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10 de maio de 2024 - 23:17

EPTV Ribeirão/Campinas: A escola do telejornalismo regional que projetou profissionais no Brasil e no exterior

Do chumbo quente à era digital, a profissionais que há 36 anos deram vida à notícia local num tempo em que do porteiro ao rádio escuta, do office boy ao repórter, a televisão era mais solidária. As duas primeiras emissoras de TV do interior, Campinas e Ribeirão Preto (SP), afiliadas da Globo, foram a escola de grandes profissionais que se reencontraram para relembrar de tudo como começou.

Heraldo Pereira (Globo/JN), Nelson Araújo (Globo Rural), Bosco Martins (TV-E/MS), José Luis Datena (Band), Rosana Zaidan (EPTV/Globo Ribeirão), Gilson Filho (Diretor de Teatro em Ribeirão Preto), Ilze Scamparini (Globo Internacional) , Luciana Bistane (Globo/SP), Luis Alberto Volpe ( ESPN), José Roberto Burnier (Globo/JN ), Leonor Corrêa (SBT), entre outros.

O que esses profissionais do jornalismo têm em comum?

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Jornalistas Bosco Martins (RTVE) e Heraldo Pereira (Globo-JN)

Pelo menos 30 profissionais se reuniram para rememorar os áureos tempos do bom jornalismo local, entre eles, Arthur Barros, Antonio Carlos Almeida Campos, Marcos de Guide, Antonio Carlos Coelho, Carlos Alberto Nonino, Carlos Alberto Paschuim, Wanda Alviano, Mariangela Gumerato, Flávio Guimerato, Stella Martins, Kiyoshi Chayamiti, Edson Soh, Miloca Nagle, Leonor Corrêa, Tereza Araújo, Érica Amêndola e Mirtes Wiermann.

Todos fizeram parte da primeira equipe na estreia da segunda emissora de televisão do interior paulista afiliada da Rede Globo, a Empresa Paulista de Televisão (EPTV).

“O jornalismo regional era um ovo de Colombo que José Bonifácio colocou de pé”, diz Rosana Zaidan editora da Ree Globo, ao lembrar dos desafios na época de criação da EPTV, período em que a Nova Televisão Brasileira enfrentava a escassez de profissionais para se expandir, sendo necessário o recrutamento de trabalhadores de várias áreas para montar as equipes de produção, reportagem e edição.

Os tempos de glória, mas de enormes desafios, foram rememorados em encontro dos profissionais que protagonizaram o telejornalismo regional e hoje estão espalhados pelo Brasil os principais veículos de comunicação.

A história do telejornalismo regional foi relembrada no memorável encontro que, além de vídeos da época, relembrou boas inusitadas histórias do grupo de jornalistas que protagonizaram o início do telejornalismo regional a partir de Campinas e Ribeirão.

Bosco Martins, que deixou Ribeirão para construir uma trajetória bem sucedida no Brasil Central, onde iniciou atuando como repórter de Rede na TV Morena, afiliada da Globo em Mato Grosso do Sul, exercendo ainda os cargos de secretário de Comunicação do Estado e editor-chefe de um dos maiores grupos e Comunicação do Centro Oeste, Correio do Estado-SBT, e atuando já pela terceira vez como diretor-presidente da Rádio e TV Educativa (RTVE), recorda que deixou o emprego de radialista em Jaboticabal para integrar a equipe precursora da interiorização da notícia na EPTV.

Daquela época, entre os episódios marcantes, Bosco pinça uma “pequena desavença” que teve com Datena por conta de uma pauta de esporte.

“Das muitas boas histórias da redação nesses tempos tem uma que eu e o Datena jamais esquecemos. Sempre que nos encontramos a memória parece ser automática da cena que protagonizamos na redação da EPTV. Lembro-me como se fosse ontem, ele chegando ‘P da vida’ porque em um fim de semana, ele na rua eu assistente de chefia do “meu irmão” Rubão (chefe de reportagem na época), acabei derrubando uma pauta do treino do Comercial. Era um sábado à tarde. Ele já adorava futebol naquele tempo e retornou à redação puto comigo. Discutimos bastante pelo PX (radio do carro de reportagem). Na hora que ele entrou na redação, para enfrentar ‘aquele gigante’, pra lá de 1,90m de altura, tive que subir na minha mesa. Como não me alcançava, ele lançou uma maleta cheia de U-Matic (primeiro formato de fitas de vídeo analógico usado pelas TVs). As fitas eram tão grandes que serviam até de prancheta para os repórteres rascunharem o texto. Imaginem o peso daquilo. A história vazou e fomos parar na diretoria. Eu e o Datena fomos chamados à atenção pela Mara Rubia, a editora-chefe. Nos desculpamos e tudo ficou bem, mas nunca mais nos esquecemos do episódio, que serviu para fortalecermos a amizade que mantemos ate hoje”.

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O histórico encontro dos precursores da EPTV reuniu Heraldo Pereira, Nelson Araújo, Rosana Zaidan, Gilson Filho, Bosco Martins, Ana Volpe, representando o pai Rubens Volpe, Arthur Barros, Antonio Carlos Almeida Campos, Marcos de Guide, Antonio Carlos Coelho, Carlos Alberto Nonino, Carlos Alberto Paschuim, Wanda Alviano, Mariangela Gumerato e o marido Flávio, Stella Martins, Kiyoshi Chayamiti, Edson Soh, Miloca Nagle, Leonor Corrêa; Nelson Araújo e a ex-mulher Tereza, e Mirtes Wiermann.

A confraternização no fim de 2015 reuniu cerca de 30 profissionais e poderia ser denominado “Encontro com a História da Imprensa Regional de Ribeirão Preto”. O tema sugerido seria fiel à reunião dos primeiros profissionais que atuaram no marco histórico da telejornalismo regional brasileiro com a implantação da EPTV/Globo Campinas e EPTV/Globo Ribeirão. Entre os presentes, Rosana Zaidan (jornal A cidade de Ribeirão Preto), Heraldo Pereira (Globo), Nelson Araujo (Globo Rural) e Carlos Alberto Nonino. Antes do início da reunião informal ocorrida em um buffet da cidade, os organizadores realizaram a exibição de um vídeo com a passagem marcante pela emissora dos profisionais presentes no evento.

Antes, a jornalista Rosana Zaidan mencionou outros profissionais que iniciaram na emissora e que não puderam estar presentes “Já não estão entre nós, Rubens Volpe, João Garcia (Sombrero), Otávio Ribeiro, Pena Branca, Antônio de Pádua, Luis Carlos Lepera, Vitor Cervi, Glauco (cartunista) e outros que por compromissos antecipados estiveram ausentes, mas foram lembrados, José Luiz Datena, José Roberto Burnier, Ilze Scamparini e Pelicano (cartunista), entre outros.

O grupo de profissionais, cinegrafistas,   repórteres, editores, radio escuta e outros funcionários iniciaram em televisão na década de 1980 sendo o primeiro grupo de profissionais contratados pela EPTV Globo/Ribeirão empresa projetada e criada a partir de Campinas/Ribeirão por José Bonifácio Coutinho Nogueira

A EPTV se transformou numa reveladora de talentos para órgãos da imprensa nacional e esta história começa com um sonhador e um sonho. O sonhador e idealista é também um realizador.

Depois de fundar e presidir a TV Cultura, primeira TV educativa brasileira de repercussão nacional, o empresário, advogado, produtor, criador e secretário de estado José Bonifácio Coutinho Nogueira tinha a percepção que mudaria a história da comunicação regional. Compreendia que seria possível unir a missão da TV às potencialidades da região. Somavam-se ai os sonhos de JP com as necessidades regionais.

O resultado foi a implantação de uma emissora forte, bonita, ousada e atuante, perfil que marca a EPTV até hoje, ao cabo de 36 anos, completados em 1º de outubro de 2015. Um projeto bem-sucedido de emissoras regionais que começou em 1º de Outubro de 1979, em Campinas, e se expandiu em 1980, com a instalação da emissora em Ribeirão Preto, seguindo-se depois em Varginha, no Sul de Minas (1988) e em São Carlos, na região Central (1989).

Hoje, a cobertura das quatro emissoras alcança 300 municípios, com uma população de mais de 11 milhões de habitantes e mais de 3 milhões de residências com aparelhos de TV. JB vive até 2002 para ver o seu ovo de Colombo em pé. O fundador do grupo falece aos 78 anos, mas deixa o legado de seu pioneirismo.

Legado que se reflete até hoje no jornalismo local, dinâmico, investigativo, com documentários e reportagens que conquistam prêmios de relevância nacional, e em todas as ações e eventos que a EPTV realiza, unindo esporte e cultura. Vale o slogan. Esta é a alma da EPTV: cada vez mais, a gente vive com você.

O patrono José Bonifácio já dizia: “O sonho futuro eu não sei qual será, mas uma coisa eu garanto: haverá sonho”. O mesmo sonho que ainda move a escola de jornalismo idealizada por JB e estimula o exercício do conhecimento e concretização de ideais.

Sobre a escola de JB, Rosana Zaidan reforça que o segredo do jornalismo regional está na concepção sobre o que é notícia para o telespectador. “A ideia embrionária era simples e o Boni executou muito bem, juntando o sucesso comercial da rede Globo com a informação local”, que era buscada ali mesmo na cidade, nas redondezas de Ribeirão Preto, a capital da região canavieira no interior de São Paulo. As ferramentas eram o telefone e as ondas do rádio. “Nada é mais importante do que cuidar do nosso quintal, comer a comidinha da mamãe”, compara Rosana, para dizer da importância da notícia local para a população.

“Com a TV Ribeirão Preto as pessoas já não ouviam mais somente as notícias de São Paulo, do presidente. Elas se viam no vídeo e a concepção desse grupo que marcou época era justamente essa, de aproximar a televisão da comunidade”.

Sobre essa “interatividade” (chavão da era digital), no período do chumbo quente (material de composição das chapas tipográficas para impressão de jornal), o editor Arthur Barbosa menciona o “primeiro repórter cinematográfico a tirar a câmera do tripé”, Edson Soh, hoje no Globo Esporte e Esporte Espetacular. Soh justificava tamanha ousadia em quebrar o modelo certinho da Globo: “Temos que colocar o telespectador junto da gente”. No memorável encontro dos ex-EPTV, Edson Soh disse que “naquela época e até bem pouco tempo a TV era muito certinha, tinha que ser tudo no “tripezinho”, plano americano.

Soh lembra de um fato curioso em seu início de carreira. Pegou emprestado do amigo Bosco o carro para buscar a filha. Não tinha carteira de motorista e nem sabia dirigir.

Heraldo Pereira, outro profissional que começou na EPTV e se projetou até ocupar a bancada do Jornal Nacional, tem seus méritos destacados pelos colegas. Sem nunca ter feito curso de jornalismo ou assemelhado, avesso a texto, teve seu talento revelado logo no início do recrutamento de profissionais para a nova emissora.

“Gente isso é muito fácil”, dizia Heraldo no início de carreira, mostrando desde logo não só a paixão pela profissão, mas a habilidade natural com o microfone e narração da notícia. “Ele sempre foi talentoso, mas que isso, uma doçura de pessoa, aprendemos juntos, a EPTV foi uma grande escola, para todos nós”, diz Rosana Zaidan, lembrando que Heraldo trabalhava na Rádio Clube de Rio Preto e acabou “convocado” a compor aquele primeiro time.

ANTENADO

Outro chavão do jornalismo contemporâneo, antenado, traduz hoje o que antigamente se constituía em ocupação fundamental, ferramenta de trabalho indispensável, tão importante que garantia a “instantaneidade” da notícia, tão exigida nessa era digital. No período do chumbo quente, porém, a antena não vinha da internet, mas do receptor que captava as ondas eletromagnéticas. Era por meio do rádio, o maior veículo de comunicação de massa, que eram buscadas as informações mais quentinhas.

Foi através do rádio escuta, operado por Coelho, que Nelson Araújo, hoje no Globo Rural, faturou o Prêmio de Jornalismo Wladimir Herzog. Nelson foi convidado para a equipe pela característica regional que imprimia em seu trabalho como repórter do jornal O Estado de S. Paulo (Estadão).

BÓIAS-FRIAS

Acontecia a primeira greve de repercussão nacional dos canavieiros e o rádio escuta, Antonio Carlos Coelho, acompanhava os acontecimentos pelo rádio enquanto Araújo seguia para o local, uma cidade próxima chamada Guariba. “Os colegas editores diziam, não vai dar tempo, olha o link. Coelho esta determinado, era uma bomba, um furo de reportagem, coisa que já nem existe mais com a globalização da informação. Entrou em contato com um amigo delegado para que indicasse um taxista de confiança. Ele queria ter a certeza de que o motorista estivesse focado apenas na responsabilidade de buscar a fita no teatro da greve, que resultaria em um grande incêndio nas lavouras de cana-de-açúcar. A fita chegou a tempo e a reportagem entrou para s história.

Sobre as primeiras coberturas da convulsão de trabalhadores rurais, coisa que nunca tinha acontecido, Érica Amêndola, jornalista e hoje secretária-adjunta da Cultura de Ribeirão Preto, recorda:

“Lembro que a greve de Guariba completou agora 30 anos e a EPTV realizou uma série de reportagens em homenagem aos trabalhadores rurais e aos trabalhadores da imprensa que não negaram fogo durante a cobertura. Eu, na época, tão jovenzinha, também, não neguei fogo, e ao lado do meu grande amigo cinegrafista, Maurício Glauco, não só fizemos toda a cobertura, numa cidadezinha completamente sitiada como socorremos gente baleada pela polícia no nosso carro de reportagem. Ao lado de outro grande cinegrafista, Marco Pedroso e do assistente André Abreu, fizemos também a cobertura da morte nos canaviais em Barrinha da menina Josana Carla, capa da Revista Veja. Naquela noite cinco carros foram incendiados e a população de boias-frias se rebelou contra os suspeitos e foi preciso chamar a tropa de choque da PM de cinco cidades da região para conter as pessoas que atearam fogo em cinco carros da PM e destruíram por inteiro a delegacia de polícia. A notícia regional por aqui começou cedo e, realmente, formou gente feita de chumbo, porém, com o coração aquecido!”

Nesse pique a primeira equipe de telejornalismo regional seguia a rotina, provocando sustos, mas colecionando a admiração pelo profissionalismo e compromisso com a regionalidade da notícia.

ESCOLA

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Jornalistas brindam o reencontro de “priscas eras”

“A EPTV abriu uma nova página. Todos eram novos, começaram juntos, o porteiro, os funcionários do escritório, motoristas, todos trabalhavam em clima de aprendizagem, havia muita união e camaradagem, estávamos ali protagonizando o telejornalismo regional, com uma vontade imensa”, lembra Mirtes Wiermann.

Kátia Esteves, que foi repórter e hoje é editora, diz que o principal desafio foi logo vencido. “Era muito difícil fazer televisão, as pessoas tinham receio de falar, fugiam das câmeras, mas conseguimos a aproximação com a comunidade e assim surgiu o jornalismo regional.

O editor de imagem Carlos Paschuim recorda que começou como office boy, há 35 anos. “Fui, “guardinha”, auxiliar de câmera, iluminador, editor comercial e editor de imagem”, e naquela época “você aprendia por vontade, necessidade e amor àquilo que fazia e é lógico que nada disso seria possível sem a união daquela equipe, recrutada a duras penas em razão da falta de profissionais.

Lobão lembra do “professor Rubão (Rubens Volpe)”, que “sem nada pedir ou exigir em troca” ensinou a ele as manhas de um bom repórter. “Ele doou todo seu conhecimento de uma forma tão espontânea e carinhosa, sempre vou lembrar disso”, disse em alusão ao amigo, já falecido. “Eu era completamente virgem, um analfabeto, ele foi um grande visionário, há mais de 30 anos ele já falava da importância de cuidarmos dos nossos rios. Vejam aí, acabaram de matar o Rio Doce”, compara Lobão, que hoje é diretor de emissora de TV em Minas Gerais. “Nós aprendemos fazendo. Só tínhamos o conceito, mas apoiados numa grande liderança do Rubão”.

Carlos Alberto Nonino, que teve sua origem em jornal impresso, lembra que a RPTV surgiu em um momento importante, quando o Estadão estava desmobilizando suas equipes no interior, deixando uma lacuna logo preenchida pela televisão.

Para Érica Amêndola, a trajetória na EPTV foi uma das mais produtivas porque havia “tesão” naquilo que se fazia e lamenta que “muitos dos nossos já se foram”. Segundo ela, naquela época, com o desafio da regionalidade, foi possível “construir uma linguagem com ética e muito amor”. Valéria Ribeiro reforça: “A EPTV criou uma safra muito boa que saiu pelo Brasil afora, todos aprendendo com o rádio escuta, como chefe de reportagem, com o cinegrafista, em um clima de muita bondade, coisa que já não existe mais”.

Sobre a garra e espírito de equipe Nonino lembra que os profissionais que se encontraram na confraternização de fim de ano têm duas alegrias – de terem trabalhado na EPTV e de poderem reviver essa história. A competência era algo tão especial para os “operários” da comunicação que a Rede Globo curvou-se ao êxito da EPTV-Ribeirão, comparando que em um mês a emissora tinha feito praticamente tudo que outra afiliada, de Campinas, havia realizado em um ano.

Gilson Filho diz que a TV Ribeirão “foi a maior escola de telejornalismo que conheceu” e o reencontro de profissionais que escreveram a história passou a se constituir em um dos maiores acontecimentos dessa mesma história, por resgatar fatos e pela afirmação do papel que a EPTV exerceu na consolidação do telejornalismo regional.

Chico Escolano, cinegrafista da Globo e também aluno da “escola” da EPTV, diz se orgulhar das origens, considerando “privilégio” ter feito parte daquela equipe tão determinada e profissional.

“Em meu peito bateu um orgulho danado do privilégio de ter trabalhado, ainda continuar a conviver com alguns desses ícones da história do jornalismo brasileiro”.

CONFIRA AQUI AS IMAGENS DO PRIMEIRO ENCONTRO DOS PRECURSORES DO TELEJORNALISMO REGIONAL

 

 

 

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