Normalmente, a pouca idade e a inexperiência, tanto profissional quanto de vida, faz do estagiário o alvo fácil de gracejos e piadas internas nas empresas. O fato é que, sua jovialidade, inocência e bom humor, tornam o ambiente mais descontraído e harmonioso. Longe de ser algo pejorativo, cada um ao seu modo, vai deixando sua marca em trabalhos de destaque, vivenciando momentos que jamais serão esquecidos. Afinal de contas, a maioria de nós, profissionais formados, já foi estagiário um dia e nesta sexta-feira (18) comemoramos o dia de quem sempre leva a culpa: o estagiário!
O sorriso é de menina, o trabalho é de gente grande!
Mariana Lima, tem 21 anos, é estudante de jornalismo do oitavo semestre no curso da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Sua postura, seriedade e comportamento exemplar a levaram a uma vaga de destaque, seguindo pelos caminhos da reportagem televisiva. “Acredito que a oportunidade do estágio tem sido essencial na construção do meu profissionalismo. Eu comecei a trabalhar com 15 anos como jovem aprendiz e desde então aprendi a valorizar as experiências dos profissionais que estão há mais tempo na área. Apesar dos memes e dos perrengues que os estagiários passam, as experiências positivas do dia a dia valem a pena e com certeza moldam nosso jeito de começar a carreira”.
Para a coordenadora do projeto de extensão da Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e a Cultura (Fapec) em parceria com a Fundação Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rádio e Televisão (Fertel) e com a UFMS, jornalista Priscila Trauer, 37 anos, responsável pelo Programa Tá Na Rua, estar com eles no dia-a-dia é um grande desafio. “Muitos chegam ainda sem saber, de fato, qual caminho querem trilhar, mas ao longo dos dias, com a vivência de uma redação, vão se descobrindo e é muito legal poder dividir um pouco da nossa experiência com eles”, enfatizou.
A repórter Nádia Nicolau, 31 anos, se formou em jornalismo em 2015, mas seu primeiro trabalho na área, aconteceu durante o estágio supervisionado em 2012 na própria TV Educativa. Na época, cumprindo carga horária de quatro horas diárias, ela atuava como produtora de jornalismo. A experiência, segundo ela, valeu para entender a dinâmica do telejornalismo, o desenvolvimento das pautas e como “nasce uma reportagem”. No início, sonhava em atuar nos programas de rádio ou mesmo em escrever para jornais impressos, mas depois acabou se descobrindo como repórter e, atualmente, como profissional formada, ‘desenrola’ com desenvoltura plena seu trabalho.
Daniel Felipe Duarte de Souza Monteiro, 23 anos é acadêmico do 10° Semestre do curso de cinema e audiovisual. Segundo ele, “o estágio é fundamental na formação de profissionais, principalmente na área do audiovisual. Estágio como o da TV Educativa é necessário para a formação de acadêmicos como eu, que buscam se profissionalizar e ter experiência em produções audiovisuais”, enfatizou.
Isabelly da Costa Vieira, 20 anos, também cursa audiovisual, sexto semestre. Diferente do Daniel, que ingressou no projeto no início, desde o ano passado, ela acaba de chegar na ‘casa’. Para a novata, o estágio é importante porque ajuda a entender melhor o audiovisual na prática, o funcionamento da tv e o mercado em si. “Faz com que eu possa desenvolver as coisas que aprendi na faculdade”, enfatizou.
‘Chefe dos Estagiários’
Jorge Guilherme de Souza Neves, 21 anos, é acadêmico do curso de audiovisual da UFMS. Ele também faz parte do projeto de bolsistas da Fapec. Carioca radicado campograndense, o bom humor do jovem o ‘elevou’ ao cargo de ‘chefe dos estagiários’. Claro que tudo isso é uma grande brincadeira, daquelas internas que só quem convive pode entender.
Dedicado à arte da edição de imagens, obediente e muito responsável, foi ‘presenteado’ com um curso de after effects, finalização e efeito para vídeos, do Senac Hub Academy. A intenção é adquirir novas experiências em um curso totalmente profissionalizante e avançado.
“Acredito que o processo de estágio é muito importante para a formação técnica e profissional do acadêmico, principalmente porque existem certos aprendizados que só se aprende na prática – ainda mais se tratando de audiovisual”. Jorge Guilherme
O vice coordenador do projeto Tá na Rua e professor do curso de Audiovisual e Jornalismo, Júlio Bezerra, lembra que o estágio é uma etapa decisiva na formação dos alunos. “É quando eles têm um contato mais direto com o mundo profissional que será deles em pouco tempo. É uma oportunidade de experimentar e aprender coisas novas, nem que seja para concluir que não é bem aquilo o que se quer fazer da vida”, concluiu.
Para o diretor-presidente da Fertel, Elias Mendes, a parceria com a Fapec e UFMS é muito importante não apenas para o andamento das atividades internas da Rede E, mas também para somar com a profissionalização desses jovens em busca dez qualificação e de uma oportunidade de trabalho.