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25 de abril de 2024 - 08:04

‘Subcutâneo’ encena caos social e traça paralelo informal com mundo político

Em uma época onde novas ferramentas de comunicação e de sociabilidade nos obrigam a rever conceitos e comportamentos, o espetáculo teatral “Subcutâneo” traz reflexões de até onde a situação sócio-política de um país pode chegar. A peça é uma das atrações do projeto Boca de Cena – Mostra Sul-Mato-Grossense de Teatro e Circo 2016 e será encenado no dia 21 de abril (quinta), às 20 horas, no Teatro Aracy Balabanian, do Centro Cultural José Octávio Guizzo.

Produzido em Campo Grande ainda no ano passado, “Subcutâneo” estreou em maio de 2015 durante o evento Luz na Rodô, na antiga rodoviária da Capital. No Universo de “Subcutâneo” as coisas realmente vão mal: Com um novo governo intolerante às diferenças culturais, exacerbado após um golpe político, o Estado deixou de ser laico e as minorias passaram a ser exterminadas, sem dó nem piedade, deixando os sobreviventes incapazes de se aprimorar.

Para o ator e diretor da peça, Leandro Faria (ou Lelo, como é conhecido), “Subcutâneo” é uma verdadeira crítica social e chega exatamente em um momento ideal diante a situação crítica na política do país. “O texto contém toda uma analogia com o que está acontecendo e por isso vem em bom momento, diante de tudo o que estamos vivendo na política hoje. É como um insight que vem e às vezes até me assusta. A gente sente, vê que está tudo errado, que algo não cheira bem. Então surge a ideia de criar algo que contribua e estimule um pensamento crítico”, explica.

No palco, Luma e Isis, dois personagens ora masculinos, ora femininos interpretados por Leandro e Philipe Faria, vivem em um prédio abandonado, um pequeno espaço confinado, digno de causar fobia. Tudo o que eles têm é a companhia um do outro e precisam se disfarçar e se arriscar nas ruas para não serem assassinados por suas diferenças. Completando a dramaturgia, a trilha sonora criada por Philipe que também é músico e a iluminação de Thiago Pacheco vão de encontro às exaltadas variações de humor dos personagens e ajudam a descrever a repressão do governo sobre a população. “A trilha sonora é um dos elementos principais da peça, junto com a iluminação. Elas dialogam e fluem como uma narrativa. Tudo vira um signo, uma comunicação e amplia a visão da profundidade cênica, são conceitos e necessidades que tem um porque de existir”, conta Leandro.

O Diretor – Sempre quis ser ator, mas foi estudando artes cênicas em São Paulo que descobriu o talento para fazer ainda mais, e logo passou a escrever e dirigir. Leandro Faria fez novelas em São Paulo e “pegava tudo o que apareceria”, segundo ele. Em 2009 veio para Campo Grande e no mesmo ano passou a ministrar oficina de teatro no Centro Cultural José Octávio Guizzo.

“Fiz novela, propaganda e tudo o mais. Estudei direção e todos os elementos do teatro. Como tinha família em Campo Grande, vim pra cá e criamos uma oficina que durou 5 anos. Trabalhávamos conceitos básicos e necessidades do teatro, desde a articulação, fala, estudo até a postura cênica. Muitos que passaram por ela desenvolvem hoje seus trabalhos de dramaturgia. Depois até montamos um grupo com a galera que ficou na oficina. Era Inocência, adaptação do romance de Visconde de Taunay ”, lembrou.

Sobre a Mostra Sul-Mato-Grossense de Teatro e Circo – Boca de Cena, ele acredita que além de ser um elemento importante para a formação de público e novos fazedores cênicos, contribui também para a transformação social. “Se houvessem mais eventos como esse, se todo lugar incentivasse um pouco mais essa troca que a arte proporciona talvez esse mundo que a gente vive fosse um pouco melhor”, opinou.

Boca de Cena – A Mostra Sul-Mato-Grossense de Teatro e Circo – Boca de Cena acontece de 18 e 23 de abril em Campo Grande e é realizada pela Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação do Estado com organização e produção da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e dos Colegiados Setoriais de Teatro e Artes Circenses da Capital.

(Assessoria de imprensa FCMS)

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