Acontece nessa sexta-feira o 3º Sarau do Chamamé MS, promovido pelo Instituto Cultural Chamamé MS e Programa A Hora do Chamamé, da 104 FM, com apoio da Rádio e TV Educativa e parceiros.
Segundo o radialista Orivaldo Mengual, apresentador do programa A Hora do Chamamé, nessa edição será homenageado o Dr. do Chamamé, Ramão Martins. Será cobrado ingresso de R$ 10 e a arrecadação será revertida em rações para cães e gatos que serão doadas à ONG Cão Feliz.
O 3º Sarau do Chamamé será realizado na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Campo Grande, na avenida Tiradentes nº 763, bairro Taveirópolis, próximo ao Clube da Amizade. (Informações pelo telefone: (67) 9124-2883.
DOUTOR DO CHAMAMÉ
Ramão Martins é um típico personagem musical de Mato Grosso do Sul, segundo Claudimeire Nogueira Vieira.
“É comum no Estado as pessoas seguirem suas profissões para ganhar a vida e ao mesmo tempo ter o hobby de tocar e cantar polcas paraguaias e chamamés. É interessante essa situação: você está numa festa entre amigos e de repente alguém que é advogado, comerciante, motorista, pedreiro, engenheiro tira da caixa o seu acordeon, o seu violão ou o bandoneón e sai tocando e cantando como se fosse um profissional, deixando os presentes boquiabertos”, escreveu.
Ramão Martins se enquadra nesse tipo de personagem. Conhecido como o Dr. do Chamamé, passou sua juventude em Campo Grande onde estudou medicina e teve contato com os músicos que fizeram história na música sul-mato-grossense. Morou no bairro Amambaí onde se reunia para cantar e tocar com Délio e Delinha, Zé Corrêa, Amambay e Amambaí, Elinho do Bandoneón, Dino Rocha entre outros. A partir dessa vivência musical Ramão se envolveu ainda mais com o chamamé e o acordeon. Prosseguiu seus estudos e tornou-se médico, mas o chamamé sempre o acompanhou.
Mesmo não fazendo da música sua profissão, pois exerce a medicina, Ramão Martins gravou dois discos e participou da gravação de um CD da Sapucay Discos que reúne os grandes nomes do chamamé do Estado.
Ramão Martins é um apaixonado por este gênero musical e diz que a sua vida não seria a mesma sem o chamamé. Sempre que pode, gosta de reunir-se com amigos para celebrar a vida com muito chamamé tocado no acordeoncomo sempre faz nos encontros realizados no Centro Cultural de Campo Grande, destaca Claudimeire em recente entrevista com o médico músico no site Chamamé.com.br.