Durante a primeira reunião do ano do Conselho Estadual de Cultura realizada na Fundação de Cultura de MS, foram empossados quatro novos conselheiros. Também foi criado um grupo de trabalho para agilizar o parecer do registro de patrimônio imaterial das Festas do Divino Espirito Santo, da comunidade Santa Tereza de Figueirão e de Nossa Senhora dos Navegantes de Bataguassu, bem como foi apresentado projeto para construção ou cedência de prédio da “Estação Folclore” proposta pela Comissão Sul-Mato-Grossense de Folclore.
Foram empossados para integrar o Conselho Estadual de Cultura, os titulares; Romilda Neto Pizani, Edson José de Morães, Carlos Rodrigues Diehl e Miriam Lange Noval e na suplência; Iuri Costa Macedo e Carolina Barbosa Lima.
Para a secretária adjunta da Secretaria de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), Andrea Freire, a reunião se dá num momento especial, “dia símbolo, por que se inicia um novo processo com o conselho tendo a participação de 50% de integrantes da sociedade civil e a outra metade do governo”.
Andrea Freire falou sobre o projeto de Lei do Sistema Estadual de Cultura, entregue ao Governo do Estado e à Assembleia Legislativa no qual depois de mais de 25 anos de discussão, finalmente está em vias de se tornar um marco para as políticas públicas voltadas para a área da cultura.
Ela ainda propôs ao Conselho uma nota de desagravo quanto a extinção do Ministério da Cultura por parte do Governo Federal, que segundo Freire é um retrocesso para todas conquistas adquiridas até aqui. “Vai na contramão, mas a gente pode fazer a diferença em nosso Estado”, frisou.
O novo conselheiro, Carlos Diehl, disse que será um aprendizado participar do Conselho. “Todas a formas de cultura devem ser privilegiadas”, disse. Romilda Pizani aproveitou a oportunidade para lembrar que hoje não se celebra a libertação dos escravos, mas que se tem um momento para reflexão e destacou a Lei 10.639 que institui a implementação nas grades curriculares de ensino da cultura de matrizes africanas. Carolina Sartomem também colocou em evidência a Lei 13.006 que obriga as escolas a destinarem duas horas de cinema nacional para os alunos.
Festas tradicionais
Durante a reunião foram apresentadas a Festa do Divino, com 107 anos de existência, e a de Nossa Senhora dos Navegantes, com 68 anos de tradição, que são realizadas respectivamente em Figueirão e Bataguassu. A intenção é obter o registro de patrimônio imaterial, como forma de validação do estado, para dar mais oportunidade de acesso a apoios, reconhecendo a importância cultural para esses municípios.
Cada representante fez uma breve apresentação sobre as festas e o Conselho deliberou a criação de um grupo de trabalho que irá analisar o pedido e dar um parecer que tem até 30 dias para ser concluído. Para a professora Regina Freire, da coordenadoria de Cultura de Bataguassu, o registro promove a preservação histórica da cidade. “Nesse contexto valoriza a comunidade, bem como a sua memória, já que muitos desconhecem a própria história do município em que vive”, explicou.
Ainda durante a reunião, foi apresentado pela presidente da Comissão Sul-Mato-Grossense de Folclore, professora Marlei Sigrist, um pedido de aquisição ou cedência de um prédio para o “Estação Folclore”, um espaço cultural que irá reunir atividades relativas à Cultura Popular Tradicional.
“Existe a necessidade desse espaço que será único no Estado, para fortalecer as tradições folclóricas tendo atuação nos campos patrimonial, turístico, educativo e social. O projeto foi idealizado há 12 anos, mas ainda não concretizado por falta de apoio, principalmente político”, afirmou Marlei.
A reunião contou com a presença do presidente do Conselho Estadual de Cultura, o secretario da Sectei , Athayde Nery, bem como da secretária adjunta Andrea Freire.
Texto: assessoria de comunicação FCMS.
Foto: Edemir Rodrigues .
