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Institucional

FM 104,7 [ AO VIVO ]

26 de abril de 2024 - 06:41

No Bom Dia Campo Grande, vereador defende criação de Secretaria Municipal Antidrogas

Wilson Sami concedeu entrevista à Educativa 104.7 FM na qual destacou relevância de projeto que centraliza ações no enfrentamento às drogas; vereador ainda falou sobre causas que defende na Câmara
Vereador campo-grandense Wilson Sami apontou que Secretaria Municipal Antidrogas teria efeito mais abrangente nas questões dos efeitos do problema na sociedade. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Vereador campo-grandense Wilson Sami apontou que Secretaria Municipal Antidrogas teria efeito mais abrangente nas questões dos efeitos do problema na sociedade. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)

A criação de uma Secretaria Municipal ou de uma Superintendência Antidrogas é a solução para coibir os efeitos que os entorpecentes causam na sociedade campo-grandense. A avaliação é do vereador Wilson Sami, defensor da proposta que poderia, inclusive, contar com recursos federais para a maior parte de sua manutenção. O edil falou sobre este e outros projetos de sua autoria durante entrevista ao Bom Dia Campo Grande desta quinta-feira (2).

“Somos rota de tráfico em Campo Grande, vindo do Paraguai e Bolívia. Claro que uma Secretaria Municipal Antidrogas não viria para combater os traficantes, mas sim para o resgate do dependente químico, mas para restauração e o resgate da família também”, afirmou Sami à Educativa 104.7 FM. Segundo o vereador, ele já esteve tratando do tema em Brasília, onde há verbas da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) à disposição da estrutura.

“Seria uma secretaria autônoma, com verba federal, claro que com contrapartida do município, mas com 90% de verba federal. Estive em 2017 na Senad, falei com o então secretário nacional e ele disse que, bastaria abrir uma secretaria ou superintendência, pois verba tem”, prossegui o vereador, que inclui na conta bens e valores tomados de traficantes.

“Em 2013 foram disponibilizados R$ 600 milhões para o combate ao crack, mas só usaram R$ 120 milhões. Ou seja, R$ 480 milhões não foram usados porque não havia projetos”.

A experiência de Sami vem de 12 anos de trabalho com entidades de recuperação de dependentes químicos, onde houve a atuação clínica alinhada à espiritualidade. O vereador afirma que, atualmente, a tendência é que os problemas com drogas aumentem por situações como a desestruturação das famílias.

Com uma Secretaria ou Superintendência Municipal Antidrogas, espera-se centralizar o enfrentamento ao problema, inclusive com o fornecimento de uma base nas escolas na qual se diga, exatamente, prejuízos que as drogas causam ao organismo. Sami afirma que, caso tal conscientização ocorra mais cedo, a chance de assimulação é maior. “As pessoas sabem que álcool e cigarro fazem mal, mas usem. Que não se pode atravessar no sinal vermelho, mas fazem”, disse. “Vai ensinar a essas crianças a realidade do mal que a droga faz para,

Remetida ao Paço Municipal, a proposta acabou descartada pela prefeitura por contra do impacto financeira. Porém, foi criada uma Coordenadoria Municipal Antidrogas, com caráter mais repressivo. Além disso, foram disponibilizados R$ 100 mil para o tratamento de dependentes químicos na Subsecretaria de Direitos Humanos.

“É tudo muito bom, mas se vê que está dando tiro para todo o lado. Centralizar as ações em uma secretaria autônoma, com recursos próprios para resolver, e não tapar o sol com a peneira”, defendeu Sami.

Vereador argumenta que há recursos federais para que proposta de enfrentamento às drogas avance. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Vereador argumenta que há recursos federais para que proposta de enfrentamento às drogas avance. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Suicídio

Wilson Sami também falou sobre outras causas às quais seu mandato está ligado, como a prevenção ao suicídio. Mato Grosso do Sul é o terceiro do país com os maiores índices. Segundo o vereador, a causa chegou a ser discutida com o Paço Municipal, mas esbarrou na decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro em extinguir todos os conselhos nacionais. “E também, neste instante, está proibida a criação de novos conselhos”, disse.

A ideia, neste momento, seria reunir representantes de todas as instituições com condições para trabalhar a questão do suicídio, como conselhos regionais de Psicologia, Psiquiatria, Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil, bem como “pessoas que já tentaram o suicídio e passaram dessa fase para serem representantes deste conselho. Traçaríamos diretrizes e termos de ação pelos quais poderíamos coibir esse mal que está acontecendo”, afirmou, vendo na disseminação de vídeos e outros conteúdos na internet um motivador para tais fatos, principalmente entre os jovens.

A alternativa, neste momento, é a realização de uma audiência pública e a unificação de esforços com o governo do Estado, que se organiza no setor, e contatar as entidades.

Sami afirma que prevenção ao suicídio é uma necessidade, mas enfrenta obstáculo para criação de conselho especial para o tema. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Sami afirma que prevenção ao suicídio é uma necessidade, mas enfrenta obstáculo para criação de conselho especial para o tema. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Violência nas escolas

O vereador também falou na entrevista sobre sua preocupação com o avanço da violência nas escolas, que acabam por ter os professores como altos de alunos. O tema foi discutido em 2018 em audiência pública na Câmara, onde a questão da multidisciplinaridade nas escolas, com a atuação de profissionais capacitados em psicopedagogia e assistência social, foi defendida e passou a ser adotada pela Secretaria Municipal de Educação.

Segundo Sami, uma das soluções para o tema é verificar o ambiente doméstico, a fim de identificar a origem da agressividade.

“Tem de viver a realidade daquele aluno. Tem estudante que é implicante, bate nos colegas, perturba, e nós sabemos que criança, quando apronta muito, em vez de dar cintada tem de abraçar, beijar. Ela está chamando a atenção. Há uma carência efetiva muito grande no ser humano. Não somos máquinas, precisamos de atenção, valorizar as pessoas. E o jovem, quando se sente desvalorizado, excluído, perturba-se”, pontuou.

Saúde

Participante da comissão especial da Câmara que acompanha as dificuldades na Santa Casa, o vereador aponta que a direção da unidade hospitalar passou a agir, após uma “auditoria” realizada na instituição. O relatório final sobre a instituição deve ser apresentado em um mês.

“Com o tempo foram corrigindo. Há uma demanda muito grande e que continuou, mas acabaram os leitos nos corredores, porque o dr. Esacheu Nascimento (diretor da Associação Beneficente, mantenedora do hospital) proibiu as pessoas de irem sem serem referendadas pelas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) ou CRSs (Centros Regionais de Saúde)”, disse, referindo-se à regulação válida para os hospitais da Capital.

Sami reforça que a questão amenizou, mas ainda falta corrigir a vinda de pacientes do interior que ainda sobrecarregam o sistema de saúde de Campo Grande. Isso porque muitos prefeitos, em vez de investirem em saúde, “preferem comprar ambulância e usam isso como recurso para enviar pacientes, até quando não há vaga. E isso é muito ruim para nós”.

Por fim, ele também apontou que outro problema na saúde pública é a baixa remuneração dos profissionais de medicina.

“Se houvesse um plano de cargos e salários digno, eu tenho certeza que haveria uma demanda maior de médicos”, opinou, na expectativa de que essa questão seja tratada pelo Ministério da Saúde. Ele cobra a realização de concursos para admissão de médicos mais estrutura na rede pública, para que a população passe a contar com serviços simples em outras unidades que não seja de urgência e emergência

“Acredito que a nova gestão (do secretário José Mauro Pinto de Castro Filho, novo titular da Sesau) essa situação será revista”.

Sintonize – Com produção de Alisson Ishy e Rose Rodrigues e apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, o Bom Dia Campo Grande permite aos ouvintes começarem o dia sempre bem informados, por meio de um noticiário completo e entrevistas sobre temas variados. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Educativa 104.7 FM e pelo Portal da Educativa.

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