A banda Canaroots, acaba de lançar o seu mais novo single, a pedrada intitulada “Todo Mundo é Igual”. O programa Xaymaca Reggae Educativa FM 104.7 vai ser a primeira emissora de rádio a rolar com exclusividade o single. Xaymaca Reggae vai ao ar domingo, das 22h à meia-noite. Sintonize 104.7
Por Rasdair da Mata
“Todo mundo é Igual” é o primeiro lançamento da banda Canaroots em 2020, ano que devido a pandemia e isolamento social obrigou ao adiamento de algumas estreias.
Esta música a é uma reflexão sobre tudo que a humanidade vem passanda no decorrer dos milênios. Principalmente sobre a desigualdade social, que é latente e preocupante.
Em um mundo tão grande a história nos conta sobre várias épocas difíceis de guerras, pessoas escravizadas e pobreza assolando a humanidade.
E no final quem paga a conta, às vezes até com a própria vida, são os menos favorecidos.
Canarrots Aborda o tema através da música que tem o poder de levar a mensagem para muitas pessoas, pois queremos e lutamos por um mundo mais justo e melhor para todos. Onde cada pessoa seja respeitada por aquilo que é e não por aquilo que tem, independentemente de sua classe social, cor, religião ou estilo de vida.
É lamentável que somente “No Final Todo Mundo é Igual”. É necessário desconstruir velhos dogmas ultrapassados e abrir nossa consciência para um novo mundo baseado no amor, na fé e na tolerância, afinal todos nós filhos do Altíssimo Jah viemos a este plano para ter uma vida tranquila e na positividade sempre.
A música foi escrita por Lincoln Gouveia (vocalista da banda) no mês de maio logo nos primeiros meses de Isolamento social no Brasil.
Sobre a banda Canarrots
A banda Canaroots é composta por músicos experientes na cena Reggae do Mato Grosso do Sul. Confira um pouco da história de cada artista da banda:
Lincoln Gouveia – voz
É produtor musical cantor e compositor, filho do saudoso baterista Lincão (um dos fundadores do Grupo Acabba). Foi o fundador da banda Cana Canhamu no ano de 2001 em Florianópolis que posteriormente passou a se chamar Canaroots quando retornou a Campo Grande em 2003.
Carlos Pinho – Guitarra
Foi o segundo guitarrista da banda Canaroots no ano de 2005 a 2007 e retornou a banda em 2019. Já passou pelas bandas Big Field, Canastra e Curimba, entre outras.
Marco Lopes – Guitarra
É pintor no dia a dia e toca diversos instrumentos. Entrou na banda Canaroots em 2010. Já passou pelas bandas Kaymã, Tribo de Zion, Xaraiês, entre outras.
Claudio Dedo – trombone
É professor de música e trabalha com educação infantil, vem de formação de bandas musicais e fanfarras. Toca diversos instrumentos em especial o Bombardino. Entrou na banda Canaroots em 2015. Já passou pelas bandas Vai Quem Vem, Canastra, Flor de Pequi e Marina Peralta, entre outras.
Everson Todi – Saxofone
É produtor musical, DJ e professor de música, Toca diversos instrumentos, em especial o Clarinete. Entrou na banda Canaroots em 2015. Já passou pelas bandas Vai Quem Vem e Marina Peralta, entre outras.
A Cozinha ritma do Canaroots, baixo e bateria
Walter Madruga – Bateria
É professor de bateria na Escola de Música Carlos Gomes. Veio de São Paulo para morar em Campo Grande há mais de 20 anos. Entrou na banda Canaroots em 2018. Já passou pelas bandas Canastra, Haiwanna, Tio Zé, entre outras.
Daniel Jah Rebel – Baixo
Além de baixista também é produtor musical e integrante do Rockers Sound System, pesquisador e colecionador de vinis de Reggae. Entrou na banda Canaroots em 2011. Passou pelas bandas Louva Dub e Marina Peralta.
Artistas que estão construindo a cena do Reggae no cerrado central pantaneiro
Não da falar da força do Reggae no Estado sem começar com quem foi pioneiro e continua ativo em plena evolução produtiva, como o múltiplo artista Caio Inácio.
O movimento Reggae começou em Campo Grande no inicio dos anos 90, creio que os programas “O Som dos Tambores” e “Conexão Jamaica” produzido e apresentado por mim na antiga Rádio Ativa FM 104 (hoje Rádio Blink FM), tenham dado uma abertura muito grande a esses movimentos locais como o “Quilombo do Reggae”, Jamaica bar e Camaleão abriam seus espaços para as movimentadas Noites do Reggae em Campo Grande. As festas promovidas pelo Grupo TEZ (Trabalho Estudos Zumbi) onde toquei em varias edições traziam toda a alegria e celebração. No interior , cidades como Ponta Porã, Rio Verde, Coxim, Três Lagoas e Dourados e Corumbá acolhiam a musica Reggae com empolgação.
Nomes como os de Carlos Porto, Mister Apa, Mestre Matogrosso, Dr. Zé Roberto, Marcia Catarina, Ben Hur, Mestre Zumbi, Lucimar, Mestre Arrupiado e o quilombola Bolinho devem ser lembrados como incetivadores ativos desse movimento. Passados alguns anos surgiu uma nova geração levando o som da Jamaica ao coração das pessoas.
O programa Xaymaca Reggae com um dos maiores conhecedores do gênero, Rasdair da Mata, não deixa a peteca cair e traz as maiores pedradas todos os domingos, amassando o barro e trazendo a consciência aos ouvidos da população sul mato-grossense. Tomara que as novas gerações procurem conhecer tohistória oria do Reggae em nosso amado Estado e valorizem cada vez mais os arquitetos que criaram os alicerces para esse grande movimento. “Se queres prever o futuro, estuda o passado.” – Confúcio (disse Caio Inácio ao Portal da Educativa).
Vinil Moraes fala ao Portal da Educativa
A atual cena do Reggae em Campo Grande, hoje conta com uma ampla gama de opções para curtir e refletir, do pop brazillian Reggae aos discos de vinil importados da Jamaica. Caio Inácio pode ser considerado o Fundador das movimentações regueiras do cerrado central pantaneiro. O produtor e radialista Rasdair da Mata recebeu o bastão e vem contribuindo com a cena do Reggae local, comandando com maestria todo domingo, o icônico Xaymaca Reggae, na Rádio Educativa FM 104, trazendo seguidamente os lançamentos mais empedrados do movimento, nessa onda da difusão do Reggae por meio dos Sound Systems, temos o Rockers Sound System e Vamo Apelá Sistema de Som, se intercalando nos eventos. Existem outros projetos de Dub, com Caio DubMistah e com o Casa Dub. Para quem gosta de bandas atualmente as bandas Canaroots, Baganas, Patrick Sandim e ultimamente Renato Jacksonvêm se aproximando do Reggae, eles estão atuantes nas lives e em breve de volta aos palcos.
Existem cantores solos que permeiam o movimento entre bandas e sistemas de som, a grande revelação do reggae nacional Marina Peralta é de Campo Grande e volta e meia se apresenta em terras guaranis, André Stábile recentemente fez uma apresentação Live com Rockers Sound System, que foi muito boa, misturando e mixando dentro de diversas vertentes do Reggae, o cantor compositor Vinil Moraes sempre lançando alguma novidade em parceria com o bauruense JahNilo, com o produtor campo-grandense Rafael DCHV e se apresentando em parceria com Halfya do Vamo Apelá também dá as caras na cena. Do Roots ao Pop, a atual cena de Campo Grande, constrói um movimento constante rumando para as novidades e os desafios que o futuro propõe. Jah Bless!! (Disse Vinil Morães)
Patrick Sandim fala ao Portal
Muito bom estar aqui com vocês falando sobre o Reggae na capital e no estado, minha participação neste assunto e tudo que isso engloba em minha vida, me descobri no Reggae a aproximadamente a uns 6 anos atrás, quando minhas composições e o que eu escutava era praticamente 100% Reggae e derivados deste gênero, atualmente estou preparando para lançar mais um single chamado “Medo do Escuro” um Reggae mais romântico, em breve vai estar disponível nas plataformas de streaming, inclusive o meu primeiro single “Simples Assim” que foi lançado em junho foi tocado pela primeira vez em uma rádio aqui com vocês no Programa Xaymaica Reggae Educativa FM, com o produtor e apresentador Rasdair da Mata. Esse foi um sonho realizado, que levo o Reggae como estilo de vida, mensagens de amor e paz mais sempre com gritos de protesto, fortalecendo variadas lutas, sou idealizador e mentor do maior evento de Reggae do Estado, o festival Multicultural “Dread Day” este ano que seria nossa 4ª edição foi feito em formato de live pelo Youtube, devido ao isolamento provocado pela pandemia da Covid 19, ano que vem pretendemos voltar ao formato normal, com o festival sendo realizado na Natureza, com foco na preservação, terapias holísticas comida vegetariana e claro muito Reggae e o Natural Lifestyle, hoje o festival é conhecido no Brasil inteiro, tem até cerveja própria artesanal chamada de “Maracu-Jah” nosso xodó, muita gente de fora vem falar e perguntar da próxima data, bandas grandes do cenário nacional já entraram em contato pra participar da próxima edição. Temos várias parcerias formadas já pra próxima edição, mas vai ficar na surpresa essa parte, enxergo que a visibilidade do festival é maior pra quem está de fora, e é feito aqui independente com muito amor e garra com a ajuda de muita gente, pois não é fácil fazer um evento em outra cidade com três dias de duração, mas sempre estamos evoluindo e procurando só agregar conteúdo de qualidade nas edições que chegam, me considero da nova geração do Reggae local, mais vejo que tem gente que veio antes pavimentar os caminhos que estamos trilhando hoje, e fico muito feliz também de estar nascendo novos artistas, acho que temos que unir cada vez mais a galera que ama este estilo musical, sempre procurei ter relacionamento com a galera da cena, posso dizer que conheço a maioria se não forem todos, sou fã de muita gente aqui, vejo que estamos bem representados pela nossa Sister “Marina Peralta” em âmbito nacional. Acho que isso ajuda a galera enxergar que aqui no centro do País também tem Reggae de qualidade e mensagem consciente sendo feita. Espero que tudo isso passe logo, para voltar a fazer os meus eventos e estar nos palcos fazendo aquilo que mais amo cantando e tocando musica Reggae. Aproveito para agradecer a parceria com a Fertel na terceira edição do Dread Day, na pessoa do Diretor Presidente Bosco Martins. (Disse Patrick Sandim)
Banda Baganas fala ao Portal da Educativa
Baganas nasceu no ano de 2015, onde dois amigos universitários, acadêmicos de Educação Física, viram na música um novo conceito, uma nova paixão, dois acadêmicos que vieram de cidades distintas, Thierry Victor, que morava em Sonora, ultima cidade do Norte do Estado, e Édipo Ortiz, que nasceu na cidade de Tacuru, ultima cidade do Sul do Estado, encontraram na capital uma nova oportunidade de construir um legado na música. O Reggae sempre foi presente na vida de ambos, sempre foi o gênero encantador, causando inspirações através de suas referências, como Natiruts, Ponto de Equilibrio, 3030, Maneva, S.O.J.A, Bob Marley, dentre muitos outros artistas e bandas que faziam parte do genero Reggae. Baganas veio para inovar a cena músical, trazendo em suas canções um novo conceito de Reggae contemporâneo, uma mistura de ritmos como Rap/Trap também é muito presente em suas canções autorais, com essa mistura de ritmos, torna a banda única em suas composições, variando do Reggae ao Rap. As músicas da banda atualmente se encontra em todas as plataformas digitais, baganas traz novidades em breve, lançamento de novo single que está sendo preparado com muito carinho, além de estarem dando início ao seu primeiro EP que tem previsão para lançamento em 2021 em todas as plataformas digitais. (disse Thierry Victor e Édipo Ortiz)
Xaymaca especial neste domingo
Domingo, 6 de setembro, pela primeira vez na história da programação do Xaymaca Reggae Educativa FM 104 os dois blocos de Reggae nacional vai rolar somente artistas do Reggae oriundos da cena local, o objetivo é mostrar a força da produção autoral dos artistas da região central do Brasil, denominados artistas de Reggae do cerrado central pantaneiro. O Brasil e o mundo precisa conhecer a qualidade do Reggae produzido em terras guaranis.
Confira a tracklist que vai rolar no domingo:
Canaroots – Todo Mundo é Igual
Caio Inácio – Na Onda
Vinil Moraes – Guerreiro de Fé
Baganas – A Visão
Patrik Sandim – Simples Assim
Marina Peralta – Deus é Do Gueto
Todas as músicas da tracklist estão nas principais plataformas digitais.
