Bom Dia Campo Grande: membro do AA fala sobre evento que celebra os 46 anos da entidade na Capital

No Brasil, o AA (Grupo Alcoólicos Anônimos) chegou aos 80 anos de existência. Em Campo Grande, são vários grupos há mais de 45 anos prestando apoio aos alcoólatras nas reuniões que promove, em vários locais da cidade.

Encontro na sexta-feira (24) no salão anexo da Igreja São Francisco (rua 14 de Julho, 4.213, centro), a partir das 17h30, celebrará os 46 anos do Grupo São Paulo de Alcoólicos Anônimos. Na programação, estão previstas a realização gratuita de palestras de representantes de alguns segmentos profissionais, como psicólogos e bombeiros, para o público que for ao evento.

Para falar sobre o trabalho desenvolvido pelo AA na Capital, foi convidado para entrevista em estúdio do programa Bom Dia Campo Grande, da Educativa 104.7 FM, um dos membros da entidade, Eduardo Sulzer.

“O alcoolismo é uma doença, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), que leva o portador à loucura ou à morte prematura. O poder de decisão, para quem realmente quer parar de beber, deve ser da própria pessoa que sofre do problema. Nós, como grupo de apoio, ajudamos nessa recuperação já que é muito difícil parar sozinho de beber.”, argumentou Sulzer.

O AA também está à frente de um trabalho voluntário, em clínicas, sanatórios e onde a instituição for chamada, com palestras enfocando o alcoolismo e suas consequências. “O álcool é uma fuga da realidade. O principal indício da pessoa estar se tornando um alcoólatra é começar a beber e não conseguir mais parar, numa atitude compulsiva”, explicou.

Ao final da entrevista, Eduardo Sulzer fez uma saudação típica dos frequentadores do AA: “24 horas de serenidade e 24 horas de sobriedade”.

Mato Grosso do Sul tem 54 grupos do A.A, sendo 17 deles em Campo Grande. Para participar dos encontros gratuitos é só ter vontade de parar de beber e se reconhecer alcoólatra.

Do ponto de vista médico, o alcoolismo é considerado uma doença crônica que se manifesta progressivamente. Num estágio mais avançado, a pessoa apresenta tolerância à intoxicação produzida pela droga e, por fim, desenvolve sintomas de abstinência quando a mesma é retirada, como tremores, distúrbios de percepção, convulsões e delirium tremens.

A recomendação, para quem chegou ao último estágio da doença, é buscar uma desintoxicação e iniciar um tratamento com psiquiatras e psicólogos o quanto antes. Esses serviços podem ser encontrados em hospitais da rede particular e pública de Campo Grande.