Campo Grande (MS) – Cerca de 1,2 mil pessoas de Campo Grande com idade entre 18 e 59 anos participarão dos testes para a primeira vacina contra a dengue. A Capital é a primeira cidade do Centro-Oeste a realizar os testes, que também serão feitos em Cuiabá (MT) e Brasília (DF). Coordenados pelo Instituto Butantan, os testes da vacina, que já se encontram na sua terceira e ultima fase serão determinantes para a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância, que poderá liberar as vacinas para produção em larga escala no Brasil.
Em Campo Grande, os testes estão sendo desenvolvidos por um centro de pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) coordenado pelo professor Erivaldo Elias Junior. Ao todo serão 14 centro de pesquisas distribuídos por 13 cidades de Brasil. Para o professor, os testes serão importantes para a avaliação e eficácia da vacina nos quatro sorotipos da dengue, sendo determinantes para a sua liberação.
“Estão sendo feitas avaliações criteriosas com os voluntários para conseguirmos chegar aos resultados precisos da vacina. São avaliações médicas constantes além dos testes divididos em fases. Já passamos pelo processo de teste de segurança da vacina e agora iniciamos a terceira e ultima fase que é realizado em larga escala nas 13 cidades escolhidas pelo instituto”, disse o professor.
Com o inicio dos testes na quinta-feira, os 1,2 mil voluntários serão acompanhados durante 5 anos onde serão avaliados de acordo com os resultados obtidos durante a aplicação da vacina. De acordo com o professor, os estudos voltados para a vacina contra uma doença que é endêmica em Mato grosso do Sul, traz uma boa perspectiva para a rede de saúde. “Temos uma ótima perspectiva por estarmos engajados nesta pesquisa, junto ao Instituto Butantan para o desenvolvimento desta vacina. Sofremos muito com a dengue e esta perspectiva de avanço refletirá diretamente em reduzir os danos pela doença no cenário hospitalar, como exemplo, então estamos muito esperançosos”, afirmou.
Primeira voluntária a receber a vacina, Isabel Lodo Gonçalves, 53 anos, falou sobre a importância de participar das pesquisas em Campo Grande. “Com certeza é uma pesquisa que colabora para a saúde da cidade. A dengue é um grande problema para a população, meu filho inclusiva já teve a doença. Fico feliz de participar e tenho grandes esperanças que dê certo”, disse Isabel.
