As romarias para homenagear Nossa Senhora da Aparecida são tradição em diversas regiões do país. Na próxima quarta-feira (12), milhares de fieis saem em procissão para celebrar o Dia da Padroeira do Brasil e em Bonito, interior de Mato Grosso do Sul, o destino é a Capela de Sinhozinho, um personagem icônico da história da cidade, que viveu ali por volta de 1944.
Muita gente faz o caminho de pouco mais de 12 quilômetros a pé, e antes do sol nascer já estão quase concluído sua jornada. A missa é celebrada sempre às 8 horas, mas as orações começam bem antes, conforme os fieis vão chegando. De tempo em tempo, rodas de rezas são formadas e o som das vozes clamando por Maria tomam conta do local. As velas iluminam o caminho e a igrejinha até o sol chegar e permanecem compondo o ambiente durante todo dia.
Neste ano o grupo Lobo Guará Bike Adventure está organizando a primeira pedalada até a Capela, pedindo 1 kg de alimento não perecível para quem quiser participar, com o objetivo de ajudar o Asilo São José, que tem passado por dificuldades financeiras. O Padre da cidade, Isarel Moura dos Santos explicou que a reunião será em frente a Capela Sagrada Famílias, às 6 horas.
Ainda em comemoração a Padroeira, às 11 horas será realizado um almoço no Salão Paroquial e 19 horas a missa na Capela Sagrada Família encerra o dia.
Sinhozinho
Conhecido também como Mestre Divino, os relatos sobre a passagem de Sinhozinho no vilarejo, que hoje se transformou no município de Bonito, ficam por conta da memória dos mais antigos, que vivenciaram seus milagres e seguiram seus passos até que fosse preso e torturado pela polícia local e depois sumisse misteriosamente de dentro da cadeia.
Sua existência, assim como os milagres que realizou, de forma discreta e silenciosa, já que se comunicava apenas por gestos e não acumulava riquezas, até geram dúvidas entre a população. Muita gente conhece Sinhozinho apenas pela lenda da Serpente Gigante que um dia engolirá Bonito.
Conheça um pouco mais da história de Senhorzinho no documentário produzido pelas acadêmicas Geisy Garnes e Kemila Pellin, do curso de Jornalismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), como trabalho de conclusão do curso.
