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De aroma único, a fruta símbolo de Mato Grosso do Sul poderá ganhar nova vida em perfumes, cremes e sabonetes graças a estudo realizado com apoio da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia) e que conseguiu o depósito da primeira patente da aplicação do óleo essencial de guavira em combinação com o hidrolato do mesmo fruto, em composições cosméticas junto ao Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual).
Coordenada pela doutora Nídia Cristiane Yoshida, no Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais Bioativos (PRONABio) do Instituto de Química da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), a pesquisa com a guavira começou como parte de um estudo mais abrangente que busca novas fragrâncias e bioativos nos frutos do Pantanal e do Cerrado.
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Além dela, foram selecionados acuri, envira preta e bocaiúva para obtenção de óleos essenciais, óleos fixos e extratos que passam por análises de composição química e avaliação de propriedades biológicas. Um diferencial do trabalho foi tentar aproveitar resíduos que são subutilizados ou descartados pela indústria de alimentos, como cascas e sementes.
Segundo Nídia Cristiane Yoshida, os resíduos da guavira se sobressaíram porque, além do aroma agradável, o óleo essencial e o extrato obtidos desse material vêm se mostrando ricos também em propriedades antioxidantes, emolientes e em substâncias clareadoras, o que chamou atenção para seu uso em cosméticos.
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Foram dois anos de pesquisa para obter um produto viável, com resultados concretos. De cada quilo de cascas e sementes, os pesquisadores conseguiram extrair cerca de 5 mililitros de óleo essencial que está sendo testado em sabonetes, perfumes, aromatizadores, cremes e produtos capilares.
A equipe também estuda uma forma de utilizar o hidrolato, um subproduto do processo de hidrodestilação.
Saiba mais sobre a pesquisa e seus resultados na reportagem de Priscila Trauer ao Jornal da Educativa:
Maristela Cantadori, Comunicação Fundect
Fotos: Leandro Benites