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23 de abril de 2024 - 15:37

Do rap ao graffiti, “Campão Cultural” destaca cultura de rua em todas suas formas e estilos

Mirando o lado mais urbano de Campo Grande, o festival “Campão Cultural” destaca a cultura de rua em todas suas formas e estilos. Do rap ao graffiti, do skate ao audiovisual, serão dezenas de atrações entre 22 de novembro a 5 de dezembro. A noite de encerramento do festival, no dia 05/12, inclusive, será dedicada ao rap, com nomes importantes como Dexter, Cris SNJ, DJ Gio Marx e DJ Magão.

Festival aposta em uma programação recheada de expressões artísticas urbanas como rap, graffiti, slam e breaking

“Eu entendo como cultura de rua tudo aquilo que tem a rua como palco. Existem dezenas de eventos que são feitos nos bairros, com rap, slam, batalha de MCs, breaking”, explica Lidiane Lima, coordenadora de audiovisual da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e uma das responsáveis pela curadoria. “O centro mal conhece essa produção. O festival vai espalhar a cultura de rua por toda a cidade”, ressalta.

O maior festival que Campo Grande já viu chega com uma programação extensa, com mais de 60 atrações ligadas à cultura de rua. Essas atrações vão ocupar vários espaços da Capital, como a Praça do Rádio, com o Palco “Tráfico de Informações”, que será o epicentro das atividades. De 26/11 (sexta) a 28/11 (dom) e nos dias 03/12 (sexta) e 04/12 (sábado), o público poderá conferir apresentações de slam, breaking, performances e shows de rap.

A programação do “Tráfico de Informações” inclui shows com MCN, Mel Dias, Lili Black, Falcão, Becky Bee, Falange da Rima, Rapper Amém, CPS, Vadios67, entre outros artistas da Capital. O interior do Estado também será representado por shows de Miliano, de Dourados, Lavoro, de Nova Andradina, Da Front, de Ponta Porã, e Enio CRX, de Corumbá, entre outros. “Ocupar a Praça do Rádio com esses músicos é um marco, é um reconhecimento histórico”, comemora a curadora Lidiane Lima.

Pelos muros

Basta um passeio rápido pelas principais vias de Campo Grande para perceber que o graffiti já se incorporou à vida na cidade. Talvez uma das mais democráticas expressões artísticas, essa forma de expressão nasceu e se desenvolveu nos contextos urbanos. Dentro do “Campão Cultural”, ela é destaque com as intervenções batizadas de “Loucos pela Cidade”. Oito artistas transformarão muros e paredes em obras de arte, com tinta, spray e muita criatividade.

Quem participa da ação é Rafamon (RJ), Amarelo (MS-SP), João Ravnos (MS), Curumex (MS), Tita Vilalba (MS), San Martinez (MS), Hero (MS) e Mareco MRCO (MS). “O festival tem como mote a arte, a diversidade e a cidadania. Esses temas são o ponto de partida para cada um desses artistas criar suas obras, que vão ocupar o espaço público e, além de embelezar, também colocarão a cidade diante de suas contradições”, explica Lidiane.

Um dos convidados a participar desse encontro é Kleyton Soares. Embora tenha nascido em Diadema, São Paulo, ele chama Campo Grande de cidade natal. Foi por causa das brincadeiras pelo Lar dos Trabalhadores, bairro na Zona Norte da cidade, que ele recebeu o apelido que se tornaria sua assinatura artística: Amarelo. “Comecei no skate, conheci o pessoal do hip-hop e logo estava pintando muro com a galera. Fui um dos primeiros, ainda em 2002”, ressalta.

Amarelo recorda que embora atualmente seja comum encontrar murais enormes pintados em grandes cidades, em 2002 o cenário era bastante diferente. Em Campo Grande, uma capital em desenvolvimento, era ainda mais raro encontrar esse tipo de arte. “Tudo era mais complicado. Encontrar material, buscar referências, saber se a gente estava fazendo as coisas do jeito certo. Não tinha internet, não tinha como saber”, descreve.

Com o tempo, no entanto, as mudanças vieram e, à medida que se aperfeiçoava, chegavam convites para grafitar em outras cidades de MS. Depois, em outros Estados. E, assim, Amarelo começou a alçar voos cada vez maiores. Hoje, o artista vive em São Paulo, mas mantém laços fortes com a comunidade sul-mato-grossense onde tudo começou. Para ele, a cultura de rua foi um divisor que o permitiu conhecer novos mundos.

“O graffiti tinha um lado social muito forte, era comum a galera se reunir e passar a tarde ou a noite pintando”, recorda. As saídas à noite eram reservadas para as pinturas clandestinas e o artista comenta que, muitas vezes, o resultado só era conhecido no dia seguinte. “Estou voltando com uma bagagem legal, vou rever muita gente e deixar uma marca na cidade. Vai ser demais este festival”, afirma Amarelo.

Além das tintas, “Loucos Pela Cidade” também reserva espaço para a Cultura Vogue, para o Sound System, para a break dance e para a cultura funk, com o famoso “Passinho”. As intervenções acontecem na 14 de julho. “Cultura de rua é um fenômeno muito abrangente e complexo. Ela é fruto da diversidade e é um elemento de transformação, por isso, conversa com a cidadania”, aponta Amarelo.

ERA UMA VEZ O RAP

Magão Souza, o DJ Magão, também presenciou os primórdios da cultura hip-hop em Mato Grosso do Sul. Ele é o convidado para abrir a noite de encerramento do festival, dia 05/12, no Palco Mestre Galvão, e também se apresenta com seu grupo Falange da Rima, no palco “Tráfico de Informação”. “Campo Grande vai receber uma galera que influenciou muita gente, eu inclusive. Dexter, Cris SNJ e Kamau são nomes que representam o rap e a cultura de rua com muita força”, frisa.

Do início dos anos 90 até hoje, muita coisa aconteceu e a cena de rap e hip-hop no MS evoluiu muito, apesar de ainda enfrentar resistência. “No início era complicado, a gente precisava explicar o que estava fazendo e quando íamos para fora do Estado, as pessoas se espantavam com a gente fazendo rap no meio do Pantanal. Era a visão que se tinha daqui”, lembra Magão.

Para ele, a existência de um festival como o “Campão Cultural”, no qual o rap e a cultura de rua ocupam um espaço significativo, é o reconhecimento de toda uma história e de todos que seguiram acreditando nessa forma de arte. Embora o hip-hop tenha se popularizado e hoje seja utilizado até mesmo como peça de marketing por grandes marcas, a base de tudo é e sempre foi a rua.

O festival acontece em um momento especial para o DJ, que também comemora os 20 anos de lançamento do primeiro EP do Falange da Rima, “Mariposa Assassina”, lançado em setembro de 2001. O grupo veterano se apresenta no dia 27/11 (sábado), na Praça do Rádio. “Vai ser uma grande comemoração. Se alguém me falasse que a gente iria tocar em um festival desse tamanho, na nossa cidade, eu responderia: ‘Mano, você tá viajando!’. Queimei minha língua, ainda bem”, finaliza.

CAMPÃO CULTURAL
CULTURA DE RUA
PROGRAMAÇÃO
1 – CULTURA DE RUA – LOUCOS PELA CIDADE

Graffiti
24/11 (Qua) – 16h
Arte de Rua
Intervenção com Artistas de Rua no centro da cidade
Local: 14 de Julho – Centro

26/11 (Sex)
Cultura Vogue – 16h
Intervenção de rua no centro da cidade da House of Hands Up MS
Local: 14 de Julho – Centro
26/11 (Sex) a 04/12 (Sáb)
Rafamon (RJ), Amarelo (MS-SP), João Ravnos (MS), Curumex (MS), Tita Vilalba (MS), San Martinez (MS), Hero (MS) e Mareco MRCO (MS).
Local: Rua 26 de Agosto e imediações – Centro

2 – CULTURA DE RUA – PALCO TRÁFICO DE INFORMAÇÕES

Local: Praça do Rádio
Avenida Afonso Pena – Centro
Apresentações de Slam
Breaking
Audiovisual
Performances

26/11 (Sex) – 19h30
Shows de rap
MCN (Campo Grande-MS)
Toni Jazz (Campo Grande-MS)
Miliano (Dourados-MS)

27/11 (Sáb) – 18h
Shows de rap
Mel Dias (Campo Grande-MS)
Lavoro (Nova Andradina-MS)
RCR (Campo Grande-MS)
Falange da Rima (Campo Grande-MS)

28/11 (Dom) – 18h
Shows de rap
Serena MC (Campo Grande-MS)
Da Front (Ponta Porã-MS)
Voz do Gueto (Campo Grande-MS)
Renan Gates (Campo Grande-MS)
Falcão (Campo Grande-MS)

03/12 (Sex) – 19h30
Shows de rap
Enio CRX (Corumbá-MS)
Becky Bee (Campo Grande-MS)
Geld Mob (Campo Grande-MS)
Rapper Amém (Campo Grande-MS)

04/12 (Sáb) – 18h
Shows de rap
Os Fabullosos (RJ)
Lili Black (Campo Grande-MS)
Vadios67 (Campo Grande-MS)
CPS (Campo Grande-MS)

3 – PROGRAMAÇÃO CORRIDA

26/11 (Sex) – 19h30
27/11 (Sáb) e 28/11 (Dom) – 18h
04/12 (Sáb) – 18h
Instalação
LOOP EFÊMERO COM RAFAEL MARECO (MS)
Videomapping que chama o público a discutir os mais diversos assuntos no campo audiovisual, política e meio ambiente.
Local: Praça do Rádio
Avenida Afonso Pena – Centro

28/11 (Dom) – 15h
SOUND SYSTEM
Baile de rua com Vamo Apelá Sistema de Som (MS) e Rockers Sound System (MS)
Local: Rua 14 de Julho – Centro
Oficina

30/11 (Ter) a 03/12 (Sex) – 14h às 17h
OFICINA CRIATIVA DE PASSINHO COM OS FABULLOSOS (RJ)
Local: Centro Cultural José Octávio Guizzo
Rua 26 de Agosto, 453 – Centro
Inscrições no link: https://forms.gle/E65pd6bhr8SAToWQ8

02/12 (Qui) – 17h
Campeonato
MELHOR MANOBRA AUDIOVISUAL
Evento de Premiação
Local: Pista de Skate do Parque das Nações Indígenas

03/12 (Sex) – 16h
Breaking
INTERVENÇÃO COLETIVA COM BREAKING NO CENTRO DA CIDADE
Local: 14 de Julho – Centro

04/12 (Sáb) – 10h
Passinho
INTERVENÇÃO DE RUA COM OS FABULLOSOS (RJ)
Local: 14 de Julho – Centro
Palestra – 14h
VIVÊNCIAS COM DJ GIO MARX (MS-SP)
Local: Centro Cultural José Octávio Guizzo
Rua 26 de Agosto, 453. Centro
Inscrições no link: https://forms.gle/NBt9boZpX3JjDiGMA

05/12 (Dom) – 10h
Campeonato
MELHOR MANOBRA AUDIOVISUAL
Sinopse: Estreia dos 20 melhores vídeos do campeonato
Local: Canal do Youtube https://www.youtube.com/c/fundacaodeculturamsoficial
PALCO MESTRE GALVÃO
16h30 – DJ Magão (MS)
17h – DJ Gio Marx Convida Skit – Slim Rimografia e Kamau (MS-SP)
18h30 – Cris SNJ com Karol Kolombiana e Dory de Oliveira (SP)
20h – Dexter (SP)

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