Intensa onda de calor vai atingir Mato Grosso do Sul esta semana. A previsão do tempo é de que a partir desta segunda-feira (18) até quinta-feira (21), o tempo deverá ficar firme com sol e variação de nebulosidade devido a atuação de um bloqueio atmosférico que irá favorecer as altas temperaturas. Pancadas de chuvas acompanhadas de raios e rajadas de vento, devido ao aquecimento diurno, não estão descartadas.
Com a elevação das temperaturas a previsão é de que os termômetros marquem até 42°C. Aliada às altas temperaturas, a umidade relativa do ar deve ter baixos níveis, entre 10% a 20%. Nestes dias, há probabilidade de os valores ficarem próximos ou serem atingidos os recordes de temperatura máxima e baixos valores de umidade no ano de 2023.
As temperaturas mínimas variam entre 22°C a 24°C. Nas regiões sul e leste do Estado, máxima de 40º. Para as regiões norte, pantaneira, bolsão e sudoeste as temperaturas mínimas devem ficar entre 25°C e 27°C e máxima de até 42°C.
Em Campo Grande as temperaturas mínimas devem ficar entre 23°C e 26°C e máximas de até 38°C. Além disso, os ventos atuam de leste/nordeste com velocidade entre 40 e 60 km/h e pontualmente podem ocorrer rajadas com velocidade ainda mais alta.
O que está por trás das altas temperaturas?
Cientistas apontam o aquecimento global como o principal fator por trás desses eventos climáticos extremos. Um recente relatório global do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) indica que a temperatura média do planeta está prevista para aumentar 1,5 ºC nas próximas duas décadas.
Pela primeira vez, o relatório do IPCC quantificou a influência das mudanças climáticas na frequência e na intensidade de eventos extremos, como ondas de calor. Essas mudanças são consideradas sem precedentes e têm consequências devastadoras. O secretário-geral da ONU, António Guterres, chamou esse relatório de um “alerta vermelho” para a humanidade.
O aquecimento global, resultado da ação humana, está ligado ao efeito estufa – processo natural de retenção do calor na Terra – mas que tem sido amplificado pelas atividades humanas, como a poluição atmosférica, o desmatamento e as queimadas.
As consequências do aquecimento global são amplas e impactantes, incluindo o aumento das temperaturas médias, desequilíbrios ambientais, perda de biodiversidade, derretimento das reservas de água congelada, elevação do nível do mar e mudanças climáticas drásticas. Diante desses desafios, a compreensão e a ação imediata para reduzir as emissões de gases de efeito estufa tornaram-se imperativas para enfrentar a crise climática que ameaça a vida no planeta.
Confira a previsão completa da coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima, Valesca Fernandes, para o Rádio Livre:
Natalia Yahn (Comunicação Governo de MS) e Biel Gill (Portal da Educativa)Foto: Marcio Breda
