O governador Reinaldo Azambuja participa, nesta segunda-feira (30), da assinatura do convênio para o início dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) sobre a construção de uma nova ponte entre o Paraná e Mato Grosso do Sul, ligando os municípios de São Pedro do Paraná (PR) e Porto São João (MS). Ele estará acompanhado do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Jr. A nova estrutura vai contribuir com o escoamento da produção agrícola.
O estudo, avaliado em R$ 3 milhões, visa identificar os impactos sobre o Rio Paraná e o desenvolvimento regional. Para dar seguimento ao projeto de construção da ponte, a Itaipu vai financiar o EVTEA.
As tratativas sobre a nova ponte tiveram inicio no ano passado. O Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) discutiu com a diretoria de Itaipu projetos relacionados à logística e à conservação do solo e da água em Mato Grosso do Sul. Eles devem ampliar a atuação da instituição no território sul-mato-grossense.
De acordo com o secretário da Semagro Jaime Verruck, a ponte faz parte de um projeto ainda mais amplo, que inclui a duplicação da BR-376, conhecida como a Rodovia do Agronegócio Brasileiro, pela grande quantidade de caminhões que transportam a safra sul-mato-grossense, passando pelo Paraná a caminho do Porto do Paranaguá. A estimativa de custo da obra é de R$ 350 milhões.
Atualmente cerca de 1.500 caminhões trafegam na região. “Hoje, caminhões do Mato Grosso do Sul em direção ao Paraná precisam passar pela barragem Primavera, entrar no estado de São Paulo, atravessar a barragem de Rosana para, aí sim, entrar no Paraná via Nova Londrina e acessar a BR-376. Esse caminho, com duas barragens, tem trânsito lento e restrição de peso de caminhões”, explicou Verruck.
Diante disso a obra da ponte poderia encurtar as viagens em mais de 100 km. O secretário destacou que a ligação é de vital importância para Mato Grosso do Sul, pois criará um novo corredor de transporte para o escoamento da produção agrícola entre os dois estados, encurtando o caminho até o Porto de Paranaguá, que é feito atualmente via Maringá. “A obra é uma reivindicação antiga dos empresários e produtores da região sudeste de Mato Grosso do Sul. Ela criará um eixo de desenvolvimento regional e local”, acrescentou.
Reivindicação antiga
O projeto está sendo discutido há mais de 4 anos. Quem protagoniza as negociações para viabilização da ponte é a Socipar (Sociedade Civil Organizada do Paraná), que envolve cerca de 200 lideranças, entre a classe política, a sociedade civil, grandes empresários e ministros. Os empresários alegam que a ponte será fundamental para a economia do Estado, principalmente por conta dos avanços no setor logístico e em outras áreas.
Rosana Siqueira, Semagro
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