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29 de março de 2024 - 01:50

Bom Dia Campo Grande: especialista alerta sobre os perigos da Síndrome de Burnout

Psicóloga Giuliana Elisa dos Santos fala à Educativa 104.7 FM sobre os perigos de problema de saúde mental que vai muito além de um quadro de estresse
Giuliana Elisa dos Santos (à direita) falou ao Bom Dia Campo Grande sobre os riscos da Síndrome de Burnout. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Giuliana Elisa dos Santos (à direita) falou ao Bom Dia Campo Grande sobre os riscos da Síndrome de Burnout. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)

Mais de 33 milhões de pessoas são afetadas anualmente pela Síndrome de Burnout, que em maio deste ano foi reconhecida pela OMS(Organização Mundial de Saúde) como uma síndrome crônica. O problema de saúde, marcado por um esgotamento físico e mental, muitas vezes acaba confundido com um “simples” estresse, mas merece atenção especial, conforme destacou no Bom Dia Campo Grande desta segunda-feira (10) a psicóloga Giuliana Elisa dos Santos, professora da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal).

A Síndrome de Burnout é comumente associada ao trabalho, tendo entre seus sintomas uma forte apatia, nervosismo, tontura, falta de apetite e dor de barriga. À Educativa 104.7 FM, a especialista destacou que a doença é um “estresse ‘cronificado’, que leva a algo muito mais sério e provoca mais estragos diante de um ambiente de trabalho onde há desgaste físico e psicológico em todos os níveis da função que se executa”. O problema leva ao afastamento para plena recuperação.

Giuliana alertou para o fato de muitas pessoas encararem os problemas de saúde mental como algo que pode ser controlado e, por isso, não dão a devida atenção. “O que assusta hoje é que as pessoas realmente estão adoecendo e morrendo por conta disso. O Burnout leva, entra outras coisas, à depressão e ao suicídio”, destacou, recomendando a busca de ajuda profissional, como psiquiatras, psicólogos ou atuação multidisciplinar por quem tem o problema.

Segundo a profissional, a Síndrome de Burnout começa com preocupações quanto ao rendimento no trabalho e o resultado de seu esforço, resultando em uma forte autocrítica e cobranças que, depois, evoluem para o quadro no qual a sensação de doença se mistura à falta de motivação.

“Se a pessoa era motivada a trabalhar, apaixonada e identificada com o trabalho, alguém que vestia a camisa, passa a se sentir um tanto estranha no ambiente, como se aquilo não fizesse mais sentido. Como se toda a energia que tinha posto nisso queimasse”, disse, citando um termo que ajudou a batizar a patologia.

A falta de energia logo no início das atividades ou o sofrimento exagerado com o retorno às atividades também ajudam a identificar o quadro. “Tenho colegas de variadas áreas que falam sentir realmente taquicardia quando chega o fim da tarde de domingo e o início da noite, uma sensação de angústia. São sinais que não podemos ignorar”.

Entrega

Giuliana reiterou ao Bom Dia Campo Grande que a Síndrome de Burnout é mais comum a pessoas dedicadas ao trabalho, que se entregam “ao ponto de perderem a noção. Mas tem de parar e respirar. Nosso corpo é fantástico por dar avisos. Quando se está envolvido com o serviço, na loucura toda do dia a dia, não se presta atenção nesses sinais”, disse.

Dores de cabeça e enxaquecas, problemas gastrointestinais e lapsos de memória estão entre os problemas mais comuns. Casos graves costumam trazer, também, situações de pressão alta, cardiopatias e alergias. Insônia e até o “bruxismo” também indicam quadros severos que, em caso extremo, levam o corpo a “parar”.

A solução, reiterou ela, está em observar a qualidade de vida e lembrar que, de acordo com o trabalho, outras pessoas poderão o assumir. “Se tem um ente doente na família você ajuda, dá um jeito, mas diz que não tem dinheiro para se cuidar, viajar ou aproveitar a vida e descansar”, afirmou, defendendo que haja uma maior preocupação em se colocar em primeiro lugar.

Observar o tempo que se desperdiça com distrações que não agregam nada de positivo à saúde, como as redes sociais, é outra solução. “Pense o que pode fazer com o tempo, se uma boa leitura, se é importante a meditação ou simplesmente a natureza ou ficar na cidade, paradinho, olhando para o infinito, não importa”. A pessoa também deve se atentar aos próprios limites e saber os impor, inclusive o trabalho.

“Muitas vezes o problema não é dizer ‘não’, mas a falta de assertividade e dizer o que ocorre. Acaba se adoecendo no trabalho, fica-se mal-humorado, incumbe-se de fazer tanta coisa e a culpa é nossa de não saber falar ‘não’”, afirmou. Tal quadro, alertou a psicóloga, abre caminho para abusos de substâncias como álcool, medicamentos ou drogas.

Por esse motivo, ela recomenda que as empresas também passem a prestar atenção em seus funcionários, de forma a ajudar a identificar e prevenir o problema entre suas equipes. “A questão básica é trabalhar os funcionários nos que eles têm de positivo”, pontuou, citando pontos como a autonomia no exercício de algumas funções e a comunicação como fundamentais.

Psicóloga indicou sintomas que ajudam a identificar a presença da Síndrome de Burnout. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Psicóloga indicou sintomas que ajudam a identificar a presença da Síndrome de Burnout. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)

Ela ainda destacou que o problema se faz presente em muitas profissões, destacando, entre elas, o magistério. “Há um número de afastamentos enorme”, contou, relacionando a responsabilidade por se cuidar de até 40 alunos por turma e o excesso de tarefas dentro e fora das salas de aula como responsáveis por essa realidade. “A pressão do tempo de demandas sociais e famílias que deixam o cidadão como professor, pai e mãe sobrecarregam violentamente”, disse recomendando “pé no freio” a esses profissionais.

Em todos os casos, o reordenamento do tempo, de forma a que sobre mais tempo às coisas que lhe dão prazer, aparece como solução para reduzir os efeitos do problema e evitar uma vida no “piloto automático”, frisou Giuliana.

“Permita-se ser humano, acho que é a frase que quero deixar. Permita-se ter um pouco mais de prazer na vida”, complementou, reiterando que, ao se identificar sinais de agressividade e irritação, ansiedade ou surgimento de quadros de saúde antes desconhecidos, que se busque auxílio especializado.

Sintonize – Com produção de Rose Rodrigues e Alisson Ishy e apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, o Bom Dia Campo Grande permite a você começar o seu dia sempre bem informado, por meio de um noticiário completo, blocos temáticos e entrevistas sobre assuntos variados. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Educativa 104.7 FM e pelo Portal da Educativa.  Os ouvintes podem participar enviando perguntas, sugestões e comentários pelo WhatsApp (67) 99333-1047 ou pelo e-mail bomdiacampogrande2018@gmail.com.

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