A necessidade de recompor trecho do gabião foi detectada quando o lago principal do Parque das Nações Indígenas foi esvaziado para execução das obras de desassoreamento, no ano passado. “Só então percebemos que parte da estrutura da barragem, que fica oculta pelas águas, estava danificada, colocando em risco toda a obra. O desassoreamento foi feito, porém o lago não voltou a ser cheio em toda sua capacidade, aguardando o processo de licitação para recompor esses trechos do gabião”, explicou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
Os engenheiros da Agesul (Agência estadual de Gestão de Empreendimentos) fizeram o levantamento técnico da obra, que está orçada em R$ 658 mil e compreende, além da recomposição de trechos do gabião na parte inferior da barragem, também a contenção das cabeceiras de duas pontes de concreto (08 e 09) que apresentam problemas no aterro. O prazo que a empresa vencedora tem para executar os serviços é de 180 dias.
As obras de desassoreamento do lago principal do Parque das Nações Indígenas foram executadas em convênio com a administração municipal de Campo Grande e representou investimento de R$ 1,5 milhão, recursos repassados pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). De junho a agosto de 2019, foram retirados aproximadamente 15 mil metros cúbicos de sedimentos, mobilizando duas máquinas retroescavadeiras e 10 caminhões.
Após esse trabalho, o governo do Estado já executou outras obras no local, como a reforma dos decks e no sistema de iluminação pública. Os investimentos maiores, entretanto, serão feitos no entorno do Parque das Nações Indígenas. São intervenções na cabeceira da Microbacia do córrego Prosa (Joaquim Português e Desbarrancado) e o lançamento na rede de drenagem do Córrego Reveilleau, na área do Parque, realizadas de acordo com Termo de Cooperação Mútua firmado entre as administrações estadual e municipal, para evitar que os sedimentos voltem a se acumular no lago principal do Parque.
João Prestes – Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)
Foto: Arquivo