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12 de maio de 2024 - 16:27

Boca de Cena leva alegria do circo e inclusão a estudantes da Capital

A alegria do circo com seus palhaços, performers, malabares e bailarinos esteve presente na manhã desta quarta-feira, 29 de março, na Escola Municipal Bernardo Franco Baís. A Mostra Boca de Cena 2023, Semana de Teatro e Circo de Mato Grosso do Sul, busca levar a arte do teatro e do circo para diversos espaços na cidade, proporcionando o acesso à cultura e a inclusão social.

O espetáculo Farofa com Pequi, apresentado pelo Grupo Pisando Alto, foi exibido na quadra da escola para mães e crianças atendidas pela Associação dos Pais e Amigos do Altista (AMA), que foi especialmente convidada para o evento.

“Nós recebemos o convite da Fundação de Cultura para os nossos atendidos prestigiarem o evento, porque é uma atividade que envolve contação de histórias, eles vão ter a interação, e isso é muito importante para eles. Vão vivenciar essas atividades diferenciadas, sair um pouquinho da rotina”, disse Arlete Pereira Alonso, coordenadora da instituição.

Francine da Silva e Enzo

Francine da Silva, enfermeira aposentada, levou seu filho Enzo Gabriel, autista, de 8 anos, atendido pela AMA, para assistir ao espetáculo. “O meu filho adora fazer parte da AMA, ele falou que ele quer ficar lá até velhinho gagá, usando uma bengala, porque de lá ele não sai. Ele gostou muito do espetáculo, ele gosta de estar no meio, interagindo, ele gosta muito de teatro, de circo. A arte, o teatro e circo, são fundamentais para o autista porque eles gostam muito de música, de mágica, tudo que trabalha essa parte cognitiva deles, a parte espiritual, mental, isso faz muito bem para a criança autista, acalma, tira a ansiedade”. Para o menino Enzo, legal mesmo foi o mágico com o número da cartola. “Eu gosto da diversão do circo. Eu quer ser bombeiro quando crescer porque vai salvar pessoas”, completa.

Fran Corona, o Grupo Pisando Alto, que apresentou o espetáculo na escola, trabalha com teatro e circo desde 2012, é arte educadora e produtora cultural. Para ela, o Festival Boca de Cena vem um pouco para suprir a necessidade de democratizar o acesso à arte.

“Quando a gente leva uma apresentação de espetáculo de teatro e circo para a escola pública, a gente está cumprindo muito bem essa função social, que é a democratização do acesso, e ainda para pessoas com autismo. É muito legal, muito gratificante compartilhar um pouco do que a gente faz e acredita com as pessoas que estão junto com a gente nesta caminhada: alunos, professores, colaboradores da escola. O Boca de Cena é uma maneira de a gente escoar a produção que fizemos para a Lei Aldir Blanc, durante a pandemia. Que a gente tenha bastante iniciativas como essa para que todos os trabalhadores da cultura consigam levar um pouco do seu fazer e para a população, que ficou carente de espetáculos de circo e teatro, de ter interação e momentos de convivência com o grupo, com a sociedade e com o outro”.

Fran Corona (No alto, ao centro)

Logo depois, no palco montado no pátio da escola, foi a vez de os alunos aproveitarem o espetáculo Circo do Bolachinha, apresentado pela Família Perez, do New York Circus, circo tradicional de Campo Grande. A risadaria foi grande entre alunos, professores e funcionários da escola, e alguns deles até participaram ativamente do espetáculo, no palco, auxiliando em números artísticos com os palhaços, bailarinos e malabaristas.

espetáculo Circo do Bolachinha, apresentado pela Família Perez, do New York Circus

Wagner Aparecido Perez, da Família Perez, explica que o espetáculo Circo do Bolachinha é feito pela família. “Eu reuni meus filhos para poder fazer esta apresentação. O nosso circo está parado desde que acabou a pandemia, e vivemos assim, fazendo shows em escolas e espaços. Para nós é motivo de muita alegria apresentar nosso espetáculo aqui na escola. Eu nasci numa barraca de circo, aqui na cidade de Campo Grande, na Vila Margarida, e tive a oportunidade de todos os meus filhos também nascerem no circo e viverem o circo. Para nós, viver da arte do circo é motivo de muita alegria. Mesmo que o circo esteja parado, a cultura circense não para. A gente dá um jeitinho de se apresentar em qualquer lugar”.

“É a primeira vez que eu participo do Boca de Cena. Quando eu recebi o convite, para nós foi motivo de muita alegria. Espero que tenha mais edições do Boca de Cena nos próximos anos e que a gente possa estar sempre lembrado e todos os que vivem do circo e da cultura”, finaliza o artista circense.

Bernardo Molin Ever, 11 anos, sexta série, filho da professora Simone Maria, foi um dos que participaram ativamente do espetáculo.  Ele não teve dúvidas quando foi convidado, com mais dois amiguinhos, para dançar no palco. Disse que já foi ao circo antes e o que mais gostou do espetáculo foi o palhaço e o Mister M.

“Quando eu vou ao circo eu sinto uma emoção porque dá medo de dar algo errado, mas sempre dá certo com os palhaços, então é uma adrenalina. Eu acho bom o circo vir até a escola, se não teria que levar todos os alunos para o circo e às vezes não dá porque está lotado. Eles vieram até nós, é mais fácil para todos os alunos, professores, para todo mundo da escola”.

Bernardo Molin (ao centro) acompanha os espetáculos com os colegas

A diretora da Escola Municipal Bernardo Franco Baís, Nara Rigon, acompanhou as apresentações e agradeceu a parceria com a Fundação de Cultura: “É muito bom ter o acesso à cultura. A gente fica muito feliz com a volta desses projetos e essa parceria com a Fundação, fica bem legal essa parceria em que os artistas vêm até a escola onde está o público, onde as crianças vão ter essa facilidade de acesso. É de fundamental importância associar a cultura com a educação, elas caminham juntas”.

A Mostra Boca de Cena 2023 – Semana de Teatro e Circo de Mato Grosso do Sul continua ao longo desta semana, é aberto ao público e com entrada franca! Confira a programação completa em: www.fundacaodecultura.ms.gov.br/bocadecena

Texto: Karina Lima

Fotos: Ricardo Gomes

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