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26 de abril de 2024 - 06:41

Ford: Estratégia equivocada

Por Jaime Verruck*

A resposta simplista da Ford de apresentar ambiente externo a empresa como fator para fechamento das operações no Brasil, deveria ser colocado de forma diferente. O grande equívoco foi a estratégia corporativa. A Ford vem perdendo espaço no mercado nacional. Como colocado na matéria da CNN. “Mas a montadora americana também não pode falar que a crise brasileira e a pandemia foram os únicos responsáveis pelo momento ruim dela no país. A empresa, nos últimos anos, vinha perdendo espaço tanto em volume quanto em participação de mercado”

Em 2015, a Ford era a quarta maior montadora no Brasil, com uma fatia de 10,24% do mercado. No ano passado, foi a quinta, com 7,14% de participação. Em 2019, havia sido pior ainda: ocupou a sétima posição.

Tenho acompanhado meus colegas secretários de Desenvolvimento de SP, Bahia e Ceará sobre os impactos locais e o desemprego, todos criando estruturas de apoio e buscando novas empresas. O impacto local em termos renda da pessoas é brutal. .
Apesar da retomada do setor automotivo a partir de 2017, a empresa não conseguiu subir na mesma velocidade. Em 2019, a Ford viu suas vendas caírem mais de 10% em comparação com os resultados do ano anterior. Nesse ano, as vendas de veículos subiram quase 9%, segundo a Fenabrave. A sul-coreana Hyundai abocanhou a quarta posição no mercado nacional.

Um sinal de que havia algo estranho no ar também pode ser visto no calendário de lançamentos da empresa, apresentado em dezembro. Em entrevista coletiva, Lyle Watters, presidente da Ford na América do Sul, confirmou o lançamento de quatro novos modelos para a região, todos produzidos fora do país: o utilitário Transit, uma nova versão da picape Ranger, a edição limitada do esportivo Mustang, o Mach 1, e o novo SUV global da marca, o Bronco. Nenhum sinal dos outros veículos. Fonte CNN.

Em 2019, para completar, a empresa havia anunciado o fechamento de sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP), onde montava caminhões e o Fiesta, que foi um dos seus modelos de maior sucesso no Brasil.

A nova estratégia é trazer carros que o mercado quer, agora importados. A Ford terá uma redução ainda maior no mercado nacional. A caso da FORD deve também servir de alerta ao Congressso nacional e para o governo que Industria brasileira tem problemas sérios de competitividade em especial nos custos da cadeia de fornecimento e tributários, temos que acelerar as reformas .

O Brasil e a Argentina assinaram, em 2019, um acordo comercial que prevê o livre comércio de bens automotivos até julho de 2029. Os acordos anteriores entre Brasil e Argentina para o setor automotivo vinham sendo renovados.

(*) Jaime Verruck é  Secretário de Estado de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul

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