Os 16 dias de ativismo, uma Campanha mundial pelo fim da violência contra a mulher, recebeu a adesão do poder público estadual por meio de um conjunto de ações coordenadas pela Sub-Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. Quem falou sobre o assunto para o locutor Anderson Barão, do Programa Manhã Educativa, foi a técnica do órgão, Ana José Alves.
“Organizamos rodas-de-conversa, panfletagem, blitz educativa e palestras nas escolas, comunidades e grupos de mulheres”, informou Ana ao comentar que “a quebra do ciclo de violência requer a sensibilização, a conscientização das mulheres”.
Além de servidora pública, a entrevistada da 104.7 Educativa FM é cofundadora do “Coletivo de Mulheres Negras de MS (CMNEGRASMS)”, uma organização criada para combater todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres negras. O Coletivo promove diversas atividades de valorização da raça negra e capacitação profissional, tais como oficina de turbantes, de bonecas negras, de culinária afro e rodas de conversa.
“Em termos percentuais, 65% das vítimas de homicídio no Brasil, em 2016, eram mulheres negras. Quanto à questão do assédio, 44% das mulheres negras sofrem mais este tipo de violência contra 35% das mulheres brancas”, assinalou Ana.
A militante do CMNEGRAS incentivou as mulheres, vítimas de violência, a procurarem ajuda no CEAM, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher, que fica na rua Pedro Celestino, 437, centro, tel : 0800671236. A instituição tem uma equipe de apoio formada por psicólogos e assistentes sociais, e também um espaço lúdico, para acolher as crianças no período de atendimento das mães que sofreram violência familiar ou doméstica.
16 dias de ativismo – A Campanha Mundial denuncia as diversas formas de violência de gênero. O dia 25 de novembro, data que marca o enfrentamento da violência contra as mulheres, corresponde também ao início da campanha, que termina no dia 10 de dezembro, o dia internacional dos direitos humanos.
Criada em 1991, a campanha, que já conta com a adesão de cerca de 160 países, traz este ano o lema “Não deixar ninguém para trás: acabar com a violência contra mulheres e meninas”. No Brasil, as vítimas de violência dispõem de uma estrutura importante de atendimento: a Casa da Mulher Brasileira, instalada em Brasília (DF) e Campo Grande (MS). O órgão oferece os serviços de delegacia especializada em violência contra a mulher, Ministério Público, Defensoria Pública e Juizado. Já as unidades móveis transportam assistentes sociais, psicólogos, promotores, defensores públicos, juízes e delegados para atender moradoras de regiões mais afastadas dos centros urbanos.