Estado vizinho já registrou mais de 900 casos; infectopediatra reiterou no Bom Dia Campo Grande que doença não tem tratamento e vacinação segue como a melhor prevenção

Alguns dos Estados brasileiros, como o vizinho São Paulo, vivem um surto de sarampo que reforça a necessidade de cuidados em relação à prevenção –uma vez que a doença não tem tratamento, segundo reforçou a infectopediatra e professora da Uniderp Ana Lúcia Lyrio no quadro Minuto da Saúde, do Bom Dia Campo Grande desta quarta-feira (7). Nesse sentido, a vacinação ainda é a principal forma de evitar o contágio.
Ana Lúcia respondeu à pergunta da ouvinte Roseli Antunes, moradora do Centro, que disse ter sido imunizada contra o sarampo e, com o aparecimento de casos da doença, tinha dúvidas sobre a necessidade de se vacinar novamente. A infectopediatra disse que a pessoa precisa ter tomado duas doses da vacina após o primeiro ano de vida. “Se ela tomou essas duas doses não vai precisar tomar outra”, afirmou à Educativa 104.7 FM.
Conforme a especialista, o sarampo é transmitido por meio da respiração, da tosse ou do espirro da pessoa doente. A doença, em seus primeiros dias, manifesta-se como uma conjuntivite: a pessoa fica com os olhos vermelhos e se sente incomoda com a luz. Secreções oculares e nasais, acompanhada de coriza e tosse também se fazem presentes por três dias.
“Depois pinta o corpo inteiro, é a exantema, as manchinhas vermelhas distribuídas no corpo todo. Começam pelo rosto e pescoço e vai descendo”, disse Ana Lúcia. Ela lembrou que a doença se manifesta uma única vez na vida, porém, advertiu para o surto de sarampo que teve início na região Norte do Brasil e, depois, manifestou-se em outros Estados, como Rio de Janeiro, Bahia e, principalmente, São Paulo –onde já há 907 casos confirmados em 40 municípios, alguns deles próximos à divisa com Mato Grosso do Sul.
Por esse motivo, recomenda-se que pessoas que seguirem viagem ao Estado vizinho que verifiquem a carteira de vacinação e, caso não tenham sido imunizadas, providenciem as duas doses da tríplice viral –que previne contra sarampo, caxumba e rubéola. “As crianças de seis meses a um ano têm de tomar uma dose para poder viajar”, reiterou a especialista. A vacinação deve ocorrer em 15 dias antes da viagem.
Prevenção
Ainda segundo Ana Lúcia, em caso de dúvida sobre a pessoa, inclusive adulta com menos de 49 anos, tenha se vacinado, a orientação é buscar a unidade de saúde e providenciar as doses da tríplice viral. Ela ainda salientou que, em relação a crianças e adolescentes, havia a prática de se aplicar a vacina aos 9 meses e, depois, com 1 ano e 3 meses. “Essas pessoas não estão totalmente protegidas e devem tomar outra dose”.
A médica disse que o sarampo não tem tratamento, sendo a prevenção a única forma de evitar o contágio. A doença pode evoluir para quadros como pneumonia e infecção nos ouvidos. “Caso a pessoa manifeste a doença, deve procurar assistência médica imediata. Mas ainda não há nenhum caso registrado no Estado”, finalizou.
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