Dentre os temas abordados em 2021 estão: negação da ciência durante a pandemia; igrejas que não respeitam distanciamento social; atuação do governo no combate ao coronavírus; e a polêmica em torno da abordagem da cultura de violência contra mulheres, negros, indígenas e pessoas que fazem parte do LGBTQI+.

De acordo com a CNBB, a campanha visa convidar cristãos e pessoas de boa vontade a avaliar e identificar caminhos para a superação das polarizações e violências que marcam o mundo atual.

O texto-base da campanha traz uma informação de que em 2018, de acordo com o Atlas da Violência, 420 pessoas LGBTQI+ foram mortas, destas 164 eram trans. Ainda segundo o texto, em outros anos o número de mortes deste público foi bem inferior, atribuindo os crimes ao discurso de ódio e fundamentalismo religioso. Após a divulgação, especialmente do texto que inclui a temática envolvendo a sexualidade, a CNBB vem sofrendo duras críticas, principalmente da ala conservadora da Igreja.

Causa LGBTQI+

De acordo com a Aliança Nacional LGBTI, as letras LGB se referem à orientação sexual da pessoa, ou seja, as formas de se relacionar afetiva e/ou sexualmente com outras pessoas, e a outra parte, TQI+, diz respeito à identidade de gênero e como o indivíduo se identifica, e vai além do gênero feminino ou masculino.

Segundo a CNBB, o texto-base da campanha foi redigido por membros do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), passando pela avaliação final da direção-geral da Confederação. Ainda de acordo com a nota, “gênero é a dimensão transcendente da sexualidade humana, compatível com todos os níveis da pessoa humana, entre os quais o corpo, a mente, o espírito, a alma.O gênero é, portanto, maleável sujeito a influências internas e externas à pessoa humana, mas deve obedecer a ordem natural já predisposta pelo corpo”. “Não desanimemos. Não desistamos. Unamo-nos”, completa a nota divulgada pela CNBB.