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26 de abril de 2024 - 04:52

Brasileiros desempregados estão aderindo à profissão de motoristas de aplicativos de transporte

Silvester conhece parte da região sudeste, centro-oeste e sul do país. Paulista, se graduou em ciência da computação, casou e decidiu morar com a esposa no interior de Mato Grosso do Sul, na cidade de Anaurilândia. Abriu um Siber no município e disse que estava indo bem com o novo negócio, até que o casamento não deu certo e resolveu tentar a vida em outra cidade.

A guinada na profissão de Silvester foi grande. De Anaurilândia se mudou para Curitiba (PR), e para se manter no local investiu no trabalho de motorista de aplicativo de transporte. Mas não descarta a possibilidade de, melhorando as chances no mercado, distribuir o currículo para exercer a profissão na qual se formou.

“Trabalhar como condutor de aplicativo é uma forma de me manter até encontrar um emprego na minha área. Faz pouco tempo que estou em Curitiba, acho as pessoas daqui fechadas, difíceis de fazer amizade, mas acredito que terei  oportunidades de emprego nesta região”, analisou.

O índice de desemprego no Brasil atingiu 12,2%  na pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento levou em conta o período de novembro e dezembro de 2017 até janeiro de 2018. O percentual revela que 12,7 milhões de pessoas estão sem ocupação no mercado de trabalho no país.

É o caso de Aline S., mineira que largou o emprego como gerente de banco para se tornar motorista de aplicativo na capital do Paraná, cidade que completou os estudos e mora há alguns anos. Formada em administração de empresas, conta que não foi fácil desistir de um emprego estável, para se aventurar em uma profissão que não lhe dá vínculos empregatícios.

Jovem, bonita, de fala articulada e postura determinada, explica o real motivo que a fez engrossar a fileira dos desempregados quando deixou o banco.

“Estava há algum tempo sendo assediada pelo meu chefe. Denunciei o fato na instituição em que trabalhava, mas não tomaram nenhuma atitude. Me aconselharam a ignorar a situação. A gota d’água foi quando essa pessoa me trancou na sala de cofres do banco, tentando me intimidar e ameaçar. Saí dalí e fui direto prestar queixa na delegacia, sem condições mais de retornar àquele emprego”, desabafa, em tom de decepção e tristeza por sentir, da parte dos colegas de trabalho, pouca ou nenhuma solidariedade ou crença nas humilhações que afirma ter sofrido.

Magro, falante, com sotaque típico dos moradores do sul do país, o condutor de aplicativo M.X. faz questão de dizer que é paulista, e não se acostuma com o clima frio do Paraná, mesmo vivendo em Curitiba há vinte anos. Ele é mais um número da recente estatística de desempregados no Brasil.

Num trânsito congestionado, em pleno domingo do dia das mães, em que boa parte dos curitibanos resolveram sair de casa, para comemorar a data com a família nos restaurantes da cidade, M. teve tempo de sobra para contar sua história aos passageiros que transportava.

“Trabalhei vinte anos em uma empresa. Vivia fechado dentro de um escritório. Cansei dessa vida, no entanto, olha a ironia, sobrevivo agora dentro de um carro”, reflete sobre o próprio destino.

Como todo bom brasileiro, o motorista não deixa de sonhar e fazer planos para o futuro. “Daqui a algum tempo me mudarei para Itajaí (SC), lá o clima é bom e a qualidade de vida também é das melhores”, garante.

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