plan cul gratuit - plan cul toulouse - voyance gratuite amour

Institucional

FM 104,7 [ AO VIVO ]

28 de abril de 2024 - 09:33

“A gente não vai dar trégua para o crime”, diz comandante da área Central ao Rádio Livre

Tenente-Coronel Kátia Souza é entrevistada do dia no Rádio Livre. (Foto: Rogério Medeiros)

A presença de andarilhos, moradores de rua e usuários de drogas pelas ruas da região central de Campo Grande tem causado transtornos, desconfortos e insegurança entre a população e os comerciantes locais. Pensando em corrigir essa situação, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp), nomeou e deu posse no último dia 8 de janeiro a tenente-coronel Kátia Santos Souza, do 1º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela região central. Ela foi a entrevistada do dia na manhã desta quarta-feira (17) pelo programa Rádio Livre.

“Desde o dia 8 estamos em operação sem data para término, 24 horas, até que essa situação seja solucionada”, comentou a policial.

Durante a entrevista, ela explicou que já tem uma reunião agendada com a prefeita Adriane Lopes para o dia 29 de janeiro, na expectativa de que as responsabilidades sejam devidamente divididas. “Vamos conversar para que a prefeitura faça seu papel. Os usuários que queiram fazer um tratamento [ …] a questão dos andarilhos, vamos falar com ela sobre as possibilidades de um trabalho conjunto com a PM e desta forma, atender para que todos frequentem a área central em segurança”, explicou.

“O uso de drogas é uma questão de saúde pública porque o viciado chega a um certo ponto do ciclo da violência que sente necessidade do uso dessa química, do uso do entorpecente, é uma questão de saúde pública e estamos convidando a população, a prefeitura e todos os órgãos envolvidos neste combate”, completou.

Em sua fala, ela lembra ainda que muitos dos ditos moradores de rua, possuem família e que a prefeitura precisa ter um cadastro de todas essas pessoas e agir de modo a interromper o que ela chama de ciclo da violência, já que para alimentar o seu vício, muitos acabam praticando pequenos furtos, vendo e compraram drogas. “Esse é um ciclo que precisa ser interrompido e a PM vai fazer o papel dela. Minha proposta é uma política de aproximação com a sociedade e outros órgãos”, relatou.

O fato de estarem instalados naquela região significa que encontraram prosperidade no local com a questão até mesmo dos alimentos doados, já que muitos praticam atos de caridade levando comida. “Na verdade é uma prática de amor ao próximo, porque essas pessoas às vezes precisam de ajuda e nem sempre é alimentar. As pessoas ajudam com o bom coração, mas nem sempre é isso o que ele precisa”, lembrou.

Uma grande preocupação é que eles acabem se deslocando para outras áreas, o que não resolveria em nada o problema. “O deslocamento para outra área precisa ser evitado” e segundo a comandante da área, reuniões serão feitas com a sociedade civil organizada na tentativa de encontrar uma saída. “É uma questão eu que envolve educação, uma questão espiritual, social, de saúde e que envolve a todos”, comentou.

Apesar de ter esse entendimento sobre o lado humano que cerca toda essa situação, a tenente-coronel lembra que em apenas três dias, 12 pessoas foram presas na região por conta de delitos cometidos na região. Na Orla Morena, região residencial várias pessoas foram detidas. “A gente não vai dar trégua para o crime e a PM vai fazer o papel dela”, concluiu.

Também participou da entrevista o presidente da Associação de Comerciantes da Área Central, Paulo Rezek e segundo ele os comerciantes estão vendo com muita esperança o trabalho proposto pela PM: “A esperança é grande, o trabalho foi bem apresentado, estamos acreditando que vem para melhor porque o centro realmente precisa”, comentou.

Ele lembra que a região tem passado por uma baixa na procura e consequentemente uma queda de vendas desde antes da pandemia.

“Passamos por uma reforma que durou dois anos e a área referência é a [Rua] 14 onde foi a reforma. Diminuiu muito o número de vagas e as pessoas não vinham para o Centro por conta do lixo, da sujeira e da desordem. O proprietário precisa receber o aluguel, o comerciante tem que vender para pagar o aluguel, sustentar a família, manter a loja, enfim, e quando estávamos começando a respirar, veio a pandemia. Mas o Centro estava sofrendo antes e o comerciante em desespero, começou a migrar para os bairros, as lojas começaram a sair, isso é ruim para a imagem do centro comercial de Campo Grande” que, segundo Rezek, começou a sofrer também com imóveis invadidos.

A esperança agora é retomar e fomentar a economia no local, com um planejamento voltado para a questão da segurança.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *