Neste sábado – 27 de abril – comemora-se o Dia Internacional da Anta, maior mamífero terrestre do Brasil. A data foi criada para alertar para a importância da conservação da espécie, não apenas no Brasil, mas também no mundo e neste ano ganhou destaque nas redes sociais com a #antaéelogio.
No Twitter, várias ONGs e instituições postaram textos e fotos da Anta, com mensagens alertando sobre a importância ecológica do animal e seu papel no ecossistema, como o fato de serem consideradas uma “espécie sentinela – capaz de alertar para os riscos presentes no ambiente onde outras espécies e comunidades rurais vivem”.
O Instituto de Pesquisas Ecológicas – IPÊ – é um dos apoiadores da ideia. Neste sábado vários posts já foram seguidos da #anta é elogio: – “Existem 4 espécies de anta pelo mundo, todas elas encontram-se na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção da IUCN. Contribua com a conservação da anta e ajude a espalhar a mensagem de que #antaÉelogio. #DiaMundialdaAnta
Em Bonito, interior de Mato Grosso do Sul, onde o animal já faz parte do cenário natural e deslumbrante do município, a hashtag também foi compartilhada nos grupos de Whats App e nas redes sociais. “Amanhã é o ”dia da anta”, um dos animais mais injustiçados de nossa fauna. Num primeiro olhar, parece que o tema não tem conexão com nosso grupo, mas tem tudo a ver: ao dispersar sementes dos frutos, antas atuam como jardineiras da natureza. Com isso, ajudam a recompor matas ripárias que protegem nossos rios” – destacou José Sabino em mensagem ao grupo Unido Conservamos, que já envolve mais de 300 pessoas da sociedade civil em debates sobre a preservação dos rios de Bonito.
A anta-brasileira (nome científico: Tapirus terrestris) é um mamífero perissodáctilo da família Tapiridae e gênero Tapirus. Ocorre desde o sul da Venezuela até o norte da Argentina, em áreas abertas ou florestas próximas a cursos d’água, com abundância de palmeiras. É o maior mamífero terrestre do Brasil e o segundo da América do Sul, tendo até 300 kg de peso e 242 cm de comprimento.
Seus predadores são grandes felinos como a onça-pintada e a onça-parda. É um animal solitário e vive em territórios de 5 km² de área, em média. A anta tem reprodução lenta, com uma gestação que pode durar mais de 400 dias e parem apenas um filhote por vez, que pesa entre 3,2 e 5,8 kg. Podem viver até 35 anos de idade.
A anta é listada como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, mas seu estado de conservação varia ao longo de sua distribuição geográfica sendo crítica na Argentina, nos llanos da Colômbia e regiões da Mata Atlântica brasileira. Desapareceu no limite sul de sua distribuição geográfica, da Caatinga e das regiões próximas aos Andes. É ameaçada principalmente pela caça predatória (por ter um ciclo reprodutivo muito lento) e conversão de seu habitat em campos cultivados. Apesar disso, ainda ocorre em muitas unidades de conservação e em zoológicos.