A ponte contou com investimentos de R$ 117 milhões, está funcionando desde o dia 29 de setembro e reforça a logística de transportes e a balança comercial de Mato Grosso do Sul
Três Lagoas (MS) – A integração logística em Mato Grosso do Sul dá mais um passo em direção ao desenvolvimento com a inauguração da ponte sobre o Rio Paraná, que liga as cidades de Três Lagoas (MS) a Castilho (SP). Com a presença do Ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, o governador Reinaldo Azambuja, comemorou mais uma importante obra que vem para tornar a economia do Estado mais competitiva.
“O grande gargalo de toda a cadeia produtiva do país hoje se chama integração logística. Se nós tivermos condições de ampliar os investimentos em rodovias, hidrovias, ferrovias e aeroportos nossa economia será muito mais competitiva, gerando mais oportunidade de empregos e alavancando a economia local. Essa ponte é um sonho antigo. Durante muito tempo a Usina de Jupiá serviu de travessia das nossas riquezas e da importação dos produtos que vem de fora. Não tenho dúvida ministro que esta obra vai beneficiar e muito nossa população”, declarou Reinaldo.
A nova ponte foi construída sobre o Rio Paraná, na rodovia BR-262, entre os municípios de Três Lagoas (MS) e Castilho (SP). Com 1.344 metros de extensão a ponte possui três faixas para o tráfego de veículos. A obra é de suma importância, uma vez que o Estado é a convergência dos principais centros consumidores do País, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
O Ministro Maurício Quintella Lessa declarou que o Presidente da República Michel Temer deu ordem para priorizar as obras com alto grau de execução como a ponte sobre o Rio Paraná. “Uma das melhores formas de combater o desemprego é com investimento em infraestrutura. Essa obra conclui um corredor de escomento de produção, com impacto econômico e também é emblemática para a integração do país, uma vez que se instala em um importante polo industrial. Vamos seguir trabalhando para juntos com Estados e municípios tirar nosso país da crise que atravessamos”, afirmou o ministro. A senadora Simone Tebet relembrou que a construção da ponte era uma das batalhas de seu pai, o senador Ramez Tebet e o senador Pedro Chaves destacou que a construção de pontes fazem a ligação para o desenvolvimento de toda uma nação.
Aumento do fluxo de veículos
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, ponderou a questão da trafegabilidade, uma vez que a barragem da Usina de Jupiá já não suportava mais o fluxo diário de 13 mil de veículos, entre automóveis de passeios e caminhões de carga.
“Nos últimos 15 anos, o eixo Três Lagoas-Campo Grande tornou-se uma rota importante de importação e exportação, decorrente da industrialização da costa leste do Estado. Além de contribuir com a logística, a ponte é importante pelo fato da segurança, pelo tempo médio de passagem na divisa de MS e SP, agilizando o transporte. Isso tudo se traduz em redução de custos”, afirma Verruck.
Jaime acrescenta ainda que o próximo passo é integrar a rota com projetos de estruturação de novas vias e acesso na área urbana de Três Lagoas, dando agilidade a passagem de cargas.
Acessos ao grande centro
Esta é a quinta ligação entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, geograficamente separados pelo rio Paraná. Do lado sul-mato-grossense, o trecho de acesso completa o traçado definitivo da BR-262, alterando o caminho que leva à barragem da usina. Do outro lado do Rio Paraná, em Castilho, uma nova via de acesso foi construída da ponte até rodovia estadual SP-300 (Marechal Rondon).
A primeira ponte é exclusivamente ferroviária e fica entre Três Lagoas e Castilho, ao lado da nova estrutura. Mais ao sul, a ponte rodoviária Maurício Joppert liga a BR-267 em Bataguassu à SP-270 (Raposo Tavares) em Presidente Epitácio (SP).
A terceira ligação fica entre os municípios de Brasilândia e Paulicéia (SP). Com 1,705 metros de comprimento, ela liga a BR-158 à SP-294. A quarta ponte entre os dois estados é rodoferroviária e fica entre Aparecida do Taboado e Santa Fé do Sul (SP), com quatro quilômetros de extensão e fazendo o entroncamento da BR-436 com a SP-329 (Euclides da Cunha).
Projeto da ponte iniciou em 1999
A nova ponte sobre o Rio Paraná iniciou o projeto da estrutura em 1999. A construção começou em 2011 – com previsão de entrega em 2014. De fato, a obra foi concluída em 2015 e a inauguração da estrutura foi adiada diversas vezes por conta de readequação do projeto de construção de acessos e períodos chuvosos. O objetivo foi transferir o tráfego de veículos da barragem da Usina de Jupiá e contribuir para o escoamento da produção de Mato Grosso do Sul para o Leste do País, principal mercado consumidor do Brasil.
Antes da construção da usina, na década de 1960, a travessia de veículos, cargas e pessoas entre Três Lagoas e a cidade paulista era feita por meio de balsa ou da ponte ferroviária Francisco de Sá – que fica ao lado da nova ponte. Depois da construção da usina, o tráfego passou a fluir pela própria barragem. Com o passar dos tempos, a expansão da região nos setores agrícola e industrial, bem como o desenvolvimento urbano da região, fez com que a movimentação de veículos no local aumentasse consideravelmente. Surgiu assim a necessidade de uma nova alternativa de travessia do rio.
Estiveram presentes na solenidade os senadores Simone Tebet e Pedro Chaves; os deputados estaduais Eduardo Rocha e Ângelo Guerreiro; o secretário da Casa Civil, Sérgio de Paula; o superintendente do Dnit de MS, Thiago Bucker; a prefeita de Três Lagoas, Marcia Moura; o prefeito de Castilho, Jone Marcos Buzachero; e o secretário estadual de Logística e Transportes do Governo do São Paulo, Alberto Macedo Filho – representando o Governador Geraldo Alckimin.
Texto: Diana Gaúna, Subsecretaria de Comunicação.
Foto: Chico Ribeiro.