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Institucional

FM 104,7 [ AO VIVO ]

25 de abril de 2024 - 06:29

‘Why should I care?’

*Por Rosildo Barcellos

O Estatuto da Criança e do Adolescente menciona família e familiar não menos que 161 vezes. Depreende-se desta premissa a importância da família na formação da criança e do adolescente. Advogo a ideia de que a violência (na normalidade da palavra) tem a ver com a distância de centros de apoio cultural e esportivo e na ausência destes a violência tende a gerar o desmantelamento do núcleo familiar e isso reflete diretamente na formação psicossocial dos adolescentes.

Entendo ainda que a família é o centro de educação da criança aonde ela aprende os primórdios do caráter, da responsabilidade e do amor. Por outro lado a escola alimenta a educação formal ou seja, o aprendizado que vai prepará-lo para trilhar o caminho adequado segundo suas escolhas profissionais e formando o tripé da vida, vem o trabalho, que vem a ensinar que tudo que podemos adquirir de bens materiais é fruto do nosso próprio esforço, lutas e perseverança. Assim a tríade família, escola e trabalho são elementos balizadores da vida futura. E se influências externas concorrem para quebrar a relação harmoniosa entre estes pilares tais como a urbanização acelerada (grande fluxo de pessoas e crescimento desordenado) as grandes aspirações de consumo ( impostos pela mídia de ostentação) ou ainda as dificuldades de inserção ao mercado de trabalho, a oferta de drogas e os conflitos étnico e religiosos somados a um Estado que tem lentidão para enfrentar as calamidades sociais, fica fácil perceber os elementos para aumento da violência e criminalidade na adolescência terão campo fértil.

Sem dúvida que o Eca ( Estatuto da Criança e do Adolescente ) é um marco legislativo e através dele foram implementadas prerrogativas de direitos e trilhas garantidoras de proteção a criança, mas certamente o Estado em uma maneira geral como provedor mor destas garantias deixa a desejar, motivados talvez pela atual corrupção ou escolha equivocada de prioridades e assim a interrelação e complementação da formação de nossas crianças, pode continuar por mais algum tempo comprometida. O ser humano nasceu para o bem e os fatores do entorno podem influenciar, mas não podem ser classificados como responsáveis pelo desvirtuamento dos valores dos menores “infratores” ou das nossas decepções na vida O protagonista da violência juvenil e dos nossos problemas mais básicos é coletivo e hoje tem caminhado para experiências de vida sem saída.

A família mais do que uma instituição legal e jurídica é formada por pessoas e por este motivo o exemplo é fundamental. As pessoas se acostumaram a não ouvir a palavra das pessoas mais experientes, querem decidir sozinhas, com opiniões próprias regadas a ingratidão. Certamente neste momento estará dando o primeiro passo para um caminho sem volta. A pessoa recebe a orientação, os recados,as mensagens e ainda responde “E eu com isso? Ou E daí? (Why should I care?) ” Mas é interessante observar que muitas de nossas decisões atingem outros indivíduos, por isto, refletir, ouvir e buscar uma saída plausível é nossa orientação para que cada um possa realinhar-se no caminho da vida e escrever uma história digna de se contar.

*Rosildo Barcellos é articulista

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