Carmen Valente Barbas criou técnica que ajuda a evitar danos nos pulmões dos pacientes
A médica pneumologista Carmen Valente Barbas, 60 anos, é uma das inúmeras profissionais de saúde que foram infectadas pelo novo coronavírus.
Carmen, que é uma sumidade internacional em ventilação mecânica –usada no tratamento de casos graves de covid-19–, começou a sentir os primeiros sintomas da doença em meados de março, bem no começo da pandemia no Brasil.
“Comecei a ter um pouquinho de dor de garganta, um pouquinho de tosse, uma dor no corpo bastante importante”, disse.
Carmen foi para o hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde trabalha há mais de 30 anos como intensivista. Inicialmente, seu estado não era crítico, então foi encaminhada à enfermaria. Mas como é comum em pacientes com covid-19, seu quadro se agravou rapidamente. Ela conta que dois dias depois de ser internada teve que ser transferida a UTI, onde entubada por conta do quadro de insuficiência respiratória grave.
A equipe que cuidou de Carmen seguiu os preceitos da Ventilação Protetora Pulmonar, técnica que ela criou e que consiste ajustar o respirador para ventilar gentilmente o pulmão da paciente – evitando danos para o órgão – e monitorar cuidadosamente seu progresso, 24 horas por dia.
Carmen Valente saiu da ventilação mecânica após uma semana, mas continuou internada mais 18 dias.
Ela diz que não sabe como contraiu a covid-19, mas não acha que foi durante atendimento. Leia aqui a reportagem completa da BBC News.