O coordenador do Arquivo Público Estadual, Douglas Alves da Silva, esteve nos dias 7, 8 e 9 de agosto visitando como fiscal da Fundação de Cultura o projeto do Fundo de Investimentos Culturais intitulado “Alcinópolis: uma galeria natural de arte rupestre”, proposto por Marcos Antônio dos Reis.
O objetivo do projeto é fazer um catálogo fotográfico registrando os painéis de arte rupestre dos 22 sítios da região de Alcinópolis registrados no Iphan com esse tipo de vestígio arqueológico, em formato de livro, com texto informativo sobre as pinturas e gravuras rupestres de Alcinópolis.
A finalidade, com o livro, é divulgar a arte e história regional e despertar a consciência da população e das autoridades públicas para a necessidade da preservação e conservação da memória cultural estadual, já que os sítios arqueológicos são os mais antigos monumentos da nossa trajetória identitária.
“Nós temos em Alcinópolis duas serras interessantes que são a Serra do Bom Sucesso e a Serra do Bom Jardim, onde fica o mais famoso dos sítios que é o do Templo dos Pilares, que tem uma formação rochosa que parece uma face, que chamam de guardião. E tem muita arte rupestre, as pinturas rupestres e os petroglifos, que são aqueles entranhados na pedra que os homens antigos faziam. É interessante que mostra os rastros, os vestígios da passagem humana pela região que seria Mato Grosso do Sul há milhares de anos atrás”, explica Douglas.
O proponente, Marcos Antônio dos Reis, detém o maior acervo fotográfico das famílias pioneiras de Alcinópolis, bem como do patrimônio arqueológico composto por mais de três mil fotos dos sítios, das grutas e do Parque Municipal e Estadual de Alcinópolis, então, quando ele foi contemplado pelo FIC ele montou uma equipe muito bacana com dois arqueólogos muito conhecidos e competentes, o Gilson Rodolfo Martins e a Lia Brambila, ambos foram diretores do MuArq, e a antropóloga Laura Pael, que é a atual diretora do MuArq, aos quais se somou a também arqueóloga Emília Mariko e a produtora cultural Ara Martins.
“Quando o Marcos começou a refazer as fotografias e a revisitar os sítios, ele acabou conversando com os populares, fazendo essas visitas, e acabou encontrando e localizando novos sítios arqueológicos. Então o projeto teve um plus, porque a ideia inicial era fazer um catálogo com sítios de Alcinópolis com arte rupestre. Durante a execução do projeto, o proponente e sua equipe localizaram mais 17 novos sítios com arte rupestre, e esses 17 novos sítios foi entregue um relatório a respeito para registro junto ao Iphan”.
“Então o projeto teve um produto extra, que foi a localização de novos sítios. Agora são 41 sítios arqueológicos, alguns já têm plano de manejo, plano de uso, e a partir desse ponto as pessoas conseguem fazer visitação com guias nesses espaços. O projeto pretende dar visibilidade a uma área do patrimônio que é pouco explorada aqui no Estado que é a arqueologia”, finaliza Douglas.
O lançamento do livro vai ser em 20 de setembro, no MuArq, durante a Primavera de Museus. Vão ser confeccionados 300 exemplares (futuramente devem ser publicados mais exemplares), e o conteúdo do livro também vai estar disponível em formato PDF, gratuitamente. Metade desses exemplares vão ser distribuídos pelo Sistema Estadual de Bibliotecas para as bibliotecas estaduais e universidades.
Interessados em conhecer o sítio arqueológico em Alcinópolis, entrar em contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Alcinópolis (Semdema), pelo telefone: (67) 3260-1739.
Fundação de Cultura do MS