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6 de maio de 2024 - 03:11

Bom Dia Campo Grande: com Carne Carbono Neutro, MS é referência mundial em pecuária sustentável

Fabiana Villa Alves, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte, detalhou em entrevista à Educativa 104.7 FM programa que certifica origem sem impacto ambiental da carne sul-mato-grossense
Fabiana Villa Alves (à direita) explicou no Bom Dia Campo Grande funcionamento do programa Carne Carbono Neutro. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Fabiana Villa Alves (à direita) explicou no Bom Dia Campo Grande funcionamento do programa Carne Carbono Neutro. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)

Produtor de uma das carnes de mais qualidade no Brasil, Mato Grosso do Sul também é palco do programa Carne Carbono Neutro, que visa a aliar a pecuária de corte com práticas que não agridem o meio ambiente. Para explicar como funciona o sistema, o Bom Dia Campo Grande recebeu nesta terça-feira (3) a pesquisadora Fabiana Villa Alves, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Gado de Corte, de Campo Grande, que coordena o projeto.

À Educativa 104.7 FM, Fabiana explicou que, muito longe de ser uma vilã, a pecuária brasileira recebe atenção de pesquisadores de diferentes áreas, sendo que a Embrapa, como representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, “está imbuída de fazer uma pesquisa séria, com dados científicos robustos que possam mostrar tanto no Brasil como internacionalmente que temos uma pecuária sustentável, que move a economia do país e, ao contrário do que é divulgado erroneamente por muitos na mídia e outros canais de comunicação, e até mesmo em conversas diárias, é a favor do meio ambiente”.

A pesquisadora explicou que a pecuária de baixo carbono, que envolve o selo Carbono Neutro e outras certificações, cria marcas comerciais para apresentarem produtos que, de fato, não agridem ao ambiente, como esclarecimento às pessoas que optam por não consumir o alimento por tal fator ou pelo bem-estar animal. “Muitas vezes a pessoa não tem conhecimento e recebeu uma informação incorreta, já pronta, de algum meio de informação”.

Fabiana afirma haver “um grande lobby contra o Brasil” no exterior por conta da capacidade da pecuária local –trata-se do maior produtor mundial, entregando carne comprovadamente de qualidade. Porém, “sempre vai haver a barreira não-tarifária, alguém que vai buscar defeito ou baixar o preço. Tudo envolve o mercado”.

A agropecuária brasileira, que inclui também ovos, leite, couro e outros produtos de origem animal. A pesquisa ressalta que “97% dos animais do Brasil são criados no pasto, assim, a ideia do boi que come soja não é verdadeira. Os 3% que consideramos confinamento, animais fechados, não são iguais aos da Europa ou Estados Unidos. São de animais onde a maior parte da alimentação é feita com forragem, com soja em quantidade muito pequena. E a soja brasileira vai para exportação, como grãos ou óleo, não para a alimentação do boi”, detalhou.

Da mesma forma, ela lembra que os produtores rurais contam, atualmente, com grandes áreas de reserva nas propriedades. “Dependendo do bioma onde se está, tem de preservar de 30% a 80% da vegetação natural ali”, disse Fabiana. No caso da chamada Amazônia Legal, o percentual mínimo é de 50%. “É como se você comprasse uma casa e só pudesse usar metade dela. É a grande briga dos pecuaristas, que não recebem por conservar”.

Em fóruns ou outros eventos mundiais dos quais participou, a pesquisadora salientou que o sistema de Carbono Neutro, no qual Mato Grosso do Sul é referência mundial com 2,5 milhões de hectares nesse programa, não envolve a “pecuária indiscriminada, que é crime assim como o comércio ilegal e ambulante. No meio rural há quem faça, mas a grande maioria faz certo”.

Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte salientou que Mato Grosso do Sul tem 2,5 milhões de hectares incluídos em projeto que insere boas práticas ambientais na pecuária. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)
Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte salientou que Mato Grosso do Sul tem 2,5 milhões de hectares incluídos em projeto que insere boas práticas ambientais na pecuária. (Foto: Pedro Amaral/Fertel)

O avanço das tecnologias, prosseguiu ela, inclui a exploração da atividade com outras culturas –como a madeira ou a fruticultura, similar ao que ocorre entre a ovinocultura e o plantio de cajus no Nordeste, exemplificou ela– e, ainda, a recuperação de pastagens. No primeiro caso, há ainda a vantagem de criar conforto térmico para os animais, resultando ainda em uma produção maior.

Segundo a pesquisadora, a Embrapa criou uma série de protocolos para conceder sua certificação. “Isso dá garantir ao produtor, que vai ganhar mais com esse tipo de carne, e ao consumidor, que vai ter a certeza do que comprou”, pontuou. “Consolidamos, um selo, uma marca, uma garantia para aquele produto e consumidor que vai comer a carne de que ela tem os atributos que prometemos. No caso da Carne Carbono Neutro, que aquele animal não destruiu o meio ambiente por meio de emissões de gás do efeito estufa, que se compensa no plantio de árvore e o neutraliza”, prosseguiu Fabiana, citando ainda o bem-estar do animal.

A pesquisadora complementou dizendo ser a exploração racional dos recursos naturais “um caminho sem volta”. “Não apenas para a carne, mas para todo o produto que você imaginar”, emendou, explicando que instituições financeiras criam linhas de crédito disponíveis, com melhores taxas de juros e maior carência, entre outros aspectos, para produtos amigos do meio ambiente.

Sintonize – Com produção de Rose Rodrigues e Alisson Ishy e apresentação de Maristela Cantadori e Anderson Barão, o Bom Dia Campo Grande permite a você começar o seu dia sempre bem informado, por meio de um noticiário completo, blocos temáticos e entrevistas sobre assuntos variados. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30, na Educativa 104.7 FM e pelo Portal da Educativa.  Os ouvintes podem participar enviando perguntas, sugestões e comentários pelo WhatsApp (67) 99333-1047 ou pelo e-mail reporter104fm@gmail.com.

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