Queimadas: Conscientização é fundamental para evitar consequências desastrosas
O mês de agosto é históricamente um dos períodos mais secos do ano em Mato Grosso do Sul. E com isso, o risco das queimadas, consideradas nocivas à saúde, está no radar do Corpo de Bombeiros. O assunto foi tema da entrevista de hoje do programa Rádio Livre, apresentado pela jornalista Eva Regina ao lado de Bernardo Quartin, que ouviu o tenente coronel bombeiro Antonio Cesar Pereira da Silva.
Para o oficial, muitas pessoas, por acreditarem que as consequências sejam mínimas e a economia financeira e de tempo possam valer a pena, acabam ateando fogo em quintais para uma prática muito antiga de limpeza. “Normalmente fazem isso à noite. Só que a fumaça vai para a casa do vizinho, prejudica a saúde de crianças, os idosos sofrem”, justificou durante a entrevista.
Ele lembrou ainda em sua fala que muitas pessoas fazem isso nas calçadas, colocando fogo em lixo, e acabam não se dando conta que esse fogo pode atingir a rede elétrica também, o que tem causado inclusive desligamentos em vários bairros da Capital.
O tenente coronel também falou durante a entrevista sobre o risco das queimadas em vegetações e do trabalho feito pelos bombeiros na chamada Operação Pantanal, que tem levado informações importantes sobre a extinção de incêndios na área rural para produtores e população de ribeirinhos no interior do Estado.
“Vamos aos lugares onde a queima é comum, fazemos ali o treinamento de brigada com os fazendeiros e ribeirinhos que recebem instruções sobre como conter as primeiras chamas até a chegada de equipes dos bombeiros”, explicou.
Segundo o bombeiro, até as chamadas queimas controladas, que são feitas com a autorização dos órgãos ambientais, estão proibidas nesse período e devem continuar suspensas até o final do ano.
Fogo nas Estradas
Durante a entrevista, uma importante orientação foi dada com relação aos riscos de queimadas em vegetação ao lado das estradas. “Muitas vezes o motorista acha que pode passar em alta velocidade, que vai ser rapidinho, o que na verdade é bem contraditório, já que o motorista perde muito a visão de profundidade. É onde atravessam, freiam e acontecem os engavetamentos e os acidentes mais graves”, enfatizou.
A orientação, segundo ele, é para que ao visualizar um incêndio como esse, possa sinaliza, reduzir a velocidade e encostar o veículo. “Não tente atravessar porque você não sabe qual a extensão”, concluiu.
Durante o bate-papo, o oficial chegou a mencionar a facilidade com que o fogo pode se alastrar, lembrando o desastre ocorrido recentemente no Hawaí, onde a cidade inteira foi praticamente destruída e muitas vidas se perderam em função do vendaval que esparramou o fogo.