputanga, em Aquidauana. Pertinho do majestoso Morro do Chapéu, também chamado Serra do Paxixi.

A conversa, que teve início já no caminho até o local, continuou regada a ritos de agradecimento, entrega, conexão, liberação de perdão e acabou, também regada, mas a vinhos e espumantes para os mais distintos gostos, entre flores e um piquenique inesquecível.

Histórias que se conectam

E por fim, a celebração. (Fotos: Vivianne Nunes)

São tantas as histórias contadas entre elas, que fica difícil destacar apenas uma. Maria gosta de dançar. “Ela mantém minha sanidade mental”. Bárbara quase se casou com um cara que não amava, porque a mãe a obrigava a estar com ele. Brenda perdeu três gestações até conseguir dar à luz ao menino com nome de anjo. Elisa não conseguiu ser mãe e tem dificuldades em falar sobre isso. Lilian foi traída pelo esposo, mas acabou superando a situação e optou por permanecer nesse casamento.

“Eu me vejo em cada uma de vocês, parece que é de mim que vocês estão falando. Tenho um pedacinho da história de cada uma de vocês na minha”, desabafou Claudia, a última a falar.

“Essa é a conexão feminina que todas buscam, e reunir essas histórias em uma entrega tão profunda de conhecimento, faz parte da cura de cada uma de nós”, finalizou a psicóloga Virna.

PS: Todos os nomes reais foram substituídos para resguardar a história de cada uma das mulheres deste encontro

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