Com tecnologia genética aplicada desde o início dos anos 1990, folhagens desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) garantem novas possibilidades na transição lavoura-pecuária em Mato Grosso do Sul, ampliando a produção em um mesma área ao longo de todo o ano.
Em constante evolução, a pastagem BRS Tamani, de acordo com dados em Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), propiciou 9% a mais em ganho de peso vivo por hectare no gado Nelore.
Primeiro híbrido da folhagem Panicum Maximum, resultado de um cruzamento realizado na Embrapa Gado de Corte em 1992, apresenta porte baixo, alta produção de folhas de valor nutritivo (elevados teores de proteína bruta e digestibilidade), produtividade e vigor, sendo de fácil manejo e resistente às cigarrinhas das pastagens.
Características que possibilitam a transição lavoura-pastagem no tempo certo, com ganhos em produtividade pecuária sem atrapalhar o desenvolvimento da plantação de soja, onde é mais aplicada.
Outra pastagem que garante boa diversificação produtiva no campo é a BRS Zuri. Criada especialmente para o pastejo rotacionado, é atualmente a mais rentável folhagem desenvolvida pela Embrapa, com ganhos de até 40 arrobas por hectare, dependendo do solo e aplicação.
Se desenvolve melhor em solos bem drenados, sendo uma opção para diversificação de pastagens com bons resultados tanto no bioma Amazônia quanto Cerrado. Suas principais características são a elevada produção, o alto valor nutritivo, a resistência às cigarrinha-das-pastagens e o alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis.
Saiba mais sobre as possibilidades de transição lavoua-pecuária e as novas tecnologias na reportagem de Thaís Cintra ao Agro Educativa:
Fotos: Embrapa