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3 de outubro de 2024 - 10:27

Análises técnicas garantem água potável de qualidade ao campo-grandense

Apenas 3% de todos os recursos hídricos existentes no planeta são de água doce própria para consumo. Desse total de água doce existente, a maior parte encontra-se nas geleiras e no lençol freático.

O Brasil possui a maior reserva mundial de água potável, com cerca de 12% do montante total.

Uma das grandes questões a água no Brasil está na localização geográfica da disponibilidade desse elemento. A distribuição é naturalmente desigual, com as áreas menos povoadas do país concentrando a maior parte dos recursos hídricos.

A região Centro-Oeste apresenta um melhor equilíbrio. Sua densidade demográfica apresenta uma média de 8,75 habitantes para cada quilômetro quadrado, e sua população total representa pouco mais que 6% do total da população brasileira. A região possui cerca de 15,7% dos recursos hídricos do país, relativamente bem distribuídos em seu interior, embora o Pantanal detenha a maior parte.

Campo Grande tem uma das melhores águas tratadas do Brasil

No trajeto da água até a casa do campo-grandense, ao abrir as torneiras, a população se depara com uma das melhores águas tratadas do Brasil. É como se cada um de cerca de 800 mil habitantes da cidade tivessem em casa, uma fonte de água mineral. O processo sofisticado de saneamento e abastecimento que levar água até a torneira das residências, envolve parte técnica, natureza e colaboradores preparados para que tudo ocorra perfeitamente e com qualidade.

Água de Campo Grande pode ser consumida diretamente da torneira sem problema/Foto:
Valentin Manieri

A gerente de alterações tratamento de água e esgoto, Marjuli Morishigue, que atua na Águas Guariroba desde 2016, explica que a qualidade da água é aferida desde a sua captação, à distribuição pelas redes espalhadas na cidade.

Ela diz que as análises devem ter resultados dentro da legislação com ao menos 95% do quantitativo de pureza e os resultados da Águas Guariroba em Campo Grande sempre fica entre 99,8% e 99,9%, ou seja, bem maior do que é exigido em todo o país.

“A parte das análises são impecáveis. Quando temos algum problema na qualidade, eles ocorrem por conta de algum rompimento de rede, mas é rapidamente resolvido. Eu trabalho em 94 cidades, e Campo Grande em nenhum momento tem desvio de qualidade da água e também a única cidade que consegue alcançar resultados de 100% na pureza da água”.

A gerente explicou, que na Capital não existem necessidade de se colocar filtro ou se preocupar com os níveis de qualidade do mineral, porque ela mesma ingere água direto da torneira. “Eu tomo direto da torneira porque sei da excelente qualidade. E no geral as pessoas só tem de se atentarem que as caixas de água devem ser lavadas a cada seis meses”, disse Marjuli, ao destacar que a concessionária tem certa dificuldade de explicar sobre a excelência, pois não existe um relatório completo que é divulgado no Brasil. “Mas, temos plena condição de dizer através das análises e resultados, que Campo Grande tem a melhor água do Brasil.”

Ainda segundo Marjuli, a água de Campo Grande não possui nocivos, e que análises são feitas a cada três meses. “Em Campo Grande, todas as partes de itens nocivos, como por exemplo, o agrotóxico que é temido pela população, é tão baixo que o aparelho que utilizamos não consegue quantificar. Não temos percentual algum de nocivos.”

Como a água chega em casa, conheça o seu caminho

Captação de água/Divulgação/Águas Guariroba

A fase inicial é a captação de água, e em Campo Grande, isso é realizado de duas formas: pelos córregos Guariroba (34%) e Lageado (16%) e por poços subterrâneos (50%) hiper-profundos (de 57 metros a 350 metros de profundidade).

A gerente de tratamento explica que são 157 poços espalhados pela cidade e 10 deles são de grande produção. Os dez ultrapassam o lençol freático porque possuem uma vedação e vão até o Aquífero Guarani [espaço entre rochas que acumula água], uma das maiores reservas de água doce do mundo.

Unidades de tratamento

“Dos poços, a água vai para uma unidade de tratamento, onde é dosado o cloro e o flúor. E a água da captação superficial [córregos] vai para a estação de tratamento de água, passa pelo sistema de coagulação, floculação e decantação [retiradas impurezas superficiais e pesadas], filtragem, e adição de cloro, flúor e se necessário dosagem do cal para corrigir o PH da água.

“Essa fase de adição do cloro e flúor é extremamente importante, pois neste processo a gente garante a eliminação de bactérias, vírus e micro-organismos. Depois desse processo, nós enviamos para 92 reservatórios [87 pela cidade e cinco nas estações de tratamento]. Temos diversos cuidados e analisamos a água em alguns setores todos os dias e outros todas as semanas. Todas as saídas de reservatórios são analisadas para manter a qualidade”, destaca.

O laboratório provém de equipamentos e calibradores e as tecnologias são utilizadas por uma equipe de 16 pessoas do reservatório a rede, 18 pessoas do tratamento e até a desinfecção e equipe de sete pessoas que são responsáveis pela análise da água captada dos córregos.

A gerente Morishigue citou também que entre o deslocamento da água, ao passar pelas tubulações em direção as casas, existem ponto de controle de qualidade [caixas com sinal verde], onde os técnicos também fazem a coleta para as análises. “Isso é em caso onde exista o rompimento, ou temos de fazer qualquer outro reparo. Temos essas caixas espalhadas pela cidade, que são abertas pelos técnicos quando necessário.”

Crise hídrica

A gerente Marjuli Morishigue afirmou que além da qualidade, a população não corre risco de desabastecimento, pois, se a captação dos córregos diminui, a concessionária reforça produção nos poços. Enquanto, regiões do país vivem com falta de água, devido às secas e também ao desperdício do recurso natural, a Águas Guariroba perfurou nove poços na Cidade Morena para não correr riscos de haver falta de água nas torneiras.

“A empresa está preparada para falta de abastecimento. A gente já passou pela fase da estiagem que vai de agosto a setembro. Perfuramos nove poços para não haver esses problemas, e de fato, não sentimos a estiagem. Aqui, a questão da falta de água quando ocorre é muito mais atrelada à falta de energia elétrica do que a falta de produção. Temos geradores, que são colocados nos grandes poços e a empresa de energia é necessária para os pequenos sistemas.”

Além de grande produção de água, Campo Grande tem o diferencial de ter sistema integrado de abastecimento, ou seja, se um local de captação estiver baixo, a empresa capta de outro.

“Campo Grande tem um sistema diferenciado, onde conseguimos misturar a água. E se faltar, por exemplo, do sistema de poços a gente coloca a água bombeada de qualquer lugar da cidade, com sistema integrado. Isso porque nós temos a distribuição em redes por toda a cidade, que chegam diretamente aos cavaletes das pessoas.”

Preservação

A preservação dos córregos de captação da cidade e alternativas sustentáveis para sua conservação são essenciais para manter o bom abastecimento. O córrego Guariroba, que é localizado na área rural de Campo Grande está preservado e não sofre com assoreamento, diferentemente do córrego Lageado, onde já existe a sedimentação.

Para evitar problemáticas como redução do volume da água, turvamento e acumulo de detritos no Lageado, a Águas Guariroba, está limpando e retirando areia do local a cada trimestre, como explica a gerente de tratamento. “De 2017 para trás tinha que limpar e tirar areia a cada dois anos, mas por conta do assoreamento temos que fazer a cada trimestre. O córrego está diminuindo em quantidade, e estamos realizando esses cuidados.”

Uma boa maneira de conservar o bem natural, é realizar investimentos em energia renovável, por isso, a concessionária aposta em contatos com o mercado livre de energia com os geradores para os poços de grande vazão e produtividade, destacou a gerente Marjuli Morishigue. Os serviços da Energisa são usados em sistemas menores, e a Águas Guariroba faz planos para uso de energia solar e outras fontes renováveis.

O que acontece com a água que sai da nossa casa?

Sabendo, que a falta de saneamento básico mata cerca de 2 milhões de pessoas no mundo, e que uma em cada seis pessoas não tem acesso à água potável, Campo Grande também tem destaque, já que a cobertura da coleta e tratamento da rede de esgoto atinge 80% da cidade.

“Quando usamos a água em casa, temos formas de reutilização desse produto. Uma delas, é quando a água coletada da chuva, por exemplo, é reutilizada para lavar quintal, molhar plantas e até lavar roupas. E a outra é via ligação de tubulações para que essa água pluvial volte para o rio. A rede de esgoto é aquela em que a água da pia, chuveiro e sanitário vão através de tubulações para a rede de tratamento para posteriormente serem enviadas ao rio.”

Rede de esgoto e tratamento tem sua importância para o meio ambiente/ ETA Lageado/Divulgação/Águas Guariroba

As residências que têm ligação na rede de esgoto contribuem muito para o meio ambiente. Campo Grande tem o todo o esgoto coletado, tratado, antes de ser lançado no rio Anhanduí e Córrego Imbirussu. A Capital possui duas ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto), uma localizada na região do Los Angeles com tratamento de 900 litros por segundo e a outra localizada no Imbirussu com 120 litros tratados por segundo.

“Todo o esgoto tratado atende a legislação e fazemos análises antes da entrada no rio e após a saída para verificar a eficiência do tratamento. Essa checagem é feita nos dois rios de maneira constante para que não influencie na qualidade da água”, disse a gerente.

Principais estatísticas No Brasil

Atendimento

83,7% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada;
São quase 35 milhões de brasileiros sem o acesso a este serviço básico;
Em 2016, 1 em cada 7 mulheres brasileiras não tinha acesso à água. No caso dos homens, 1 em cada 6 não tinham água;
14,3% das crianças e dos adolescentes não têm acesso à água.
6,8% das crianças e dos adolescentes não contam com sistema de água dentro de suas casas.
26 municípios nas 100 maiores cidades brasileiras possuem 100% da população atendida com água potável
Quase todos os municípios abasteciam a população com água tratada desde 2008 (93,4%). Em 2017, esse percentual foi 94,9%7.

Consumo

O consumo médio de água no país é de 153,9 litros por habitante ao dia;
O Estado do Rio de Janeiro é o que mais consome água, cerca de 207,0 litros de água é usada por habitantes;
110 litros/dia é a quantidades de água suficiente para atender as necessidades básicas de uma pessoa, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas);
7,5% das crianças e dos adolescentes têm água em casa, mas não é filtrada ou procedente de fonte segura.
Em 2017, o volume médio de água consumida por dia era de 420,1L, porém com grande variação regional: em geral, os volumes consumidos foram maiores na Região Norte, e menores na Região Nordeste7.

Dados por região

No Norte, 57,5% da população é abastecida com água tratada;
O abastecimento de água acontece para 73,9% da população no Nordeste;
A região Sudeste abastece 91,1% da população com água tratada;
No Sul, o índice de atendimento total de água é de 90,5%;
O Centro-Oeste, abastece 89,7% da população com água tratada.

Perdas

Ao distribuir água para garantir consumo, os sistemas sofrem perdas na distribuição, que na média nacional alcançam 39,2%.
7,5 mil piscinas olímpicas de água potável é perdida todos os dias
A quantidade de água desperdiçada seria suficiente para abastecer mais de 63 milhões de brasileiros em um ano, equivalente a 30% da população brasileira em 2019.

Dados por região

O Norte perde 55,2% da água potável.
As perdas de água são de 45,7% no Nordeste.
Antes de chegar as residências, 36,31 da água é perdida na região Sudeste.
O índice de perdas na região Sul é de 37,5%.
O Centro Oeste perde 34,4% da água potável antes de chegar as residências.

Águas Subterrâneas

O total de água extraída em poços é de 17,580 Mm³/ano, volume suficiente para abastecer a população brasileira por 1 ano;
18% da água subterrânea é utilizada para abastecimento público urbano;
Os custos envolvidos na perfuração e instalação de poços tubulares somam mais de R$ 75 bilhões, valor equivalente a 6,5 anos de investimentos do Brasil em água e esgotos;
Existem mais de 2,5 milhões de poços tubulares;
88% dos poços tubulares são clandestinos;
5.570 municípios brasileiros são abastecidos por águas subterrâneas;
O subsolo do país recebe cerca de 4.329 Mm³ de esgotos por ano;
Cerca de 6 mil áreas de aquíferos e águas subterrâneas estão contaminadas no estado de São Paulo.

Dicas para economizar água:

 Periodicamente feche o registro e verifique se continua contando o relógio, para detectar vazamentos. Uma gota vazando por segundo são 30 litros de água desperdiçadas por dia;
– Coloque arejadores nas torneiras e chuveiros, assim aproveita-se melhor a água e reduz o consumo;
– Diminua o tempo debaixo do chuveiro. Uma ducha rápida em vez de um banho pode economizar até 150 litros;
– Adote o hábito de usar a vassoura, e não a mangueira, para limpar a calçada e o quintal da sua casa.
– Adote descarga de caixa acoplada no vaso sanitário. O vaso sanitário com a válvula e tempo de acionamento de 6 segundos gasta cerca de 15 litros.
– Outra alternativa é adaptar a válvula de descarga convencional já existe um sistema chamado “dual flush”, que tem dois botões de acionamento e traz economia de cerca de 30% em relação aos modelos convencionais;
– Verifique a necessidade de reparos nos equipamentos hidro sanitários.
– Reaproveite a água do segundo enxágue das máquinas de lavar roupa e louça
– Planeje as lavagens. As máquinas de lavar roupa e louça, só devem ser ligadas quando estiverem completamente cheias;
– Feche a torneira ao escovar os dentes e fazer a barba;
Lave a louça de maneira consciente. Limpe os restos de comida dos pratos e panelas com esponja e sabão antes de abrir a torneira. Ensaboe tudo que tem que ser lavado e, então, abra a torneira novamente para novo enxague. Utilize detergentes ecológicos, sem fosfato;
– Regue o jardim a noite para evitar perdas por evaporação, e dê preferência aos regadores, em vez da mangueira;
– Não deixe transbordar a água da caixa d’água, e mantenha-a tampada;
– Não jogue óleo de fritura na pia, um litro de óleo pode contaminar até 400 mil litros de água e é muito nocivo ao meio ambiente.

Por Alberto Gonçalves

Fontes: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS 2019 / Perdas de Água Potável (2021, Ano Base 2019): Desafios Para a Disponibilidade Hídrica a ao Avanço da Eficiência do Saneamento Básico” / Pobreza na Infância 2018 – UNICEF / O saneamento e a vida da mulher brasileira 2018 – Instituto Trata Brasil / Águas subterrâneas e saneamento básico 2019 – Instituto Trata Brasil / Ranking do Saneamento 2021– Instituto Trata Brasil / Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2017 – IBGE
Mundo Educação / SustentArqui / Fotos e ilustração/Divulgação Águas Guariroba e Valentin Manieri

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