O Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Administração de Mato Grosso do Sul (Sindsad-MS) detalhou nessa quarta-feira na Fundação Estadual Jornalista Luiz Chagas de Rádio e TV Educativa (Fertel) a nova política salarial que está sendo implementada pelo governo Reinaldo Azambuja. Os aproximadamente 100 servidores aprovaram o abono de R$ 200 e aplaudiram os mecanismos de reordenamento do quadro, com o fim das distorções.
O diretor-presidente da Rádio e TV Educativa (RTVE), jornalista Bosco Martins, abriu a reunião da presidente do Sindsad-MS, Lilian Fernandes, com os servidores da Fertel, lembrando que as distorções decorrentes dos equívocos da antiga política salarial não se resolverão “no piscar de olhos”, destacando a preocupação do governador Reinaldo Azambuja em “nesse primeiro momento corrigir as injustiças, buscando consolidar uma política salarial planejada a médio e longo prazos”.
Bosco Martins também destacou a decisão do governo de ouvir todos os segmentos do funcionalismo por meio do Fórum Dialoga para definir a nova política salarial, conduzida pelos secretários de Administração, Carlos Assis, e de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel.
“É importante observar que a partir de agora o servidor terá um salário consolidado, sem os penduricalhos e artifícios que, na prática, não garantiam aumento real, apenas valores nominais”, disse Bosco Martins.
“A preocupação do governador Reinaldo Azambuja, deixada clara nas reuniões promovidas pelos secretários Carlos Assis e Eduardo Riedel, responsáveis pela formulação da nova política salarial, é assegurar, no decorrer do tempo, a recuperação do poder de ganho do funcionalismo, num momento em que a garantia do emprego também é uma reivindicação pontual em Mato Grosso do Sul, que tem um terço da população economicamente ativa desempregada”, destacou o diretor-presidente da RTVE.
No caso da Fertel, segundo a presidente do Sindsad-MS, com o abono e reordenamento do quadro, o servidor com menor salário, de R$ 1.047, passa a receber R$ 1.547, significando um reajuste de 50%. Nesse caso se enquadra a servidora Cleuza Fernandes, funcionária da Fertel há 20 anos. “Estou muito satisfeita com essa fórmula, se fosse aplicado o método antigo eu seria mais uma vez injustiçada”, comemorou Cleuza.
De acordo com a secretária do Sindisad-MS, Ceres Gonçalves Pereira, o objetivo é exatamente esse, permitir reajuste maior para quem ganha menos, corrigindo uma distorção que só agravaria se o governo optasse pela indexação linear, o que beneficiaria apenas as faixas de maior remuneração.
A condução das negociações salariais pelo Sindsad-MS foi satisfatória na opinião dos servidores da Fertel, onde muitos ainda não estavam filiados à entidade sindical. A jornalista Kárita Cristina Francisco, funcionária de carreira do quadro da RTVE, é uma das novas filiadas do Sindsad-MS. Ela constatou no detalhamento das correções no quadro que vai recuperar parte da perda salarial acumulada nos últimos anos. “Achei muito positiva a exposição de como foi conduzida a negociação salarial”, afirmou Kárita Cristina Francisco.
