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8 de maio de 2024 - 19:41

MS avança na identificação individual eletrônica de bovídeos

Importante instrumento para prevenir problemas sanitários e atender as necessidades do mundo moderno, onde as mudanças exigem uma visão integrada em saúde animal, a gestão sanitária individual é estratégica para que o Brasil possa adotar ações padronizadas que resultem em alimentos seguros, com garantia de origem e associados à sustentabilidade produtiva.

Enquanto alguns estados brasileiros iniciam este trabalho, como parte do projeto para evolução de seu status sanitário, Mato Grosso do Sul dá continuidade ao processo de identificação individual eletrônica com um dos sistemas mais modernos do País.

Em 2007, o Estado, com a participação efetiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), iniciou a implantação de zonas de alta vigilância em suas fronteiras e de ações conjuntas visando reduzir o risco de introdução e disseminação do vírus da febre aftosa, através de ações sanitárias harmonizadas. As ações atendem a acordo estabelecido entre a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e o Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul, com apoio do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) e foram iniciadas juntas com os Serviços Veterinários dos países membros do CVP (Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai).

Entre as obrigações acordadas, coube à Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro) a responsabilidade de executar na Zona de Alta Vigilância (ZAV), a identificação individual dos animais, a vacinação supervisionada pelo serviço veterinário, o cadastro georreferenciado das propriedades rurais e a fiscalização do trânsito animal, permitindo assim uma gestão sanitária individual do rebanho de forma efetiva e segura.

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Segundo o presidente da Iagro, Luciano Chiochetta, em um primeiro momento, para cumprir com suas obrigações quanto à identificação de animais no Estado, a agência utilizou brincos de identificação visual com uma numeração controlada e transferida manualmente à base de dados da agência.

Conforme Luciano, o sistema apesar de ter atendido as exigências em vigor, mostrou-se ineficiente, frágil quanto à segurança e de difícil gestão operacional, motivos pelos quais o Governo do Estado, na ocasião, decidiu pesquisar e buscar uma solução tecnológica que permitisse de forma eletrônica um controle mais eficiente, confiável e que facilitasse a gestão sanitária dos rebanhos pelo órgão de defesa sanitária e pelos os produtores rurais. “Pela superioridade do sistema de alta frequência (UHF), esta tecnologia foi utilizada para a implantação do sistema de controle de rebanhos daquela região – antiga ZAV – como forma de prevenir o ingresso e disseminação de enfermidades, como a febre aftosa”, disse.

Iniciado há quatro anos, o trabalho de identificação individual eletrônica de bovídeos já identificou 390.497 animais em oito dos 13 municípios que compõem a antiga ZAV, restando aproximadamente 381.818 animais para conclusão do trabalho.

No município de Corumbá, distante 427 quilômetros da capital, Campo Grande, antes mesmo que a equipe iniciasse os trabalhos (no ultimo dia 29 de outubro) um grupo de pecuaristas – que não estão na ZAV – adquiriu o programa, com vistas nas inúmeras vantagens que o sistema propicia.

Segundo recente publicação da Embrapa, a identificação individual é elemento essencial em qualquer estratégia de segurança e defesa sanitária animal e independente do método, contribui de forma inconteste com informações para estratégias de combate a doenças, monitoramento da eficiência de vacinas, consolidação de sistemas de informação e vigilância nos âmbitos nacional e internacional, redução de inconsistências na identificação tanto durante a inspeção quanto em diagnostico clínico e laboratorial, além de sua eficiência na otimização do efetivo controle de movimentação animal, seus produtos e subprodutos.

Nesses quatro anos de trabalho, o consórcio responsável pelo sistema teve a oportunidade de aperfeiçoar o programa de tal forma que, interligado ao banco de dados da Iagro, o SanIAGRO, é possível emitir documentos como a Guia de transito Animal (GTA) e a Nota fiscal do produtor (NFP) diretamente na propriedade de origem.

Neste projeto, com uso de um terminal móvel, todos os dados da resenha animal (Raça, Sexo, Idade, Aptidão) e a inscrição estadual do proprietário são gravados, de forma individual, em brinco eletrônico com numeração aprovada pelo Mapa no padrão SISBOV, e são transmitidos rapidamente para a base de dados da Iagro, sendo inclusive a evolução da idade (ERA) dos animais, realizada de forma automática pelo sistema.

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Garante-se desta forma a segurança e a qualidade do rastreamento, além de permitir a audibilidade das informações gravadas no brinco eletrônico, podendo as mesmas serem lidas individualmente no animal e impressas a qualquer momento. O sistema registra ainda, as coordenadas de georeferenciamento (GPS) do local onde os procedimentos estão sendo realizados, fortalecendo a credibilidade do serviço de defesa agropecuário. Esta ferramenta apresentou ainda outras vantagens como controle individualizado do trânsito de animais, controle individualizado do estoque dos estabelecimentos rurais.

O trabalho de identificação nos municípios que compõe a antiga ZAV é gratuito e está sendo realizado atualmente em Corumbá com três equipes. A previsão é de que sejam concluídos nos próximos 60 dias. Conjuntamente, a Iagro realiza a vacinação contra a febre aftosa que é gratuita apenas para assentados, quilombolas e bovídeos da periferia.

Rastreabilidade e equivalência

De maneira simples, entende-se por rastreabilidade o processo que possibilita rastrear, isto é, investigar, procurar, inquirir, ou ainda, a capacidade de reencontrar o histórico, a utilização ou a localização de um produto qualquer por meio de identificação registrada. A finalidade da rastreabilidade é garantir ao consumidor um produto seguro e saudável, através do controle de todas as fases da produção, industrialização, transporte/distribuição e comercialização.

Em países que exigem a rastreabilidade, tendo como principal ferramenta o controle feito com base na identificação individual de bovídeos, para importar produtos de origem animal, utilizam o princípio da equivalência de medidas sanitárias – acordo SPS (BRASIL, 1994) como, por exemplo, os países da União Europeia que, para importar carne do Brasil exigem rastreabilidade, a qual está regulamentada pelo Mapa.

Kelly Ventorim, da Assessoria de Comunicação da Sepaf.

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